São duas e meia da manhã... Depois de orar, pensei em John Bunyan, famoso pregador ingles do século 16 que escreveu "O Peregrino". Em meu imaginário, me uno a ele em sua peregrinação à Canaã celeste. O cenário pode até ser diferente, mas as lutas são as mesmas. Não é fácil descrever os próprios conflitos. Assim como Bunyan, todo cristão é um peregrino em uma viagem que intercala tempestade e calmaria. Ou seja: o cenário pode mudar, mas os inimigos são sempre os mesmos: o mundo, o diabo, e a carne. Logo, em sua peregrinação, ele convive com a dor. Mas o cristão é um fraco que Deus fez forte.
Em sua jornada rumo ao paraíso, o cristão contracena com Jesus, seu amigo melhor; e com o diabo, seu pior inimigo. Porém, o cristão é um peregrino com a mente fixa no céu. E enquanto ele caminha, se sente envolto em uma bolha de atmosfera úmida, cheia de um componente formado por graça, amor, fé e perdão. Ele sabe que precisa conviver com dor e conflitos, causados pelas mais diversas razões; sejam elas de ordem pessoal, familiar, profissional... Um conjunto de provas e tentações. Enfim, conhecedor que é da recompensa futura, e tendo em Jesus o seu rochedo seguro, o cristão é antes de tudo um forte.
A Palavra de Deus nos traz um grande conforto ao dizer que foi "Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito:Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia;Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou." (Rm 8:34-37). Enfim, nós somos cristãos peregrinos e Jesus é o nosso guia.
Esta canção resume o sentimento do peregrino cristão:
https://youtu.be/o4ru65e-zXw
Cordialmente;
Bispo Calegari
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