domingo, 30 de janeiro de 2011

Vigiai comigo

"Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar. E levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então lhes disse: A minha alma está triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo. E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres. Voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Assim nem uma hora pudestes vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus 26.36-41).

O texto de Mateus, editado acima, descreve um dos momentos mais dramáticos da vida terrena do Senhor Jesus. A batalha seria tão intensa, que Jesus levou consigo os três mais experientes discípulos, para que estivessem com ele. "Ficai aqui e vigiai comigo" (v.38) - foi o seu emocionado apelo aos seus companheiros.

Sabemos que Jesus manteve uma vida de oração intensa. Ele transpirava oração, mesmo quando descansava; ou quando se punha a caminhar, entre uma missão e outra. Mas alguns momentos de oração se tornaram marcantes do seu ministério. Um desses momentos, foi o que antecedeu a escolha dos doze discípulos. Outro desses momentos, foi antes de ir ao encontro dos discípulos, caminhando sobre as águas. Poderíamos ainda mencionar mais alguns.

Mas o momento de oração no Getsêmani foi muito especial. Ele pode ser visto como uma antecipação da crucificação - como se "Getsêmani" e "Gólgota" fizessem parte de uma mesmo quadro profético. Ali, enquanto orava ao Pai, Jesus antecipava o seu martírio. Todavia, não estava sozinho. Enquanto Ele gemia em oração, tinha a pronta cobertura de oração daqueles que levara consigo. Mas... Será que tinha mesmo?

Vigiai comigo

Jesus estava pronto a arcar com a agonia imposta pela oração solitária. Ele estava ciente do significado daquele momento. Embora procurasse levar companhia consigo; não hesitou em preservá-los - deixando-os à parte. Jesus não esperava deles nada além daquilo que poderiam fazer. Sim! Era isso mesmo. Afinal de contas, o mínimo que se pode esperar daqueles que caminham conosco na obra de Deus, é que estejam dispostos a nos dar cobertura de oração.

Todavia, aqueles discípulos - mesmo tendo haviam sido escolhidos "a dedo", tinham seus limites. Eles eram, assim como nós, afetados por aqueles "maus momentos" que perturbam a vida de qualquer crente (em um dia, somos capazes de orar uma noite inteira; em outro dia, somos induzidos a ficar distantes do altar). E assim, num lampejo de fraqueza, eles adormeceram.

Nem uma hora

Pobres discípulos, ainda meninos. Nem imaginavam o quanto o Mestre iria depender do apoio em oração, que somente eles poderiam dar. Existe um dito popular expresso assim: "Assim como o boi, que não sabe a força que tem"; assim também, aqueles discípulos não tinham ideia da força que a oração pode conferir; tanto à vida dos que a praticam; como à vida dos que são levados a Deus através dela. Mas para eles, havia algo mais importante do que orar: Preferiram dormir.

A falta de oração pode contribuir para o declínio espiritual; pode também arruinar uma família consagrada; e até mesmo uma igreja bem estruturada. Não é errado supor que o desempenho de Jesus no "jardim da oração" só não foi prejudicado, devido ao fato de Jesus ter aprofundado suas orações, intensificando seus gemidos; compensando assim a omissão daqueles que escolhera para acompanhá-lo em momento tão decisivo para sua Missão.

Vigiai e orai

Aqueles três discípulos, em sua ignorância, nem imaginavam que a falta de oração pode levar o crente a uma vida carnal. Eles não faziam ideia dos riscos representados por uma vida na carne. As obras da carne podem virar uma vida "de pernas para o ar". Jesus os advertiu dizendo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Mateus 26.41).

Jesus sabia perfeitamente que Seus obreiros seriam frequentemente tentados; assim como Ele mesmo fora, em tudo, tentado - mas sem pecado. Naquele momento, Jesus sinalizava que - sem vigilância e oração - a tentação poderia levar o mais dedicado crente, ao perigoso limite entre a vitória e o fracasso.

Ao longo de minha vida, tenho visto crentes visivelmente frágeis, demonstrarem admirável segurança espiritual (o denominador comum entre eles, é uma vida de oração e vigilância). Por outro lado, tenho visto homens de Deus - verdadeiros expoentes do evangelismo brasileiro e mundial - serem golpeados por rumorosos escândalos; justamente por terem negligenciado a oração e a vigilância.

O que fazer então

Jesus exortou: "Vigiai comigo". No reino de Deus não existem heróis vivos. Qualquer crente - obreiro ou não - por mais maduro e experiente que seja, é potencialmente sujeito a queda e fracasso. Temos visto trágicos desfechos na vida daqueles que não conseguiram velar "nem uma hora" com Jesus.

Pois é, meus irmãos; precisamos entender a importância de uma vida de oração: Seja em relação a nossa vida conjugal; seja em relação aos nossos filhos; seja em relação ao nosso trabalho. Tudo em nós, fica sempre na dependência de nossa vida com Deus. Portanto, os nossos mais valiosos tesouros correm o risco de sofrer sérios danos, se não nos pusermos diante do Pai em oração.

Cordialmente;
bispo Calegari

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sofrimento - como lidar com isso

"Amados, não estranheis a ardente provação que vem sobre vós para vos experimentar, como se coisa estranha vos acontecesse... Que nenhum de vós, entretanto, padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus neste nome" (1 Pedro 4.12,15-16)

Vivemos em mundo de provações. Um mundo marcado por sofrimento, em todas as esferas da vida humana. Lidamos diariamente com o sofrimento - nosso ou dos outros. Qualquer pessoa minimamente sensata há de convir que o sofrimento - quando não consegue assustar - pode produzir desconfortável preocupação.

Este sintoma é abordado nas Escrituras, tanto do Antigo como do Novo Testamento. A Palavra de Deus apresenta inúmeros registros de pessoas sofredoras, pelos mais diversos motivos; sendo a atitude de Jó o exemplo clássico quanto ao modo de agir quando em sofrimento. No Antigo Testamento, o próprio Jesus é apresentado, na quadro profético do livro Isaías, como "...homem de dores, e experimentado nos sofrimentos..." (Isaías 53.3).

O Novo Testamento está pontilhado de histórias de pessoas vítimas de grande sofrimento, que tinham em Jesus a sua única esperança de alívio. Uma dessas histórias e a do rapaz lunático: "Senhor, tem compaixão de meu filho, porque é epiléptico e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água" (Mateus 17.15).

A presença do sofrimento na vida de alguém, pode ser produzida tanto por causas naturais, como por causas espirituais. O sofrimento pode estar ligado a doenças; a traumas antigos; a relacionamentos ruins; a maus hábitos; e até mesmo à desobediência. Existem vozes que precisam ser ouvidas, se quisermos ter uma melhor qualidade de vida: A voz da consciência e a voz da razão podem ser de grande auxílio. Existe também a voz dos terapeutas, dos nutricionistas. Mas, sobretudo, precisamos ouvir a voz de Deus - a mais importante delas.

Qualquer pessoa que se debruce sobre este tema, sabe muito bem que não é tarefa fácil definir o sofrimento. Este sentimento, estimulado por dor - moral, espiritual ou física - pode fazer curvar pessoas de natureza forte. O fato de seus efeitos serem visíveis não ajuda muito na identificação de suas causas. Ele pode ser causado pelos mais diversos fatores. Alguns deles - ao mesmo tempo em que conseguem deprimir alguns - mal conseguem entristecer a outros.

Existem muitos casos de pessoas que sentem uma espécie de prazer no sofrimento. Aqueles que assim reagem ao sofrimento, podem evoluir de um estado de euforia moderada, até uma espécie de êxtase - seja com o sofrimento alheio (sadismo); ou com o seu próprio sofrimento (masoquismo). Se isso não for devidamente tratado, pode evoluir para um quadro patológico ou psicótico de alguma gravidade.

No entanto, sob condições normais, o ser humano jamais aceita passivamente o sofrimento. As pessoas procuram, por todos os meios possíveis, encontrar alivio para a dor produzida pelo sofrimento. Nessas condições, a necessidade por alívio é tão intensa, que a maioria procura qualquer solução que lhe seja sugerida. São capazes de seguir conselhos inverossímeis, na tentativa de debelar seu sofrimento.

No entanto, a cura e libertação de alguém que sofre, somente pode ser alcançada por meio de três agentes. São três modos, pelos quais o alívio da dor e do sofrimento pode se obtido - no todo ou em parte. Sobre estes três agentes, tecerei comentários em uma próxima postagem.

Cordialmente;
Bispo Calegari

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Eu vou ali orar

Com esta postagem, estou criando um novo "marcador" para o meu blog - com o titulo de: ORAÇÃO. Este não é o meu primeiro post sobre oração; já editei algumas postagens sobre oração ("Ensina-nos a orar"; "Oração, indispensável oração"; e "Sobre o dever de orar sempre"). Mas é o primeiro com o novo marcador.

"Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos discípulos: Sentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar" (Mateus 26.36).

De quando em vez, tenho sido cobrado em meu espírito, por um forte sentimento quanto a necessidade de oração. Não me refiro àquela oração formal ou superficial; e sim uma oração objetiva e profética - talvez uma oração de guerra. Mas, sobretudo, uma oração de profunda comunhão com o Pai e de intercessão continua pelos homens.

Quero chamar sua atenção para três expressões, neste texto, que me causaram uma profunda impressão:

1. Foi Jesus com eles

O termo indica que Jesus os levou a um lugar especial. Eles foram a caminho do Getsêmani. Penso ser importante destacar que, pouco antes do Getsêmani, Jesus havia estado em dois lugares de extraordinário significado: A aldeia de Betânia e o Cenáculo em Jerusalém. Estes dois lugares evocam lembranças comoventes para todos os cristãos, em todos os lugares do mundo, devido aos fatos ali vivenciados pelo Senhor Jesus.

Mas o Getsêmani torna-se muito especial, porque ali Jesus "derramou-se" em oração. Lágrimas, suor, e até sangue, esvaíram-se do seu corpo; corpo este super-aquecido pela profunda oração ali derramada. Jesus "foi com eles" ao lugar da oração. Quando nos dirigimos a este santo lugar, nunca chegamos sozinhos! Jesus sempre vai conosco, aleluia!

2. Sentai-vos aqui

O lugar secreto da oração mais profunda é, antes de tudo, um lugar de descanso. O maior peso da batalha da oração, é suportado primeiramente pelo Senhor (com lágrimas, suor e sangue); e depois, pelo Seu espírito (com gemidos inexprimíveis). Neste primeiro estágio da oração secreta, os três discípulos seriam os "estagiários". Cabia a eles, devidamente assentados, contemplar e aprender com aquele dramático momento que antecedeu as "dores do Messias".

Entretanto, o lugar não era apenas para descanso. Eles precisariam estar atentos ao que ali iria se passar. Na verdade, o lugar de assento era também um lugar de observação e aprendizado (algo parecido com a posição de Maria, em Betânia, assentada aos pés do Mestre - descansando e aprendendo).

3. Eu vou ali orar

Este é o ponto culminante desta postagem! Na verdade, somente Jesus conhece o ponto ideal da oração revestida de unção sobrenatural. Algumas vezes, não oramos; outras vezes, oramos pouco; e na maioria das vezes, oramos mal. É devido a isso que, em nossa condição de "estagiários", precisamos ficar atentos aos atos proféticos executados no "altar da oração secreta". Não podemos dormir - nem mesmo cochilar - em momento tão especial!

Sabemos, mediante a narrativa do texto, que os três privilegiados discípulos adormeceram no local (Jesus, inclusive, os exortou quanto a isso). Cansados como estavam, deixaram-se vencer pelo sono. É bem provavel que tenham perdido lições importantes, devido a essa desatenção. E nós não podemos incorrer em erro semelhante!

Cordialmente;
Bispo Calegari

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Existem razões que o coração desconhece

Sou grato a Deus por fazer parte de uma Igreja Evangélica que conserva em seu Regimento Interno o Princípio da Itinerância. E temos diversos textos na Palavra de Deus, que indicam com clareza ser a itinerância um princípio a ser respeitado e praticado por aqueles que são chamados por Deus para o Ministério. Achei por bem relacionar alguns:

1. "Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel antes que venha o Filho do homem" (Mateus 10.23).

A possibilidade de pormos em prática este mandamento, é abrindo mão da "cidade permanente". Alguns, por não conseguirem abrir mão de um lugar preferencial, acabam por frustrar o propósito de Deus para sua vida.

2. "Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura" (Hebreus 13.14).

O verdadeiro cristão, mesmo que esteja preparado para residir por muito tempo em um mesmo lugar, tem o seu coração voltado para a "cidade futura". Se Abraão "batesse o pé", não teria chegado ao ponto em que chegou. Ele poderia até ser o "reizinho" de uma cidadezinha qualquer; mas jamais seria o "pai de nações" em que se tornou.

3. "Disse, pois, Abraão a Ló: Ora, não haja contenda entre mim e ti, e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos irmãos. Porventura não está toda a terra diante de ti? Rogo-te que te apartes de mim. Se tu escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, irei eu para a esquerda" (Gênesis 13.8-9).

Uma das maiores demonstrações de que Abraão não "lutava por lugar", foi no episódio de Ló: Quando os pastores de ambos entraram em conflito - mesmo tendo ele o direito de escolher - ele decidiu "abrir mão" de um direito que para ele não era tão importante quanto andar na direção de Deus .

4. "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16.15).

Para podermos cumprir plenamente a Grande Comissão, não é necessário que percorramos o mundo. Basta estarmos prontos para sair do lugar em que estamos, quando isso se tornar necessário.

Mas, concernente a isso, existe algo que me preocupa

Um dos problemas que enfrento, é minha preocupação com o modo como alguns dos nossos pastores lidam com a itinerância. Os tais agem, como se não soubessem que este é um princípio vigente na IMW.

E em função da maneira dúbia como estes agem - prontos a exigir direitos que julgam ter na lei; mas indispostos a cumprir os deveres que se baseiam na mesma lei - acabo sendo assaltado em meu íntimo por algumas dúvidas, quanto aos reais motivos que levam alguns a agirem de modo tão contraditório.

Por que será que agem assim?

Pelo modo como alguns pastores reagem, ao serem nomeados para uma outra cidade; me ponho a pensar nas possíveis causas para tais atitudes; e chego as seguintes razões:

Ou eles não entendem perfeitamente a relação existente entre líderes e liderados (alguns chegam a exigir obediência incontestável dos seus liderados; mas não conseguem demonstrar o mesmo nível de submissão para com os seus líderes);

Ou eles não conseguem entender que - com raras exceções - Deus não nos chama para cuidar de um lugar; e sim de pessoas às quais Ele nos envia. E mesmo quando parece termos sido chamados para um lugar - na verdade - o interesse de Deus é que cuidemos das pessoas que ali vivem (é que alguns parecem mais preocupados em impor seus interesses pessoais e familiares, do que em procurar conhecer a vontade de Deus para sua vida);

Ou eles não sentem segurança para iniciar um novo trabalho (sentem uma espécie de "medo", por ter que enfrentar um novo desafio; ou de trabalhar em um novo campo);

Ou eles não são capazes de arbitrar o rumo de sua família (alguns são claramente dirigidos por sua esposa; outros são dirigidos por seus pais). Enfim, dá prá perceber que não é o Espírito Santo quem os dirige;

Ou eles não querem abrir mãos de privilégios que, em muitos casos, nem foram eles que conquistaram (outros conquistaram e eles tentam apenas usufruir). É como o povo costuma dizer em seus famosos ditos populares: "fulano não quer largar o osso".

O que fazer então

Como a II Região já deve ter notado, não sou inflexível. Procuro ser um negociador na família, nos negócios, na liderança regional. Sempre acreditei num princípio elementar, muito difundido entre os mineiros, de que "é melhor um mau acordo do que uma boa briga". Entendo que precisamos evitar posições intransigentes que possam comprometer a vida daquelas pessoas que são afetadas por nossas decisões. Porem, tudo tem um limite!

Existem situações que não nos permitem negociar. Por exemplo: Um Pastor que "bate o pé", exigindo o lugar aonde ir: "É aqui ou aqui - assunto encerrado"! Lamentável! E quando este pastor está iniciando, a coisa é ainda mais preocupante. Se ele, ainda no início do ministério, já procede assim; imaginem como serão suas atitudes no futuro. Não posso aceitar isso!

As vezes, um pastor assim precisa ficar temporariamente sem igreja; pois, alimentar seu "vício" pode piorar ainda mais a sua condição. É aquele momento em que não temos a mínima condição de ajudar, ainda que queiramos. Meu conselho a pastores que pensam e agem assim: É que reflitam quanto ao seu ministério na IMW. Existem Denominações que tem o que eles procuram. Por que não se transferir? Não digo que esta seja a solução ideal. Todavia, pode ser a única solução possível.

Cordialmente;
Bispo Calegari

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ensina-nos a orar

"Estava Jesus em certo lugar orando e, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos. Ao que ele lhes disse: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos deve; e não nos deixes entrar em tentação, mas livra-nos do mal"
(Lucas 11.1-4).

Verdadeiramente, esta oração que Jesus ensinou a fazer concentra toda a essência de uma oração verdadeira: Ela exalta e proclama a santidade do nome do Senhor, ao mesmo tempo em que expressa o desejo de que o Seu reino venha em toda a sua plenitude; também expressa o sentimento de dependência de Deus, mesmo naquilo que parece trivial; ela busca o perdão de Deus, expondo como argumento a seu favor a decisão de perdoar aos seus devedores. E seu desfecho é um grito de socorro a Deus, rogando a Ele que guarde da tentação e livre do mal. Esta é, sem dúvida alguma, a essência da oração objetiva.

"Disse-lhes também: Se um de vós tiver um amigo, e se for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu, estando em viagem, chegou a minha casa, e não tenho o que lhe oferecer; e se ele, de dentro, responder: Não me incomodes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para te atender; digo-vos que, ainda que se levante para lhos dar por ser seu amigo, todavia, por causa da sua importunação, se levantará e lhe dará quantos pães ele precisar" (Lucas 11.5-8).

Logo após ensinar aos seus discípulos a maneira como orar; Jesus começa a contar a história do amigo inoportuno. Contar histórias, para ensinar verdades que jamais deveriam ser esquecidas, foi um dos métodos mais utilizados por Jesus, ao longo do seu ministério. E com esta história, ele demonstra que a oração precisa ser insistente e perseverante.

"Pelo que eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; pois todo o que pede, recebe; e quem busca acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" (Lucas 11.9-13).

Jesus encerra o assunto com uma aplicação da história contada. E fica bem claro o fato de que a oração feita nos termos em que ele ensinou, sempre será respondida por Deus. Ele usa termos comparativos entre o pedido de um filho a seu pai - mesmo que este seja o pior dos pais - e os nossos pedidos a Deus: O Pai celestial sempre atenderá as orações feitas por Seus filhos. Mas a revelação surpreendente deste texto, ficou mesmo para o final!

O Espírito Santo

"O Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem" (Lucas 11.13).

O princípio revelado nesta declaração, é que para qualquer oração feita com possibilidade de acerto, será necessária a ação do Espírito Santo. Daí a necessidade de buscarmos do Pai a direção e presença do Espírito Santo em nossas vidas. Não teremos a menor chance de fazermos orações completas, sem que o Espírito Santo esteja presente na formulação das mesmas.

O Apóstolo Paulo enfoca a razão urgente desta gloriosa Presença, ensinando que "do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Romanos 8.26). Se eu pudesse escolher uma frase-chave deste texto, eu escolheria a seguinte expressão:

Não sabemos o que havemos de pedir como convém

Geralmente, nossas orações são condicionadas por um emocional influenciado por motivações nem sempre corretas. Ao longo do meu ministério, já tenho ouvido os mais diversos tipos de oração; feitas por irmãos sinceros, mas infelizes na formulação das mesmas: Oração de "vingança"; oração de "exortação"; oração para "contar vantagem"; oração de "ódio e rancor"; oração de "insinuações indiretas"; e até orações "blasfemas". Realmente, não sabemos orar como convém!

Percebemos claramente que a oração necessita dos parâmetros estabelecidos pelo Espírito Santo, a cada momento em que a mesma for pronunciada. Para utilizarmos uma figura: O Espírito Santo age conosco, como alguém tomando pela mão um outro alguém, para guiá-lo por caminhos que este alguém desconhece; ou por caminhos que o mesmo não consegue ver. Portanto, sob a direção do Espírito Santo, oração alguma perderá o seu rumo e a sua eficácia.

Termino esta reflexão, mencionando um antigo hino, que aprendi nos meus primeiros dias de crente. Este hino fez um grande bem a minha vida, desde a primeira vez que o ouvi:

Vigiar e orar

"Bem de manhã, embora o céu sereno
Pareça um dia calmo anunciar:
Vigia e ora! Um coração pequeno
Um temporal pode abrigar.

Bem de manhã, e sem cessar:
Vigiar, sim, e orar.

Ao meio-dia, quando os sons da terra
Abafam mais, de Deus, a voz do amor;
Recorre à oração, evita a guerra;
E goza paz com o Senhor.

Do dia ao fim, após os teus lidares,
Relembra as bênçãos do celeste amor;
E conta a Deus prazeres e pesares;
Deixando em suas mãos a dor.

E sem cessar, vigia a cada instante;
Que o inimigo ataca sem parar;
Só com Jesus em comunhão constante,
Pode o mortal ao céu chegar."

Cordialmente;
Bispo Calegari

sábado, 22 de janeiro de 2011

Um Tributo de Louvor pela Filha do nosso Amor

O dia 19 de janeiro foi um dia muito especial para Celia e eu. Explico porque:

Nós dois somos filhos de famílias numerosas (tanto os pais dela como os meus, nos brindaram com mais de dez irmãos). Quando nos casamos, Deus ministrou ao meu coração que teríamos três filhos e uma filha. Esta promessa alimentou o nosso espírito, enquanto aguardávamos o seu cumprimento. E, depois do nascimento dos nossos três filhos (Calegari Filho, Elizeu e Ezequiel), a promessa de Deus se cumpriu plenamente, tanto em número quanto em gênero, quando Daniela nasceu! aleluia!

Daniela nasceu no dia 19 de janeiro de 1977. Foi, realmente, um dia muito especial para nós. Ela, assim como os seus três irmãos, foi educada no caminho do Senhor. Sua infância, adolescência e juventude foram marcadas por um testemunho compatível com a educação que recebeu. Sempre nos trouxe alegria! Sempre se pautou por princípios que fizeram dela uma pessoa de personalidade forte e carater ilibado. Sua maneira simples e natureza afetuosa fizeram dela uma pessoa com uma admirável facilidade para fazer e conservar suas amizades.

Deus lhe deu um esposo - daqueles que toda mulher gostaria de ter. Alessandro Rosendo convive conosco como se fosse o nosso "quarto filho homem". Ambos, concursados, trabalham no Judiciário: Alessandro é servidor do Tribunal de Justiça de Rondônia; e Daniela é servidora do Tribunal Regional Federal. E assim como sempre faço pela vida dos meus três filhos homens - Calegari Filho, Elizeu e Ezequiel, louvo sempre a Deus pela vida deles dois! Obrigado, Senhor!

Cordialmente;
Bispo Calegari

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

PDR: Seus Princípios e Métodos

Na postagem anterior, ao discorrer sobre o Plano Diretor Regional, editamos a relação de Ministros que serão os Diretores e Agentes de Primeiro Escalão do PDR. Já agora, nesta postagem, estaremos focando os Princípios, Métodos, Alvos e Objetivos deste Plano.

Introdução

"Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo" (Mateus 4.1).

Todos nós, que fomos chamados para liderar, nos lembramos dos diversos momentos em que nosso perfil de líder e nosso trabalho de liderança passou por angustias e provações. Eu mesmo me lembro de momentos em meu ministério, em que cheguei a pensar em desistir. São aquelas ocasiões em que Satanás desfere ataques, tentando influenciar o nosso emocional, para levar-nos a tomar decisões precipitadas. Ele tentou o próprio Jesus no Monte da Tentação (Mateus 4.1-11).

"Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33).

Em ocasiões assim, algo que muito me ajudou foi o senso de responsabilidade que sempre me direcionou na obra de Deus. Outra coisa muito importante que sempre fiz, foi buscar a Deus e Sua direção para a minha vida e para o meu trabalho, fosse ele de pequeno ou grande porte - aquela oração que chamo de "oração transpirante" e "oração molhada". Além disso, sempre procurei, em meio as dificuldades, manter bom ânimo e motivação.

"Depois subiu ao monte, e chamou a si os que ele mesmo queria; e vieram a ele" (Marcos 3.13).

E também, carrego sempre comigo duas "certezas essenciais": 1) A certeza que sempre tive, de que eu não poderia construir nada concreto e duradouro, sem ter um bom "Plano de Ação", que me mantivesse centrado em alvos e objetivos claramente definidos. 2) A certeza que sempre tive, de que eu precisava estar sempre rodeado de bons assessores; que me mantivessem a par da situação real de cada setor da Obra sob minha responsabilidade direta. Assessores que não se envolvessem em interesses mesquinhos; e que cuidassem com amor dos mais fracos e indefesos. Jesus também escolheu homens que estivessem ao seu lado.

Se esta introdução foi capaz de "mexer" com o nosso homem interior, levando-nos a refletir sobre a importância deste assunto, podemos passar então ao PDR - seus princípios e métodos:

Algumas medidas primárias para o seu pleno êxito

1) Os sub-diretores e Agentes dos diversos setores do PDR, deverão se primeiramente preparados e depois aprovados, para poderem cumprir integralmente os objetivos propostos no plano;

2) Embora qualquer membro da igreja possa trabalhar nos projetos; todavia, somente aqueles que demonstrarem qualificações indispensáveis para determinados cargos do PDR, é que deverão ser nomeados para os mesmos;

3) Projeto algum, ligado ao PDR, poderá ser executado, sem que seja primeiramente discutido e avaliado pelas coordenações setoriais. E mesmo assim, precisará ser liberado pela Coordenação Geral para execução;

4) Projeto algum do PDR - uma vez iniciada a sua execução - não poderá ser interrompido antes de alcançar os objetivos para os quais foi criado, salvo raras exceções;

5) A Coordenação Geral do PDR manterá periódica avaliação: Tanto do trabalho dos Diretores e sub-diretores, como do trabalho dos agentes. O objetivo da avaliação periódica é chegar a um trabalho de resultados concretos;

6) Qualquer decisão que venha a afetar, direta ou indiretamente, algum executivo do PDR, somente poderá ser tomada após aquiescência da Coordenadoria Geral.

Avivamento Espiritual - essência do PDR

Não podemos, em hipótese alguma, pensar que apoio popular, carisma pessoal, métodos e recursos financeiros sejam capazes de substituir o avivamento espiritual no trabalho que fazemos. É loucura um obreiro pensar que seus talentos e habilidades possam fazer algo grandioso para Deus, sem que o mover do Seu Espírito esteja na base e na cobertura do seu trabalho. O Obra precisa se movimentar "no óleo", para alcançar os resultados pretendidos.

Perfil de ministério

Muitos obreiros ainda não se deram conta que o perfil de ministério é determinante no resultado do seu trabalho. As vezes me parece, que os únicos ministérios em que se examina e valoriza o perfil do participante são: Ministério de louvor; Ministério de Coreografia; e Ministério de Artes Cênicas.

Planos e Metas Para o biênio 2011/2012

O PDR deverá elaborar seus projetos para o biênio em curso, levando em conta os planos e metas definidos no Relatório Episcopal:

1. Distrito Federal

Estamos já encarando o nosso maior desafio: O Distrito Federal. O Distrito de Brasília tem um novo SD (Pastor Hilmar). Mas devido a magnitude do Distrito Federal, resolvemos, dentro do novo conceito de coordenadorias, criar uma Coordenadoria para o DF. E já temos o Coordenador Regional para o DF: O Pastor Calegari Filho. Desde que assumimos a II Região, temos olhado o Distrito Federal como nossa principal prioridade. Estaremos trabalhando com afinco, para chegarmos ao próximo Concílio Geral, se Deus permitir, com uma nova história no DF.

2. Alvos Regionais

Alvos de crescimento numérico: Não devemos trabalhar com alvos de crescimento, cujo índice se situe abaixo dos 20%. Este deve ser o percentual básico para todos os setores abrangidos pelo alvo de crescimento regional (EBD; departamentos; congregações; igrejas; etc.).

Abertura de novas congregações: O crescimento da II Região depende basicamente da abertura de novas congregações. Temos percebido que novas congregações e frentes missionárias, geralmente, são o embrião de uma nova igreja e de um novo distrito. Nossa proposta é a abertura de uma nova congregação por cada duas igrejas do distrito, a cada ano.

Organização de novas igrejas: Nosso objetivo deve ser: Uma IMW em cada município do Estado. E no município em que já houver uma IMW, deverá ser plantada uma segunda IMW. E assim sucessivamente. O projeto de plantação de igrejas, deve procurar plantar uma IMW em cada ponto cardeal de um determinado município. O quadro de uma IMW solitária em um determinado município - sem projeto de expansão; deve ser combatido com medidas pedagógicas apropriadas.

Criação de novos distritos: Queremos desenvolver um projeto denominado PSI - "Programa de Saturação de Igrejas". O objetivo do mesmo será plantar igrejas em áreas estratégicas, visando a formação de novos distritos, para cobertura de algumas cidades estratégicas distantes das "redes wesleyanas". Se estabelecermos um mínimo de três igrejas (casos especiais); poderemos chegar à criação de um novo distrito em lugares de difícil cobertura.

Criação de uma nova região: O projeto de criação de uma nova Região já foi elaborado pelo CMR, que mapeou a área de execução do mesmo (Espírito Santo, Bahia e Tocantins). Entretanto, os obreiros e igrejas nesses Estados, precisarão fazer um pouco mais do que já estão fazendo. E no meu entendimento, "fazer mais" significa capacitar e formar lideranças locais. Além disso, precisa ser incentivada a autonomia financeira das igrejas, especialmente as do Estado de Tocantins. Se fizermos um bom trabalho, poderemos dar este passo no próximo Concílio Geral.

3. Secretarias e Órgãos Regionais

Cada Secretaria Regional precisará, dentro de sua área, desenvolver projetos em consonância com o PDR. Seguem-se algumas sugestões do Relatório Episcopal:

SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL - SRAS

1. Auxílio aos Obreiros

Melhor aplicação dos recursos do FUNSAF: Incentivo aos pastores, a participarem do plano com um pequeno custo mensal. É muito importante que cada obreiro procure garantir esta cobertura financeira mínima, em caso de falecimento de um dos cônjuges; em momento tão doloroso na vida de uma família.

Fundo de Jubilação: Este fundo foi criado no IX Concílio Geral, para complementar a renda do pastor jubilado que receba até três salários de aposentadoria. Esta Secretaria precisa motivar os pastores ao cumprimento deste dever por parte de suas igrejas. Esta cobertura aos jubilados depende da pontualidade das igrejas locais, no envio de 0,5% de sua arrecadação mensal.

A SRAS precisa fiscalizar, por meio dos SD: Além do recolhimento para o FUNSAF (por parte dos pastores); e do Fundo de Jubilação (por parte das igrejas. E também precisa verificar se os pastores de tempo integral estão em dia com o recolhimento junto ao INSS e com o repasse da contribuição para o CAW.

2. Ação Social Comunitária

Na esfera local, as igrejas devem promover ações globais de atendimento à comunidade sob sua influência. Além disso, as igrejas devem manter um monitoramento da comunidade, para se fazer presente em caso de funeral e nascimento de crianças na vizinhança. O trabalho social feito pela igreja, atendendo a famílias carentes da igreja local e da comunidade, pode salvar muitas vidas.

Outro projeto que deve ser desenvolvido com cuidado e responsabilidade é a criação das AWAS. Este projeto deve possuir objetivos definidos. Não deve visar fins políticos nem angariação de recursos. E sim, procurar desenvolver planos de ação, tais como: Cursos de capacitação com vista a emprego e renda; creches e escolas de ensino fundamental em parceria com órgãos públicos; e também um serviço de atendimento a membros carentes.

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO - SRA

Esta Secretaria precisa atentar para os seguintes setores:

Inventário Patrimonial Regional: A atualização de dados no Wesleyanahost: Tanto as igrejas como os órgãos e departamentos da II Região, precisam manter rigorosamente em dia as informações estatísticas, financeiras e patrimoniais no Site da IMW.

Contratação de funcionários e prestadores de serviços: Esta Secretaria precisa fiscalizar rotineiramente este setor. Já temos sofrido sérios problemas devido a falta de fiscalização. Deve ser elaborado um "Manual de Orientação" com instruções básicas aos pastores; e pelo menos um seminário anual sobre o assunto. Os SD deverão ser mobilizados para uma fiscalização efetiva. Não podemos admitir amadorismo neste setor! Reformas e construções feitas de modo irregular: Obras em situação irregular, são aquelas que não possuem licença do CREA e da Prefeitura; que não possuem um projeto formal; e aquelas que não possuem autorização da SRA. Como alguns dos nossos templos foram construídos em regime de mutirão, precisarão ter sua situação regularizada.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ - SREC

Ensino Fundamental: Esta Secretaria precisa elaborar um projeto voltado para a educação fundamental. Estamos propondo a criação de escolas wesleyanas de ensino fundamental nos seguintes centros wesleyanos: Grande BH; Grande Vitória; Brasília; Governador Valadares; Muriaé; e Uberlândia.

Formação teológica: O CEFORTE é o instrumento oficial de preparo e formação de obreiros nesta área. Mas não podemos permitir que o ministério seja tratado como mera profissão. Devemos melhorar a eficiência no preparo dos nossos obreiros; e, ao mesmo tempo, cuidar para que os nossos seminaristas saibam que o fato de alguém possuir formação teológica não faz desse alguém um pastor de almas. Portanto, caberá ao CEFORTE orientar quanto a diferença entre "formação teológica" e "chamado para o ministério".

Escola Bíblica Dominical: Caberá a SREC criar uma "forjaria de obreiros da EBD", através de seminários e cursos de capacitação para obreiros e professores da EBD. Esta Secretaria precisará, a nivel de distrito, promover um verdadeiro "mutirão de incentivo"; e acompanhar e orientar aquelas igrejas que ainda apresentam deficiência neste tão importante departamento da igreja local.

Departamentos: A SREC precisa utilizar esta "força de trabalho" que a IMW tem: Que São os Departamentos Regionais (de Adultos; de Jovens; de Adolescentes; de pré-Adolescentes; e de Crianças). Eles poderão dar uma valiosíssima contribuição para o crescimento da II Região.

SECRETARIA REGIONAL DE FINANÇAS - SRF

A Secretaria Regional de Finanças precisa manter um plano de incentivo ao levantamento de recursos na igreja local. E não me refiro aos dízimos e ofertas tão somente! Torna-se necessário orientar quanto ao levantamento das grande ofertas regionais e gerais.

Vida financeira: Um dos indicadores de saúde de uma igreja é suas finanças (salvo raríssimas exceções). Um dos indícios de crise no ministério pastoral é quando as finanças de uma igreja começam a decair. Dízimos e ofertas sempre fizeram parte do culto a Deus, um meio pelo qual Seu povo demonstra gratidão e obediência; uma oportunidade de ser abençoado com a promessa de Malaquias 3:8-10. Todavia, ovelhas mal atendidas, maltratadas e assustadas acabam por "emagrecer" e, enfraquecidas, começam a sonegar sua contribuição.

Ofertas Regionais e Gerais: Os pastores precisam sem empenhar melhor no tocante às ofertas especiais. Elas se resumem em quatro grandes ofertas anuais: A Oferta de Ação Social - em abril; a Oferta de Missões Estrangeiras - em junho; a Oferta de Missões Regionais - em setembro; e a Oferta de Gratidão - em dezembro. Os pastores devem usar de criatividade para alcançar os alvos financeiros, trabalhando com bastante antecedência no levantamento dos mesmos.

SECRETARIA REGIONAL DE MISSÕES - SEM

Nós bem sabemos que, âmbito de missões estrangeiras, o assunto é da competência da Secretaria Geral de Missões. Nossa missão é contribuir com a oferta anual; e também com algum programa de adoção elaborado pela SGM.

Já no âmbito de missões regionais, a SRM precisa melhorar seus métodos de divulgação. Precisa também propor meios de angariação de recursos (cofrinhos para crianças da igreja; eventos sociais, tais como almoços e jantares, para melhorar o alvo da igreja, etc.).

Precisamos também de um plano de ação conjunta, entre a Secretaria Regional de Missões juntamente com os distritos e igrejas, para o apoio efetivo aos obreiros e igrejas do Campo Missionário.

Nossos Campos Missionários

Já definimos a demarcação do nosso Campo Missionário Regional, criando quatro Campos Missionários setoriais, que são:

1. O Estado do Tocantins: O primeiro a ser demarcado. Temos neste Estado, cinco trabalhos: Araguaína; Colinas do Tocantins; Palmas; Gurupí e Peixe. Todavia, precisamos olhar o Estado como um todo, e não reduzido ao "quintal" de uma igreja local. É preciso mapear as cidades que estão ao longo da rodovia "Belém/Brasília", desenvolvendo projetos para o alcance das mesmas.

2. O Estado de Goiás: Este é um dos Estados de maior presença evangélica do Brasil. No entanto, temos apenas seis trabalhos em Goiás: S. Antonio Descoberto; Parque Mingone; Águas Lindas; Planaltina; Caldas Novas; e a Frente Missionária de Goiânia. Precisamos alcançar também as cidades de: Anápolis; Jataí; e muitas outras.

3. O Estado do Pará também está conosco: A IMW está presente nas cidades de Belém, Marabá, Parauapebas e Curionópolis. Todavia, precisamos chegar a Santarém e Açailândia, para ampliar a nossa base de operações nesta terra promissora.

4. Criamos o Campo Missionário de Salvador: E tomamos esta medida, levando em conta a magnitude desta área baiana. Já temos três igrejas neste campo; mas precisamos alcançar as cidades de Feira de Santana e Juazeiro, que estão inseridas na área demarcada.

Para darmos conta da missão de melhorar e ampliar a presença da IMW nestes quatro campos missionários, precisamos reformular o conceito de liderança e de ministério que tem prevalecido nas áreas demarcadas. Este é um passo fundamental para expandirmos o trabalho wesleyano nos mesmos.

A SRM precisa melhorar o seu modo de influenciar e auxiliar os trabalhos existentes. É hora de mudança! E não podemos continuar tentando colocar "vinho novo" em "odres velhos". A Coordenação Geral precisará aplicar os conceitos do PDR em nosso Campo Missionário Regional.

CONCLUSÃO

Para que consigamos alcançar alvos pré-estabelecidos, todos os Coordenadores, Diretores e Agentes do PDR, deverão contribuir com projetos e metas de crescimento para a II Região. Os SD; os Diretores e Conselheiros Regionais de Departamentos; os Superintendentes das EBD; os Diretores de Departamentos e Ministérios locais; todos estes podem ser importantes parceiros no crescimento da II Região. Todavia, o pastor é a figura chave para a edificação, mobilização e motivação de sua igreja na expansão do Reino de Deus. Se ele orar verdadeiramente, os resultados vão aparecer em seu ministério, para a glória de Deus.

Cordialmente;
Bispo Calegari

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Levantai as vossas cabeças

"Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção se aproxima. Propôs-lhes então uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores; quando começam a brotar, sabeis por vós mesmos, ao vê-las, que já está próximo o verão. Assim também vós, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que o reino de Deus está próximo. Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo isso se cumpra. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão" (Lucas 21.28-33).

A tragédia que se abateu sobre a região serrana do Rio de Janeiro, provocou o maior desastre por causa naturais que este País já viu. Mas também revelou um grandioso "mutirão de solidariedade"; algo de rara beleza e fraternidade. A mobilização da nação brasileira em favor dos flagelados do Rio de Janeiro, foi vista em todos os Estados brasileiros (inclusive o Estado de Minas Gerais, que também sofre com mortes e grandes prejuízos causados pelas chuvas). De todos os lugares, chegam ao Rio de Janeiro doações às toneladas. Contingentes do Corpo de Bombeiros; do Exército; da Polícia Militar; da Força Nacional de Segurança; e muitos outros, se dirigiram com rapidez para as zonas mais afetadas pelas fortes chuvas deste início de ano); vemos uma grande mobilização de voluntários se dirigindo para as áreas flageladas.

Depois da tragédia anunciada

E como sempre acontece em ocasiões assim; especialmente em meio aos primeiros efeitos de ordem emocional e psicológica causados pela tragédia; começam as acusações entre os diversos setores do governo. As partes diretamente envolvidas com as políticas públicas que poderiam agir preventivamente em situações assim, começam a trocar acusações, na descabida tentativa de transferir responsabilidades. Como se esta "transferência de culpa" ilibasse aqueles que são diretamente responsáveis pela aplicação correta dos recursos disponíveis que poderiam amenizar, ou mesmo resolver o grave problema da ocupação irregular das encostas brasileiras.

Mas, nem tudo está perdido

É que, em meio a dor e ao sofrimentos de tantos, chegam até nós o testemunho de livramentos sobrenaturais. Este tipo de livramento vem ocorrendo em outros palcos de tragédias semelhantes. Quem não se lembra da enfermeira que foi resgatada do meio dos escombros produzidos pelo "desmoronamento" sem precedentes no Haiti Ela foi encontrada, como que suavemente acomodada em um colchão de terra, entre pedaços de concreto. Aquela mulher viu a glória de Deus!

E também entre nós, milagres de livramento foram constatados: Aquele pai que manteve seu filho de seis meses abraçado a si, durante horas, até que o socorro chegasse. E também aquele homem que esteve soterrado sob escombros e lama, tendo permanecido por horas naquela situação. E ele reconheceu o cuidado de Deus por si; chegando a declarar que o Senhor estendeu Sua mão sobre ele. Certamente que no decorrer dos dias ouviremos de livramentos que a grande mídia não tem o menor interesse em divulgar.

Que lições podemos tirar de tudo isso

A Palavra de Deus sinaliza para dias sombrios no final dos tempos. E por tudo aquilo que temos visto e ouvido, acredito que, se não estamos no "fim dos dias", podemos estar no principio deste "fim". Este período é apresentado nas Escrituras como "princípio de dores". E em meio aos eventos deste período, o próprio Jesus nos exorta a olhar para cima. Tanto no texto que encabeça este artigo, como em Mateus 24.1-14, a Palavra de Deus enumera uma série de ocorrências que podem ser verificadas em larga escala em nossos dias.

Portanto, a melhor coisa que podemos fazer diante de tudo o que está acontecendo à nossa volta, é olhar para Jesus! Precisamos buscar "primeiramente o Reino de Deus e Sua justiça" (Mateus 6.33). Viver em Deus é procurar viver uma vida com propósito, baseada na Palavra de Deus e firmada em Suas promessas. Não é hora de buscarmos soluções humanas ou socorro por parte do homem. O Senhor exorta em Sua Palavra: "Buscar-me-eis e me achareis; quando me buscardes de todo o vosso coração" (Jeremias 29.13).

Onde está o nosso refúgio

"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará desde o raiar da alva. Bramam nações, reinos se abalam; ele levanta a sua voz, e a terra se derrete. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Vinde contemplai as obras do Senhor, as desolações que tem feito na terra. Ele faz cessar as guerras até os confins da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O Senhor dos exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio" (Salmo 46.1-11).

Não existe lugar seguro na terra. O perigo ronda o ser humano, independente do lugar em que esteja. Não há como escapar: Morando no vale ou na montanha; morando no campo ou na cidade; morando em uma ilha na floresta. Não! Não existe segurança em lugar algum deste mundo. Nem nos sistemas de defesa e proteção, criados pelo homem. O único lugar seguro para se estar, é na Palma da Mão de Deus!

Cordialmente;
Bispo Calegari

domingo, 16 de janeiro de 2011

O PDR e seus Diretores e Ministros Titulares

PDR

PDR é a sígla do "Plano Diretor Regional". É também o termo pelo qual este plano será conhecido e divulgado. A natureza do PDR será constituída de três componentes principais:

1) Diretores e agentes de sua execução;
2) Princípios e métodos de sua utilização;
3) Alvos e objetivos de sua aplicação.

Nesta postagem, estaremos definindo aqueles que serão seus titulares de Primeiro Escalão: Os Secretários Regionais e os Superintendentes Distritais.

Palavra de introdução

O XV Concílio Regional, reunido de 16 a 18 de dezembro último, aprovou por unanimidade as propostas inseridas no Relatório Episcopal. Estas propostas servirão de base para o novo "Plano Diretor Regional" da II Região - doravante referido como "PDR". E no bojo das decisões, elegeu os cinco Secretários Regionais. Estes homens, juntamente com os Superintendentes Distritais, serão incumbidos de cumprir as metas propostas pelo PDR.

E nenhum wesleyano da II Região está dispensado de perseguir os alvos propostos - desde os Oficiais Regionais; passando por todos os obreiros regionais; e chegando até os membros mais novos desta querida Região. O "PDR" será a nossa cartilha. Ele será uma espécie de mapa; cuja missão será levar a II Região - em uma espécie de "mutirão de crescimento" - por um caminho de conquistas e desenvolvimento fora do comum. Existem medidas a serem tomadas e diversas etapas a serem cumpridas. Não podemos nos acomodar!

Nossos Secretários Regionais e suas respectivas Secretarias

A II Região tem os seus novos Secretários Regionais - cinco valorosos obreiros. E cada um deles, à frente de sua respectiva Secretaria, será um instrumento de grande valor para as metas que pretendemos alcançar. Seguem-se seus nomes e suas Secretarias, seguindo-se o critério de ordem alfabética:

Pastor Benildo Torralba Maldonado: Secretaria Regional de Educação Cristã;
Pastor Edilton de Souza Leão Flores: Secretaria Regional de Ação Social;
Pastor Edmilson de Souza Araujo: Secretaria Regional de Missões;
Pastor Gilberto Geraldo da Silva: Secretaria Regional de Administração;
Pastor Marcus Ely Ribeiro: Secretaria Regional de Finanças.

Nossos SD e seus respectivos Distritos

Neste Concílio Regional, nomeamos 23 Superintendentes Distritais que, à nosso juízo, estão entre os mais experientes nomes para o projeto de governo da II Região. Eles podem até não ser os melhores. Mas tenho pleno convicção que estão entre os melhores! Os 23 Distritos estão agrupados em ordem alfabética; seguindo-se o Campo Missionário Regional:

Distrito de Alegre - Gilberto Beloni dos Santos;
Distrito de Belo Horizonte Benildo Torralba Maldonado;
Distrito de Betim - Francisco Alves Quesado;
Distrito de Brasília - Hilmar Ribeiro dos Santos;
Distrito de Cachoeiro do Itapemirim - Jorge Camargo;
Distrito de Cataguases - Renato Jabôr Campos;
Distrito de Caxambu - Natanael João de Oliveira;
Distrito de Contagem - Bartolomeu Rodrigues de Souza;
Distrito de Governador Valadares - Valdívio Dias Correia;
Distrito de Guarapari - Marcus Ely Ribeiro;
Distrito de Ipatinga - Gervaldo Gomes Rebouças;
Distrito de Jequié - Raimundo Lopes Matos;
Distritos de Juiz de Fora - Edilton de Souza Leão Flores;
Distrito de Lavras - Sebastião Calegari Filho;
Distrito de Mantena - Sebastião Antonio Neto;
Distrito de Muriaé - Robsom dos Santos;
Distrito de Teixeira de Freitas - João Batista de Aguiar;
Distrito de Teófilo Otoni - Valdívio Dias Correia;
Distrito de Uberaba - Ângelo Ismael Urzedo;
Distrito de Uberlândia - Antonio Novello;
Distrito de Vila Velha - Geraldo Lucio Rodrigues;
Distrito de Visconde do Rio Branco - Iankee Berget Afonso dos Santos;
Distrito de Vitória - Jorge Luiz Perim;
Campo Missionário Regional - Edmilson Souza Araújo.

O tema que inspirou o XV Concílio Regional - "Desafios para um novo tempo" - nos remeteu a pelo menos três estágios de operação:

1) Um campo de batalha! Vamos lutar o "bom combate"; enfrentar e vencer os "inimigos da fé".
2) Um canteiro de obras! E nós fomos chamados por Deus, para sermos os Seus trabalhadores.
3) Uma campo de trigo! Neste "campo", fomos colocados pelo Senhor, para plantar e colher.

Na próxima postagem, estaremos discorrendo sobre Princípios, Métodos, Alvos e Objetivos do "PDR". Até lá!

Cordialmente;
Bispo Calegari

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Itinerância (parte II)

Na condição de Superintendente Regional, encaro com alguma reserva e preocupação os sistemas de governo que não tem a itinerância como norma. Não que eu seja um ardoroso defensor da "itinerância pela itinerância". Sempre entendi que a itinerância deve ser considerada mais pelo seu viés profético, do que por uma razão meramente administrativa. Se os que trabalham com intinerância pudessem ser divididos em grupos diferenciados, acredito que eu fosse colocado junto àqueles que não vêm o ato de nomear como um procedimento banal - de trocar "seis por meia-dúzia". Respeito os que optam por promover itinerância para impor autoridade; ou por conveniência administrativa; ou mesmo por outras razões. Mas eu não penso assim!

Não consigo conceituar "itinerância", sem levar em conta que o Deus eterno tem o "homem certo" para a "tempo certo" na "igreja certa". Não consigo ver de outro modo! Quando estou presidindo o Conselho Ministerial Regional, para decidir sobre nomeações, sempre caminho sobre uma espécie de corda bamba - balançando entre o desejo humano, suscetível de falhas, e o propósito de Deus para com aqueles que estão sob minha autoridade imediata.

Então, fico a pensar: "Se o meu espírito sente tamanho desconforto ao nomear um obreiro para uma igreja; por que tenho passado minha vida episcopal a ouvir obreiros se referirem a sua necessidade de permanecer ou de sair de determinada igreja, alegando como motivo: Escola dos filhos; igreja melhor; cidade mais interessante; proximidade com família (pai ou mãe); proximidade com praias e shoping; conveniência financeira; etc."?

Lembro-me aqui da advertência de um veterano profeta a um profeta calouro: "Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja sobre mim dobrada porção de teu espírito. Respondeu Elias: Coisa difícil pediste. Todavia, se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará" (2 Reis 2.9-10).

Mas lembro-me também da advertência de um veterano apóstolo a um obreiro em experiência: "Nenhum soldado em serviço se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (2 Timóteo 2.4). E este abnegado apóstolo imprime o seu testemunho pessoal quanto à prioridade do Reino de Deus: "Assim como também eu em tudo procuro agradar a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que sejam salvos" (1 Coríntios 10.33). E é ele também que, de modo magistral, encerra o assunto: "Não servindo somente à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus" (Efésios 6.6).

Tenho sempre a ressoar em meus ouvidos, as antigas e clássicas canções de dedicação ao trabalho de Deus. Em uma delas, o princípio da itinerância soa mais ou menos assim: "Nem sempre será para onde eu quiser que o Mestre me tem de mandar..." e aí por diante. Em outra delas, seu estribilho define assim a posição de um itinerante: "Se Cristo comigo vai, eu irei; e não temerei..." e por aí a fora. Existe também aquela que resume o testemunho do verdadeiro servo de Deus: "Bem pouco importa eu habitar em alto monte, a beira-mar; em casa, gruta, boa ou ruim - É sempre um céu, com Cristo em mim". Estas belas canções tem como denominador comum, o fato de que foram produzidas por homens de Deus à moda antiga; comprometidos com o princípio da itinerância ministerial.

Isso não quer dizer, necessariamente, que um pastor comprometido com este princípio bíblico não possa permanecer por bastante tempo - e até mesmo por toda a sua vida - em um determinado lugar. Não mesmo! Conheço homens de Deus que foram muito bem sucedidos em nomeações prolongadas à frente de determinada igreja. Isso não significa que os mesmos não estivessem prontos para serem transferidos em qualquer altura. Não é isso! O que deve prevalecer no íntimo de cada vocacionado ao ministério é o princípio - não o procedimento.

Resumindo: O conceito de itinerância implica em uma responsabilidade de mão dupla: Existe a responsabilidade de quem nomeia; e existe a responsabilidade de quem é nomeado. Quando ambas as responsabilidades se tornam perfeitamente ajustadas com o propósito de Deus, as decisões serão altamente compensadoras. Quando ambos - nomeador e nomeado - vivem em busca da direção de Deus, com espírito sensível à Sua gloriosa voz; e submissos ao seu imperativo, todos serão edificados. Todos serão abençoados.

Para concluir, trago até nós o "Ide" de Jesus e seu imperativo:

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se à direita de Deus. Eles, pois, saindo, pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que os acompanhavam" (Marcos 16.15-20).

Observem as partes em destaque. E... Até a próxima postagem!

Cordialmente;
Bispo Calegari

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Meu Relatório ao XV Concílio Regional

Srs. Delegados do XV Concílio Regional.

Graça e paz em Cristo Jesus, Senhor nosso!

Nossas Primeiras Palavras

Parece que foi ontem que chegamos à II Região! E, no entanto, já se passaram 34 meses, desde que iniciamos nosso mandato interino, por nomeação do Conselho Geral. Em julho de 2010, depois de uma eleição para um novo mandato, que muito me honrou (os votos recebidos foram suficientes para que eu fosse o segundo mais votado), fui novamente conduzido pelo Egrégio Conselho Geral da IMW ao comando da II Região, para um mandato de seis anos.

Já havíamos tomado medidas administrativas que, segundo nosso juízo, poderiam levar a II Região a conhecer dias ainda melhores. E, realmente, isso vem acontecendo. As transformações são admiráveis! Deus tem agido em nosso meio sobremaneira. Conseguimos alcançar e ultrapassar algumas etapas de grande significado para o desenvolvimento da Região. E tenho entendido que o novo mandato exige de mim uma cuidadosa avaliação dos resultados já alcançados; bem como uma profunda reflexão sobre os mesmos – quanto ao que deve ser reeditado e o que deve ser descartado. Precisaremos projetar ações diversificadas para o próximo biênio, tomando como base os acertos desacertos que marcaram o biênio anterior.

Dentre algumas medidas que aqui precisamos tomar, enumero as seguintes:

1) Precisamos eleger Oficiais Regionais capazes de cumprir integralmente os objetivos de suas respectivas secretarias e comissões regionais. Enfim, fazer o que se espera deles!

2) Precisamos votar para ordenação a Ministro. Mas somente em pastores que tenham demonstrado qualificações indispensáveis para cargo de governo da IMW. E, mesmo assim, se a Região necessitar de obreiros para este quadro

3) Precisamos votar para consagração a Pastor. E esta consagração deve ser o resultado final de um estágio que nos tenha convencido plenamente do seu chamado para o ministério.

4) Ao longo destes dias, o CMR estará nomeando obreiros para pastorear o rebanho do Senhor. E faremos isso, de olho no histórico, no trabalho e no perfil de ministério de cada obreiro. Precisamos saber se determinada igreja pode ser pastoreada por determinado pastor.

5) Um obreiro do Senhor não deve ver sua nomeação como um “castigo” ou perseguição. A nomeação para uma igreja – pequena ou grande - é sempre uma missão honrosa. Pois, nossa missão é cuidar de vidas – seja um pequeno grupo ou uma multidão de fiéis.

6) Para um verdadeiro pastor, uma transferência produzirá sempre um misto de alegria e tristeza: Tristeza, por termos que deixar a companhia de amigos e irmãos com quem convivemos por um bom tempo. Alegria, por sermos convocados para a construção de um novo projeto; para desenvolver novos relacionamentos; para conquistar novas vitórias.

Devemos aproveitar este Concílio, para renovar laços de comunhão com os colegas de ministério que não vemos com freqüência. Podemos também desenvolver relacionamentos saudáveis com novos obreiros e com os delegados em geral. Afinal de contas, fazemos parte da família wesleyana; presente em todos os Estados brasileiros, e em alguns países do mundo.

Introdução

No XV Concílio Regional da II Região, nosso sentimento é de alegria e de gratidão a Deus, por ver claramente o mover do Espírito em nosso meio. A reeleição para um novo mandato, no VIII Concílio Geral, nos fortaleceu e motivou. Embora estejamos vivendo tempos difíceis, temos evidências claras de que Deus tem algo a fazer através de nós. Mesmo vivendo dias sombrios, que preocupam as lideranças evangélicas do mundo inteiro; somos movidos por uma fé inabalável, de que dias melhores virão, em nome do Senhor Jesus.

Homenagem Especial

Não podemos, em tempo algum, esquecer a figura impar que foi o saudoso Bispo Nilson de Paula Carneiro, que conduziu tão bem a II Região durante seus anos de saúde e vigor. Este “Herói da Fé” passa a fazer parte, em caráter definitivo, da história da II Região.

O que senti e o que sinto

Ainda me lembro do grande peso de responsabilidade que senti, ao ser nomeado para a II Região. Até então, minha missão tinha sido de organizar regiões (como o fiz em Portugal e no Norte do Brasil). Nesta nova missão, procurei conhecer de perto os obreiros e igrejas. Foi uma das grandes decisões que tomei; pois me ensinou a lidar com os problemas regionais. Foi deste modo que pude conhecer o perfil de ministério da grande maioria dos obreiros. Procurei servir de exemplo e motivação para os que estavam iniciando sua carreira ministerial. Tive também que tomar algumas medidas enérgicas. Mas o tempo me mostrou que foram necessárias.

O que sinto hoje é uma grande necessidade de auscultar a realidade em que as igrejas vivem; em que os pastores vivem. Para isso, preciso conhecer a verdade – caso a caso. Procurarei não me deixar influenciar por situação aparente, pois sei que nem tudo é o que parece ser. Sei que preciso de assessores que me mantenham a par da situação real de cada setor da Obra. Preciso de líderes maduros e comprometidos; que não buscam seu próprio interesse. Que saibam lidar com os fracos e com os pequenos, como verdadeiros pastores.

Durante meu trabalho itinerante, continuo fazendo importantes descobertas:

Na onda do Avivamento

Tenho constatado que alguns focos de avivamento, existentes em nossa Região, representam uma base muito forte para nosso projeto regional. Em termos de igrejas, encontrei algumas vivendo um momento de intensa vida espiritual, experimentando o sobrenatural de Deus.

Perfil de ministério

Muitos obreiros ainda não se deram conta, que o perfil de ministério é determinante no resultado do seu trabalho. Por este perfil, podemos saber “quem e quem”; e também para onde nomear alguém. A II Região necessita de obreiros capazes de desenvolver “escolas de ministério”. Eles poderão ajudar obreiros que estão em busca de um ministério de resultados.

Todavia, a experiência nos tem ensinado que não existem fórmulas mágicas para sucesso ministerial. Sabemos que um método ou visão não esgota o potencial divino, nem deve determinar práticas ministeriais estranhas. A IMW não engessa ministérios, nem inibe iniciativas válidas na obra do Senhor. Todavia, não admite exageros ou excessos, que possam comprometer a sua identidade. Cada um deve trabalhar dentro do seu perfil de ministério; mas sempre em conformidade com a Palavra de Deus, em termos proféticos e doutrinários; e com o Estatuto e Regimento interno da IMW, em termos administrativos e funcionais.

Nossos Campos Missionários

Pretendemos concluir a demarcação de nossos Campos Missionários, que são três:

O Estado do Tocantins, que foi o primeiro a ser demarcado, precisa de obreiros que trabalhem com visão missionária. Temos neste Estado, cinco trabalhos: Araguaína; Colinas do Tocantins; Palmas; Gurupi e Peixe. Todavia, precisamos olhar o Estado como um todo, e não reduzido ao “quintal” de uma igreja local. Se ficarmos “presos em nossa montanha”, jamais veremos a conquista deste Estado. É preciso mapear as cidades que estão na “Belém/Brasília”, desenvolvendo projetos de conquistas dessas cidades.

No Estado de Goiás, temos cinco trabalhos: S. Antonio Descoberto; Parque Mingone; Planaltina; Caldas Novas; e a Frente Missionária de Goiânia. Lamentavelmente, ainda não conseguimos a pessoa certa para Goiânia. Prefiro assumir a responsabilidade por isso. Afinal de contas, o homem para Goiânia tem que ser um homem especial – capaz de “fazer chover” naquela terra. Todavia, além de Goiânia, temos Anápolis; temos Jataí; e muitas outras cidades.

E o Estado do Pará também está conosco. A IMW está presente nas cidades de Belém, Marabá e Parauapebas. Todavia, precisamos repensar métodos e objetivos; descartando práticas de ministério que atrofiaram aquele Estado por anos a fio, e procurando escrever uma história de sucesso naquela terra promissora.

Existem razões para nossas igrejas não se terem desenvolvido nestes Estados. Mas creio que chegou a hora de mudança! Precisamos reformular o conceito de liderança e de ministério – passos fundamentais para expandir o trabalho wesleyano nestes três Campos Missionários.

Tenho pedido a Deus, um homem para Tocantins; um homem para Goiás; um homem para o Pará. Três homens que façam a diferença – três Supervisores de Campo! Que sejam maiores do que os obstáculos que tem paralisado o nosso trabalho nesses Estados

Nossos distritos

Saímos do Concílio Regional em Guarapari, com treze distritos: Belo Horizonte; Brasília; Cachoeiro do Itapemirim; Caxambu; Contagem; Governador Valadares; Jequié; Juiz de Fora; Teixeira de Freitas; Uberaba; Uberlândia; Vila Velha; Vitória. O mini Concílio de Governador Valadares nos deu mais três Distritos: Betim; Ipatinga e Teófilo Otoni. Portanto, chegamos à marca de dezesseis distritos. No entanto, precisamos criar mais neste concílio. “Descentralizar para Crescer” deve ser o nosso lema. É com rumos claros para cada distrito; e sob o eficiente comando daqueles que serão nossos representantes nos mesmos, que veremos a obra wesleyana se expandir e conquistar. Não temos tempo a perder!

Nosso maior desafio

Nosso maior desafio na II Região continua sendo o Distrito Federal. Hoje eu tenho uma idéia mais clara quanto ao motivo da estagnação do trabalho wesleyano no Distrito de Brasília. Todavia, tenho certeza de que as coisas irão mudar rapidamente, na medida em que os dias forem passando. Haveremos de chegar ao próximo concílio, se Deus permitir, com uma nova história ali. Já tenho o direcionamento para a situação; creio que a solução está bem próxima.

Planos e Metas Para o biênio 2011/2012

1. Alvos

Alvos de crescimento

Em nosso concílio em Guarapari, a II Região apresentou um resultado positivo, com um crescimento percentual de 10,5%. Mesmo não tendo os dados deste biênio; acredito que tivemos um bom biênio. Penso, entretanto, que qualquer índice de crescimento que se situe abaixo dos 20% não deve ser motivo de comemoração, pois o Senhor espera mais de cada um de nós. Precisamos trabalhar com um alvo de crescimento para a II Região, que tenha como base um percentual de 20% ao ano.

Criação de novas igrejas

O crescimento da II Região depende também da plantação de novas igrejas por toda a nossa jurisdição. E um dos facilitadores para alcançarmos este objetivo é a abertura de novas congregações e frentes missionárias – sejam elas iniciativa da igreja local ou do Distrito.

Criação de novos distritos

Com o Programa de Saturação de Igrejas (PSI), poderemos planejar a formação de novos distritos. Se considerarmos que um distrito deve ter um mínimo de três igrejas (casos especiais); ou uma média de seis igrejas (casos normais); a plantação de novas igrejas em áreas em “branco”, pode propiciar um novo distrito em lugares de difícil cobertura.

Criação de uma nova região

O Conselho Ministerial Regional já mapeou a área para trabalhar o projeto de uma nova região: Espírito Santo, Bahia, Tocantins e Pará. Entretanto, os obreiros e igrejas nesses Estados, precisarão fazer mais do que estão fazendo; para não corrermos o risco de criar uma nova região com as carências e dependências que sufocam hoje a Região Missionária do Nordeste. E no meu entendimento, “fazer mais do que estão fazendo” significa capacitar e formar lideranças locais; maduras e preparadas. Além disso, precisam desenvolver uma base de autonomia financeira nas igrejas situadas em alguns destes Estados (especialmente Tocantins e Pará). Estou crendo que poderemos dar este passo no próximo Concílio Geral.

2. Ação Social

Na área social, demos um passo importante, que é o FUNSAF. Mediante apoio da SRF (ainda não temos um fundo de reserva), este fundo já garantiu cobertura para famílias enlutadas. É bem verdade que existe um pequeno custo (quinze reais/mês). Todavia, a cobertura que o mesmo oferece, em caso de falecimento do Pastor ou de sua esposa, representa uma tranqüilidade a mais para todos os participantes.

Também estamos contribuindo com o fundo de complementação de renda para o pastor jubilado que receba até três salários de aposentadoria. Esta complementação garante um salário extra aos jubilados que vivem nessas condições. Entretanto, a SRAS precisa acompanhar, mediante relatório dos SD, a pontualidade no recolhimento: tanto por parte dos pastores (FUNSAF), como por parte das igrejas (Fundo de Jubilação).

Quanto ao recolhimento para o INSS, é obrigatório. Neste concílio o CMR estará decidindo sobre a situação dos obreiros que não recolhem para a previdência social.

Na esfera local, as igrejas devem promover ações globais de atendimento à comunidade sob sua influência. Além disso, as igrejas devem manter um monitoramento da comunidade, para se fazer presente em caso de funeral, nascimento de crianças, etc. O trabalho social feito pela igreja, atendendo a famílias carentes da igreja local e da comunidade, pode salvar almas.

Outro projeto que deve ser desenvolvido com cuidado e responsabilidade é a criação das AWAS. Ele deve surgir com objetivos definidos. Não deve visar fins políticos; e sim, procurar desenvolver planos de ação, tais como: Cursos de capacitação com vista a emprego e renda; creches e escolas de ensino fundamental em parceria com órgãos públicos; e também um serviço de atendimento a membros carentes.

3. Administração

Sabemos que o “Wesleyanahost” tem cumprido um importante papel para as informações estatísticas, financeiras e patrimoniais das igrejas e órgãos regionais. Vivemos em um mundo globalizado; que utiliza os recursos da alta tecnologia em suas comunicações. E a Igreja precisa fazer uso dos recursos existentes no mercado; especialmente uma Igreja de regime centralizado, como é o caso da IMW. Entretanto, minha grande preocupação atual tem a ver com dois fatores de risco:

Contratação de funcionários sem o devido registro: Já temos sofrido sérios problemas devido a isso. Pastores contratam serviços de zeladoria e secretaria, sem providenciar o devido registro. Algumas ações trabalhistas já tem nos atingido. E o mais lamentável, é que se fosse feito o registro do funcionário, a despesa seria bem menor e sem o constrangimento e desgaste provocado por uma ação trabalhista. Não aceitaremos mais isso!

Reformas e construções feitas de modo irregular: Consideramos como obras em situação irregular: as que não possuem licença do CREA e da Prefeitura; as que não possuem um projeto compatível com a dimensão da obra; as que não possuem autorização da SRA. Alguns dos nossos templos foram construídos em regime de mutirão. Suas cintas de apoio, na maioria dos casos, não foram preparadas para sustentar peso sem o apoio das paredes que estão sob elas. E é comum vermos pastores derrubando paredes sob estas cintas, visando aumentar o espaço de uma sala, etc. O que eles às vezes não sabem, é que uma cinta de apoio precisa ter ferros extras de balanço, sem os quais podem se partir (já tenho visto isso acontecer). Outra coisa muito comum é o pastor consultar um membro ou oficial antigo da igreja sobre a segurança do prédio. Geralmente ouvem a seguinte resposta: “nesta construção podem ser construídos mais tantos andares”; ou “os alicerces são muito profundos - eu mesmo ajudei a cavar os buracos das sapatas”. Enfim, nenhum laudo técnico quanto à segurança da obra.

4. Obra Missionária

No âmbito de missões estrangeiras, o assunto é da competência da Secretaria Geral de Missões. Nossa missão é contribuir com a oferta anual; e também com algum programa de adoção elaborado pela SGM.

no âmbito de missões regionais, a SRM precisa melhorar seus canais informativos. Precisa também propor métodos de angariação de recursos (cofrinhos para crianças da igreja; eventos sociais, tais como almoços e jantares, para melhorar o alvo da igreja, etc.)

Precisamos também de um plano de ação conjunta entre a Secretaria Regional de Missões juntamente com os distritos e igrejas, para o apoio efetivo ao Campo Missionário.

5. Ceforte

O CEFORTE é o instrumento de preparo e formação de obreiros. Mas não podemos ver o ministério como uma profissão. Embora o CEFORTE seja muito eficiente no preparo dos nossos obreiros; o simples fato de alguém possuir formação teológica não faz desse alguém um Pastor de almas. O chamado é determinado por normas estabelecidas pelo próprio Deus. Pouco tem a ver com formação, e tudo com escolha (não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis frutos – João 15.16).

A SREC tem feito um grande esforço para melhorar o atendimento a membros interessados em fazer seu curso teológico. Mas precisamos ter o cuidado de não provocarmos, mesmo sem pretender, a banalização do conceito de ministério, pelo fato de alguns suporem que um curso teológico é suficiente para uma carreira ministerial bem sucedida.

Conclamo os pastores a enfatizarem o tema da vocação para o ministério, pois, a plataforma de lançamento de um obreiro ao ministério é o trabalho do pastor na igreja local, pois ali está o primeiro laboratório de um aspirante ao ministério.

6. Finanças

A vida financeira de uma igreja é um dos indicadores de sua saúde, salvo raras exceções. Um dos indícios de crise no ministério pastoral é quando as finanças de uma igreja começam a decair. Dízimos e ofertas sempre fizeram parte do culto a Deus, um meio pelo qual Seu povo demonstra gratidão e obediência; uma oportunidade de ser abençoado com a promessa de Malaquias 3:8-10. Todavia, ovelhas mal atendidas, maltratadas, assustadas, acabam por “emagrecer”; por enfraquecer e sonegar sua contribuição.

As igrejas precisam sem empenhar melhor no tocante às ofertas regionais e gerais. Elas se resumem em quatro grandes ofertas anuais: A Oferta de Ação Social, em abril; a Oferta de Missões Estrangeiras, em junho; a Oferta de Missões Regionais, em setembro; e a Oferta de Gratidão, em dezembro. Os pastores devem usar de criatividade para alcançar os alvos financeiros, trabalhando com bastante antecedência no levantamento dos mesmos.

Conclusão

Para que consigamos alcançar alvos pré-estabelecidos, cada pastor deve contribuir com metas de crescimento para a sua igreja. Os departamentos e ministérios locais podem ser importantes parceiros no crescimento de uma igreja. Todavia, o pastor é a figura chave para a edificação, mobilização e motivação de sua igreja na expansão do Reino de Deus. Se ele orar verdadeiramente, os resultados vão aparecer em seu ministério, para a glória de Deus.

Xerém, 16 de dezembro de 2010

Bispo Sebastião Calegari

Superintendente da 2ª Região

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