quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Justiça de Deus


Na Bíblia, encontramos textos de difícil compreensão. Este, dito por Jesus a Pilatos, pode ser considerado um deles: "Nenhum poder terias contra mim, se do Céu não te fosse dado." (Jo 19:11). Uma análise do assunto, com base no texto seguinte, a hierarquia é posta como ordenação divina: "Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus" (Rm 13.1). Logo, sendo ela uma instituição divina, deve ser acatada. E sua execução pelos que exercem e usam este atributo (seja para bem ou para mal) há de ser por Deus julgada.

Durante o julgamento de Jesus, esteve diante dele o homem que se apresentava como seu juiz. Na verdade, Pilatos tinha autoridade para o absolver ou condenar. E seus inimigos, em nome de uma justiça que tinha lado e favorecia os seus interesses egoístas, exigiam sua crucificação. Pilatos, se quisesse, poderia absolvê-lo das acusações. Mas a pressão feita pelos inimigos de Jesus influenciou sua violenta decisão. Pois a multidão manipulada pelas vozes dos bastidores (onde se ocultavam seus mentores) clamava pela crucificação de Jesus. Pilatos fez sua escolha; pela qual, perante o Supremo Juiz, há de responder por ela.

Pôncio Pilatos tinha o poder para tornar legal a pena pretendida. E naquela triste cena, a multidão era apenas um joguete dos perversos. Todavia, Jesus não contradiz a autoridade do julgador. Todos, ao longo da vida, correm o risco de se tornar alvo do julgamento de agentes que detem o poder para decidir sobre as suas vidas. Todavia, o fato de certos agentes usarem "dois pesos e duas medidas" em sua cadeira de juízo, pode tornar a pena injusta e cruel. Mas, ainda que atos injustos nem sempre penalizem de imediato quem Deus levantou para julgar; ai daqueles que usam este direito em favor dos maus e desfavor dos bons.

Qualquer que seja o meio que define o lugar de alguém na cadeia de comando; de uma coisa podemos ter certeza: Deus cobrará dos poderosos o modo como utilizam seu poder de mando. E o julgamento divino sobre os julgadores, obedecerá este critério: Será sem misericórdia para os que julgam sem misericórdia; e sem piedade para os que julgam impiedosamente. Será piedoso para com os piedosos e misericordioso com os misericordiosos. Enfim, os julgadores de plantão que forem justos em seu modo de julgar, serão justificados; e os que julgarem de modo injusto e partidário, serão assim julgados e por Deus condenados.

Na Bíblia, temos esta advertência de Jesus: "com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão... Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas." (Mateus 7:2-5,12). Julgar é perigoso! Perdoar é melhor!

Nunca é tarde para se arrepender... Perdão Senhor:
https://youtu.be/WiIpwiNemF4

Cordialmente;
Bispo Calegari

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Compartilhar