Em janeiro último, completei 54 anos de trabalho no ministério da Palavra... Já tenho dito que duas convicções seguem comigo, ao longo de todo este tempo: Uma é a certeza que meu chamado ao ministério é uma viagem sem volta. Outra é que, no dever do chamado, não deve haver lugar especial onde o mesmo deva ser cumprido. Posso dizer que esta duas premissas muito me ajudaram a tirar o melhor proveito dos lugares em que trabalhei; pois, ao mesmo tempo que procuramos admirar suas belezas, amar seus habitantes, e enfrentar seus desafios; tomamos o cuidado de não nos deixarmos prender por eles. Como fomos ajudados!
Em todos os concílios em que participei; no momento das nomeações, cantei o hino de abertura às mesmas, com uma grande emoção. Se compararmos as missões com algum tipo de jogo, creio poder dizer que sempre orei antes de tomar as decisões que a situação impunha; então, na grande maioria das vezes, acertei na decisão tomada. E mesmo nas decisões em que errei, os erros pouco ou nada afetaram o resultado final, justamente por ter orado antes. Enfim, Maria Célia e eu sabiamos que nomeações não são questão de recompensa ou castigo; e que o lugar - por melhor que fosse, não é mais importante que a missão a ser por nós cumprida no lugar.
Nos concílios, antes da proclamação das nomeações pastorais estes tres hinos sempre me inspiraram e fortaleceram para a Missão ordenada: 1) "Se Cristo comigo vai"; 2) "Nem sempre será para onde eu quiser"; 3) "Seguirei ao meu bom mestre". Não saberia traduzir em palavras, o turbilhão de pensamentos e sentimentos que o momento exercia sobre mim. Enfim, Maria Célia e eu sempre carregamos conosco a certeza de que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Rom 8:28). E ainda hoje, levamos em nosso coração esta certeza.
Simples assim: Com Jesus ao lado, a qualquer lugar irei:
https://youtu.be/GEsCXxm9YVU
Cordialmente;
Bispo Calegari
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