Faz tempo, percebi que o zelo humano (mesmo quando bem intencionado) pode se tornar instrumento de morte para vidas incapazes de suportar a dureza de um zelo despido de misericórdia. Desde então, eu tenho decidido que nunca devo empregar o meu zelo, sem antes o submeter a um banho de misericórdia. Pois, seja em uma igreja ou em uma casa, precisamos entender que o amor de Deus deve estar sempre acima daquele zelo excessivo que impõe cargas pesadas sobre pessoas (da família ou da igreja) pelas quais Jesus morreu. E digo isto, porque a salvação de uma alma é mais importante que a honra da liderança por nós exercida.
Fico a pensar... E se Deus nos medisse com a medida que as vezes medimos? Será que escaparíamos? Na verdade, ao pensar no zelo de Deus, eu percebo dois pontos que podem ajudar os zelosos de plantão: 1) Que o zelo de Deus é atenuado pelo amor que ele nos dedica; o qual é capaz de suportar as nossas mazelas. 2) Que o real sentido do salmo 69:9 é o atribuído pelos discípulos ao sofrer de Jesus, consumido que foi pelo zelo da obra do Pai (João 2:17). Enfim, o zelo sem amor pode causar muitos males aos outros. Pois, só o zelo mergulhado em amor e misericórdia pode levar uma vida a se doar por uma outra vida, mesmo mais rebelde.
Veja este texto: "Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito" (1 João 4:9-13). Nosso zelo deve ser imerso no divino amor.
Em meio à multidão, somente Jesus tinha a cruz sobre si:
https://youtu.be/UJ4S5yn_WFI
Cordialmente;
Bispo Calegari
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