Ser cristão espiritual

Assim como a fé e a doutrina, espiritualidade e misericórdia são essenciais.

Qualquer pessoas que estude a história de Israel, perceberá de imediato que, tanto a sua religião como a sua tradição se interligam e se inspiram na Lei de Moisés, seja em termos substantivos, em termos adjetivos e até mesmo em seus conceitos subjetivos. Na verdade, suas regras, seus conceitos, e sua influência cultural sustentam e norteiam o modo de pensar, de falar e de agir do povo de Israel desde o dia do seu nascimento até o de sua morte.

É evidente que no modo como a Lei era ensinada e praticada, prevalecia o rigor e doutrinação da corrente interpretativa majoritária em vigor. Nos dias de Jesus, por exemplo, havia duas correntes que influenciavam a crença e conduta dos israelitas: Os Fariseus (influência conservadora e majoritária) e os saduceus (influência liberal e elitizada). infelizmente, nelas, o componente mais importante da lei estava ausente: Que era a espiritualidade!

Segundo meu entender, falta de espiritualidade foi a principal razão, dos desvios que mancharam a história de Israel ao longo de sua existência. Ao longo desse tempo, muitos profetas de Deus perderam a vida por advertir seus líderes, quanto ao seu esfriamento espiritual. Tal desvio desaguava em ódio; até contra Jesus que, ao lhes mostrar seu triste estado, fez inimigos entre os judeus retrógrados. Enfim, esta é uma lição que fica para nós os cristãos.

Aos que o inquiriam sobre seus ensinos, disse Jesus: "Por que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito. E, tendo dito isto, um dos servidores que ali estavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, por que me feres?" (João 18:21-23). https://youtu.be/gyDWUZPcGGc

Cordialmente;

Bispo Calegari