segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Palavras tão diferentes

São duas palavras; mas, quanta diferença entre elas:

Religiosidade e espiritualidade parecem ser palavras afins; todavia, tão diferentes são em seu real significado. Pois, se a primeira está condicionada ao formato e conteúdo da religião escolhida, a qual determina a forma e natureza de culto e de Deus; já a segunda, promove tamanho choque interior que pode levar além dos limites do próprio entendimento.

Há situações em que estas experiências parecem ser idênticas. Mas, suas diferenças são maiores que suas semelhanças; pois, a diferença entre ambas está na essência e conteúdo das mesmas. No judaísmo, foi isto que levou seus doutores da lei, escribas e fariseus, a rejeitarem a graça; pois o formato e pressuposto da religião judaica não vê sentido na graça.

Na religião, o ser humano se esforça para se salvar; na graça, Deus se esforça para salvar o ser humano. Enfim, se na religiosidade se busca símbolos e figuras que deem sentido à crença; na espiritualidade, a exigência à quem busca a Deus é que se arrependa de seus pecados e se renda à Jesus; e se torne um verdadeiro e espiritual adorador, do Deus que é Espírito.

No poço de Jacó, "Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (João 4:19-24). Amém Jesus! https://youtu.be/NIPFDzgzVh8

Cordialmente;
Bispo Calegari

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