segunda-feira, 3 de junho de 2013

Três modelos de pastor

 
Hoje, desde que os meus olhos se abriram, comecei a refletir sobre o ministério pastoral. Enquanto eu orava sobre isso, o meu espírito se voltou para algumas situações frequentes. Uma delas; é aquela em que certos pastores passam a se dedicar exclusivamente a um círculo fechado de amigos em sua igreja; como se a mesma se resumisse nos amigos que granjeou. Geralmente, em casos assim, os demais membros dessa igreja passam a ser vistos como: "Os outros". Não quero dizer com isso que seja errado ter alguns "amigos mais chegados"; todavia, não a ponto de receberem mais atenção do que os demais; ou, de assumirem o governo dessa igreja apenas por serem amigos. Até porque, nem sempre os membros mais eficientes e dedicados são aqueles a quem dedicamos uma atenção preferencial.
 
Outra é aquela em que pastores, ao assumir uma igreja, começam a impor o seu modo de ver e de ser. Isso mesmo: Impor sua vontade, como se as ovelhas fossem obrigadas a se submeter aos caprichos deste ou daquele pastor recém-chegado. Alguns chegam ao ponto de dizer: "O pastor agora sou eu; portanto, vocês tem que obedecer ao que eu mando"; como se as ovelhas tivessem mudado de dono. Misericórdia! Por isso vemos tantas ovelhas doentes e confusas; mal servidas por pastores que não conseguem ver que Jesus é o verdadeiro dono do rebanho. Na verdade, somos pastores por procuração; cuidando de ovelhas que não são nossas. Então, devemos desenvolver o nosso modo de "ser e ver" conforme Jesus; seu Bom Pastor e único Senhor! Aquele que as comprou com Seu próprio sangue!
 
Existem também aqueles pastores que exigem que suas ovelhas o entendam; quando eles mesmos não são capazes de entender os conflitos de algumas ovelhas por ele pastoreadas. Tenho notado que este tipo de pastor não consegue entender conflitos de sua própria família. Em muitos casos, percebe-se que o seu maior problema é achar que todos os que por ele são liderados, estão obrigados a entender os seus motivos e razões. Ao longo de minha vida, tenho encontrado líderes assim. Minha conclusão é que um obreiro nesse estado não percebe que a sua missão não é ser entendido; e sim, procurar entender o drama e conflitos daqueles que Deus entregou aos seus cuidados; sejam eles os membros de sua própria família; ou, as ovelhas que lhe foram confiadas por Aquele que um dia exigirá conta delas.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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