quinta-feira, 20 de junho de 2013

Amizade entre os cônjuges


No último fim-de-semana, em Rio Quente, Deus me concedeu a oportunidade de presidir a Renovação dos votos conjugais de diversos casais; dentre eles, seis pastores e suas respectivas esposas. Durante o tempo da ministração que antecedeu os votos, discorri sobre um dos aspectos mais importantes da vida conjugal: A amizade que deve existir entre ambos os cônjuges. Tenho percebido que o simples fato de haver uma atividade sexual satisfatória ou mesmo algumas afinidades de gostos e de ideias, não é razão suficiente para conferir cândido prazer e estabilidade ao enlace que une duas vidas em matrimônio. Afinal de contas, um casamento não pode ser mantido apenas por sexo ou por gostos afins.
 
Então, Deus me levou a refletir sobre a importância da amizade entre os cônjuges. Ela é fator preponderante para cultivar a relação entre duas pessoas que se amam e que se escolheram uma a outra para cônjuge. Tenho notado que o amor existente entre duas vida (pai e filho, marido e esposa, irmãos em Cristo, etc) pode ser tremendamente prejudicado por frustrações e decepções que nascem de atitudes infelizes de uma ou de ambas as partes. É muito comum nos dias de hoje, vermos casais que, mesmo se amando verdadeiramente, já não conseguem mais se olhar nos olhos, andar de mãos dadas, se cumprimentar com um sorriso no rosto; ou, mesmo, se referir um ao outro sem expressar ressentimento.
 
Na verdade, pode até haver cumplicidade entre um casal, motivada por atividade sexual de boa qualidade; ou, então, por afinidade de interesses diversos. No entanto, este tipo de cumplicidade fica restrito ao ponto específico em que ambos apresentam bom desempenho, seja sexo ou algum outro interesse comum. Todavia, tais sentimentos não conseguem blindar a ambos de agressões e ofensas em momentos de crise, quando o interesse de um deles é contrariado. No entanto, a genuína amizade entre os cônjuges consegue colocá-los sentados a conversar sobre qualquer coisa, mesmo trivial; conferindo prazer e alegria quando estão juntos; e, nutrindo o desejo de se reencontrarem quando distantes.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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