A Bíblia ensina que "o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido." (I Coríntios 2.14-15). Sempre que me ponho a orar, percebo que algumas verdades encobertas ao homem carnal, se tornam compreensíveis ao entendimento dos puros de coração; daqueles que buscam a Deus em espírito e em verdade.
E o meu discernimento se confirma, quando medito na saga de José (em Canaã e no Egito) e de Daniel (na Babilônia). Não há como negar que estes dois homens de Deus conseguiram se impor em seu tempo - superando duras provas sem abrir mão de seus princípios e vencendo os seus adversários sem disparar uma só flecha - tão somente se valendo do recurso da oração. Mas, quando eu olho para a agitação deste mundo ímpio, percebo líderes cristãos tentando se impor com grito e agitação.
Todavia, começo a perceber que isto está em linha com o que foi revelado ao Profeta: "E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará." (Daniel 12.4). Portanto, bem pode ser que tudo isso faça parte do quadro profético anunciado para os dias de hoje; podendo esta tão anunciada "correria para lugar nenhum" ser um dos meios que finalmente revelará "quem-é-quem" diante do trono de Deus.
Entretanto, não é minha intenção julgar as motivações dos que se agitam em nome de Deus. Nem estou afirmando que vida de oração dispensa as ações correspondentes à fé. Mas entendo que, ao invés de discutir e brigar, devemos responder com mansidão e temor aos que questionam a razão da esperança que temos; pois nossa luta não é política nem nossas armas carnais (1 Pedro 3.15-16). O Novo Testamento ensina que a vitória dos crentes é movida a canções de paz e não a tambores da guerra.
Cordialmente;
Bispo Calegari
Bispo Calegari
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