Acabo de regressar do lugar de oração, onde estive orando. Desde muito cedo em minha vida, aprendi uma frase cunhada por anônimo - repetida depois por muitos e muitos - que "oração nunca é demais". Neste momento em que sou levado a pensar na necessidade de orar, penso que esta frase está corretíssima; no entanto... Ela não diz tudo! Sei muito bem que qualquer pessoa que ora sabe que não existe oração em demasia; e também sei que, por mais que alguém consiga orar, nunca irá orar o suficiente. Na verdade é muito comum sermos vencidos pelo peso da oração, bem antes de esgotarmos a agenda de oração que levamos conosco à presença de Deus. Portanto - com exceção de Jesus, que levantou-se após ter orado o suficiente no seu jardim de oração - todos nós nos levantamos da oração, sabendo que alguma coisa deixou de ser apresentada a Deus.
Quando me reporto ao passado, encontro pontos vazios de oração. Eu me refiro aos pontos em que eu deveria ter orado e não orei. Aí então, penso que poderia ter crescido mais espiritualmente. Inclusive, me assusta o fato de ter - de modo passivo - contribuído para o prejuízo de alguém por não ter orado por ele quando foi preciso. Não chego ao ponto de me sentir carregado de uma culpa causada por omissão; mas, confesso que este pensamento me incomoda. Entretanto, sei que jamais conseguirei orar como convém; mas sei que me convém orar sempre, pois a oração me mantém vivo e de pé. Se vida plena de oração tivesse direito a algum diploma ou certificado, eu jamais teria direito a um; todavia, continuo procurando manter em dia os meus deveres de oração. Dentro de instantes estarei viajando; ciente de que orar nunca é demais; e que... Nunca oramos o bastante!
Cordialmente;
Bispo Calegari
Bispo Calegari