No sábado a tarde, em Muriaé, Celia e eu conversávamos, como de costume, sobre aqueles assuntos triviais - algo comum no diálogo de um casal que se ama e gosta de conversar entre si. Em dado momento, Celia disse: "Que bom que estamos envelhecendo juntos". Então respondi que, a alguns dias atrás, iniciei um artigo sobre este assunto; em meu arquivo de postagens para o blog. É o que estou postando agora.
Em minha condição de homem de Deus; e, também, como homem de família - com uma história de vida de 41 anos - tenho acompanhado com preocupação, aquilo que estão tentando fazer com a família, nestes últimos tempos. A crescente onda de divórcios e novos casamentos vai se tornando alarmante. E a intolerância é um dos fatores responsáveis por este preocupante índice. A mim me parece que as pessoas já não sabem lidar com o desgaste e os conflitos naturais - algo normal na convivência entre pessoas que vivem muito próximas entre si.
Por tudo aquilo que tenho visto, fica em mim a impressão que a família é uma espécie de "bola da vez"; neste estranho processo de desconstrução dos valores e tradições estabelecidas ao longo da história humana. Alguns chegam a afirmar que o casamento - constituído por Deus, para ser uma experiência para a vida inteira - começa a dar sinais de falência. É como se o projeto de família - monogâmica, heterossexual e "até que a morte a separe" - estivesse em estado terminal.
É muito comum, nos dias de hoje, vermos casais convivendo "separados" - mesmo habitando sob o mesmo teto. É como se houvessem cimentado suas divergências; cada qual isolando-se dentro de si mesmo. E assim vão... Sem fazer qualquer esforço para renovar sua amizade e afeto - transformando-se em um pedaço de pedra; ou de gelo - em um perigoso jogo de intolerância; até chegarem ao ponto de ruptura. Lamentável!
Entretanto; estes casais mergulhados em sua " eterna" crise não conseguem idealizar uma das experiências mais importantes da vida conjugal: Que é ambos os cônjuges envelhecerem juntos; acumulando experiências ao longo da vida e enriquecendo-se mutuamente. É frustrante, vermos casais maduros desfazendo um relacionamento de anos, sem motivos que justifiquem medida tão extrema. E, na grande maioria das vezes, influenciados por motivos fúteis. E nem sequer imaginam o quanto um novo casamento, nesta fase da vida, pode ser uma experiência dolorosa.
Graças a Deus; pude ver, logo no início, o casamento como projeto de Deus. E a Palavra de Deus muito me ajudou a lidar com aqueles conflitos eventuais que ocorrem entre pessoas que se amam. É que, quando a Palavra de Deus é aplicada na vida conjugal, até os problemas contribuem para nos conduzir ao altar de Deus. E ali - prostrados aos pés do Senhor - renovamos nossos votos de fidelidade e dedicação um ao outro; fortalecendo em Deus as bases do respeito mútuo e do amor com que nos amamos. É bênção purinha!
Um casal que se ama e decide envelhecer lado-a-lado, começa a valorizar algumas coisas aparentemente insignficantes. Por exemplo: Gosta do cheiro do seu cônjuge; aprende a conhecê-lo por seu modo de olhar; faz planos à dois; e assim por diante. E, assim convivendo, nem percebe as marcas depositadas pelo tempo, no rosto e no corpo da pessoa amada! E estas marcas vão surgindo discretamente, aqui e ali, causando as inevitáveis transformações provocadas pelo tempo. E, devido a isso, um casal que se uniu ainda jovem e seguiu em frente até o envelhecimento; sempre vê seu cônjuge como "aquela mocinha"; ou, "aquele rapaz" - que conheceu a "muito tempo atrás".
Por outro lado, na grande maioria dos novos casamentos - entre uma pessoa idosa e outra bem mais jovem - sempre existe o risco do medo crescente, produzido pela diferença de idade. E o pior é que o medo desta diferença pode ser seguido de sensação de angústia, jamais admitida por ambos. Tais possibilidades não significam que um casamento entre pessoas com grande diferença de idade se torne em potencial fracasso. Até porque, conheço alguns casamentos assim - cujos cônjuges, a despeito da diferença de idade, aparentam viver muito bem. Todavia, pelos riscos que oferece, não tenho segurança de que um casamento assim seja o melhor de Deus para um filho Seu. E, repito: Não sou contra um tal casamento! Apenas me preocupo com os ferimentos que esta experiência, entre pessoas de idades muito diferentes, pode produzir no casal.
Entretanto, sou daqueles que acreditam no casamento nos moldes bíblicos; mesmo que seja entre pessoas com cultura, formação e idade acentuadamente diferente. Creio que um casal, que se uniu na presença do Senhor, pode fortalecer os laços desta união em Cristo jesus. Especialmente se houver amor e respeito de um para com o outro. Todavia, estou convencido quanto ao fato de que o ideal mesmo é nos casarmos; seguindo o seguinte roteiro: Casar preferencialmente no "verão" da vida (na juventude). Ir amadurecendo e fortalecendo os laços conjugais até o "outono" da vida (ao longo da vida adulta). E, a partir daí, desfrutar da segurança de uma vida conjugal alicerçada e bem sucedida no "inverno" da vida (na terceira idade) - preservando o casamento em todo o tempo e envelhecendo com a pessoa certa.
Cordialmente;
Bispo Calegari
Refletindo
Em minha condição de homem de Deus; e, também, como homem de família - com uma história de vida de 41 anos - tenho acompanhado com preocupação, aquilo que estão tentando fazer com a família, nestes últimos tempos. A crescente onda de divórcios e novos casamentos vai se tornando alarmante. E a intolerância é um dos fatores responsáveis por este preocupante índice. A mim me parece que as pessoas já não sabem lidar com o desgaste e os conflitos naturais - algo normal na convivência entre pessoas que vivem muito próximas entre si.
Por tudo aquilo que tenho visto, fica em mim a impressão que a família é uma espécie de "bola da vez"; neste estranho processo de desconstrução dos valores e tradições estabelecidas ao longo da história humana. Alguns chegam a afirmar que o casamento - constituído por Deus, para ser uma experiência para a vida inteira - começa a dar sinais de falência. É como se o projeto de família - monogâmica, heterossexual e "até que a morte a separe" - estivesse em estado terminal.
É muito comum, nos dias de hoje, vermos casais convivendo "separados" - mesmo habitando sob o mesmo teto. É como se houvessem cimentado suas divergências; cada qual isolando-se dentro de si mesmo. E assim vão... Sem fazer qualquer esforço para renovar sua amizade e afeto - transformando-se em um pedaço de pedra; ou de gelo - em um perigoso jogo de intolerância; até chegarem ao ponto de ruptura. Lamentável!
Entretanto; estes casais mergulhados em sua " eterna" crise não conseguem idealizar uma das experiências mais importantes da vida conjugal: Que é ambos os cônjuges envelhecerem juntos; acumulando experiências ao longo da vida e enriquecendo-se mutuamente. É frustrante, vermos casais maduros desfazendo um relacionamento de anos, sem motivos que justifiquem medida tão extrema. E, na grande maioria das vezes, influenciados por motivos fúteis. E nem sequer imaginam o quanto um novo casamento, nesta fase da vida, pode ser uma experiência dolorosa.
Graças a Deus; pude ver, logo no início, o casamento como projeto de Deus. E a Palavra de Deus muito me ajudou a lidar com aqueles conflitos eventuais que ocorrem entre pessoas que se amam. É que, quando a Palavra de Deus é aplicada na vida conjugal, até os problemas contribuem para nos conduzir ao altar de Deus. E ali - prostrados aos pés do Senhor - renovamos nossos votos de fidelidade e dedicação um ao outro; fortalecendo em Deus as bases do respeito mútuo e do amor com que nos amamos. É bênção purinha!
Um casal que se ama e decide envelhecer lado-a-lado, começa a valorizar algumas coisas aparentemente insignficantes. Por exemplo: Gosta do cheiro do seu cônjuge; aprende a conhecê-lo por seu modo de olhar; faz planos à dois; e assim por diante. E, assim convivendo, nem percebe as marcas depositadas pelo tempo, no rosto e no corpo da pessoa amada! E estas marcas vão surgindo discretamente, aqui e ali, causando as inevitáveis transformações provocadas pelo tempo. E, devido a isso, um casal que se uniu ainda jovem e seguiu em frente até o envelhecimento; sempre vê seu cônjuge como "aquela mocinha"; ou, "aquele rapaz" - que conheceu a "muito tempo atrás".
Por outro lado, na grande maioria dos novos casamentos - entre uma pessoa idosa e outra bem mais jovem - sempre existe o risco do medo crescente, produzido pela diferença de idade. E o pior é que o medo desta diferença pode ser seguido de sensação de angústia, jamais admitida por ambos. Tais possibilidades não significam que um casamento entre pessoas com grande diferença de idade se torne em potencial fracasso. Até porque, conheço alguns casamentos assim - cujos cônjuges, a despeito da diferença de idade, aparentam viver muito bem. Todavia, pelos riscos que oferece, não tenho segurança de que um casamento assim seja o melhor de Deus para um filho Seu. E, repito: Não sou contra um tal casamento! Apenas me preocupo com os ferimentos que esta experiência, entre pessoas de idades muito diferentes, pode produzir no casal.
Finalizando
Entretanto, sou daqueles que acreditam no casamento nos moldes bíblicos; mesmo que seja entre pessoas com cultura, formação e idade acentuadamente diferente. Creio que um casal, que se uniu na presença do Senhor, pode fortalecer os laços desta união em Cristo jesus. Especialmente se houver amor e respeito de um para com o outro. Todavia, estou convencido quanto ao fato de que o ideal mesmo é nos casarmos; seguindo o seguinte roteiro: Casar preferencialmente no "verão" da vida (na juventude). Ir amadurecendo e fortalecendo os laços conjugais até o "outono" da vida (ao longo da vida adulta). E, a partir daí, desfrutar da segurança de uma vida conjugal alicerçada e bem sucedida no "inverno" da vida (na terceira idade) - preservando o casamento em todo o tempo e envelhecendo com a pessoa certa.
Cordialmente;
Bispo Calegari
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