A cena descortinada é a de um ancião caminhando cansado; com seus passos sendo dados, sob o peso da idade, um após outro. E lá ia o velho profeta de Deus. Certamente que esta caminhada forçada, lhe provocava um turbilhão de sentimentos. E havia algo diferente naquele roteiro; diferente das idas e vindas a que estava habituado - entre o palácio e sua casa. É que ele fora alvejado pelos dardos da inveja e da cobiça. Mas estava consciente de que - ao fim daquela caminhada - o esperava o martírio e a glória. Ou, então, mais uma vitória - dentre as muitas que acumulava ao longo de sua vida. Seus inimigos o entregaram às feras. E nem imaginavam o quanto Daniel tinha noção de que as feras que o condenaram eram bem piores do que as feras que o aguardavam. O que fazer, em uma situação como essa?
Mas Daniel sabia como proceder. Ele procuraria, com seus olhos espirituais, um ponto entre o céu e a terra; um sinal da gloriosa presença do seu Deus. Sabia muito bem que o seu Deus não o deixaria só. Nem mesmo os vorazes leões que o esperavam o intimidavam. E sua fé lhe bradava que este sinal - para vida ou para morte - haveria de chegar...
Ele fora vítima de uma rede de intrigas engendrada por seus inimigos. E eles eram muito piores do que os leões ensandecidos. No entanto, havia algo que os seus adversários desconheciam: Daniel fora alvejado muito tempo antes, em algum ponto entre Jerusalém e o deserto, por uma unção que o distinguiria dentre os demais jovens que seguiam com ele, rumo a Babilônia - em cativeiro sem esperança. Sim! Porque Daniel, ainda em sua juventude, fora atingido em cheio pela unção de Deus. E era esta unção a verdadeira razão pela qual fora perseguido ao longo de toda a sua vida; mas, era também por esta mesma unção que sempre escapara dos seus perseguidores.
Por inúmeras vezes; esta unção que o blindava já o havia protegido, em lutas e provas que tivera que enfrentar. É algo parecido com o que ocorre nos diversos níveis de um jogo de videogame: Daniel, o grande guerreiro, vinha subindo de nível e acumulando pontos a muito tempo. Nunca sabia quando seria o "gran finale"; mas, sentia-se sempre preparado para a próxima etapa!
E esta seria uma etapa muito especial! Fora surpreendido por seus inimigos, fazendo aquilo que mais gostava: Orar a Deus! Diferente de muitos de nós - jamais deixava de orar; nem mesmo quando as lutas e afazeres recrudesciam. Era obstinado em buscar a Deus! As dobradiças de suas janelas nunca enrijeciam... Posto que, três vezes ao dia, num misto de devoção e temor, as abria na direção de Jerusalém e buscava a face do Seu Deus. Sim! O mesmo Deus que Abraão e Moisés outrora cultuaram! O qual também é o nosso Deus - embora nem sempre o busquemos - poderoso para nos livrar, assim como livrou a Daniel.
E, com passos cansados, seguia Daniel a sua visão - rumo à caverna escura para onde se dirigia. Tão escura como a noite que a envolvia. E lá foi lançado o homem Daniel. Não um homem qualquer; mas, um homem de Deus!
Os leões estavam lá - inquietos e agressivos; prontos para o repasto, como determina a natureza de um felino. Todavia; era sentida naquela caverna fria - além de Daniel - uma presença que incomodava e assustava aquelas bestas enfurecidas. É que o sinal que Daniel esperava, chegara antecipada e preventivamente - vindo na forma de um anjo. Não havia tempo a perder; e Deus sabia disso! Ele cuidaria do Seu velho profeta. Sim, Daniel: Haveria para você glória em algum lugar no futuro. Mas, naquele momento, o que aconteceria mesmo era o livramento do Senhor - o qual deixaria as feras ainda mais irritadas - tanto as de dentro como as de fora. E mal sabiam elas que, dentro de algumas horas teriam a oportunidade de ter o seu merecido encontro.
E, ao final deste ato, seus inimigos partiriam perplexos para um encontro de morte. Enquanto que Daniel tivera mais um encontro de vida. Pois o seu Deus entrara com providência.
Cordialmente;
Bispo Calegari
Mas Daniel sabia como proceder. Ele procuraria, com seus olhos espirituais, um ponto entre o céu e a terra; um sinal da gloriosa presença do seu Deus. Sabia muito bem que o seu Deus não o deixaria só. Nem mesmo os vorazes leões que o esperavam o intimidavam. E sua fé lhe bradava que este sinal - para vida ou para morte - haveria de chegar...
Ele fora vítima de uma rede de intrigas engendrada por seus inimigos. E eles eram muito piores do que os leões ensandecidos. No entanto, havia algo que os seus adversários desconheciam: Daniel fora alvejado muito tempo antes, em algum ponto entre Jerusalém e o deserto, por uma unção que o distinguiria dentre os demais jovens que seguiam com ele, rumo a Babilônia - em cativeiro sem esperança. Sim! Porque Daniel, ainda em sua juventude, fora atingido em cheio pela unção de Deus. E era esta unção a verdadeira razão pela qual fora perseguido ao longo de toda a sua vida; mas, era também por esta mesma unção que sempre escapara dos seus perseguidores.
Por inúmeras vezes; esta unção que o blindava já o havia protegido, em lutas e provas que tivera que enfrentar. É algo parecido com o que ocorre nos diversos níveis de um jogo de videogame: Daniel, o grande guerreiro, vinha subindo de nível e acumulando pontos a muito tempo. Nunca sabia quando seria o "gran finale"; mas, sentia-se sempre preparado para a próxima etapa!
E esta seria uma etapa muito especial! Fora surpreendido por seus inimigos, fazendo aquilo que mais gostava: Orar a Deus! Diferente de muitos de nós - jamais deixava de orar; nem mesmo quando as lutas e afazeres recrudesciam. Era obstinado em buscar a Deus! As dobradiças de suas janelas nunca enrijeciam... Posto que, três vezes ao dia, num misto de devoção e temor, as abria na direção de Jerusalém e buscava a face do Seu Deus. Sim! O mesmo Deus que Abraão e Moisés outrora cultuaram! O qual também é o nosso Deus - embora nem sempre o busquemos - poderoso para nos livrar, assim como livrou a Daniel.
E, com passos cansados, seguia Daniel a sua visão - rumo à caverna escura para onde se dirigia. Tão escura como a noite que a envolvia. E lá foi lançado o homem Daniel. Não um homem qualquer; mas, um homem de Deus!
Os leões estavam lá - inquietos e agressivos; prontos para o repasto, como determina a natureza de um felino. Todavia; era sentida naquela caverna fria - além de Daniel - uma presença que incomodava e assustava aquelas bestas enfurecidas. É que o sinal que Daniel esperava, chegara antecipada e preventivamente - vindo na forma de um anjo. Não havia tempo a perder; e Deus sabia disso! Ele cuidaria do Seu velho profeta. Sim, Daniel: Haveria para você glória em algum lugar no futuro. Mas, naquele momento, o que aconteceria mesmo era o livramento do Senhor - o qual deixaria as feras ainda mais irritadas - tanto as de dentro como as de fora. E mal sabiam elas que, dentro de algumas horas teriam a oportunidade de ter o seu merecido encontro.
E, ao final deste ato, seus inimigos partiriam perplexos para um encontro de morte. Enquanto que Daniel tivera mais um encontro de vida. Pois o seu Deus entrara com providência.
Cordialmente;
Bispo Calegari
É uma realidade, meu Pastor e Bispo. Este "tempo", em que estamos vivendo, nada mais é senão uma "cova de leões". As "feras devoradoras" estão por toda parte e só o Anjo do Senhor, ao redor dos que temem ao nosso Deus, pode nos livrar da queda, da derrota e da vergonha subsequente.Como Daniel, porém, vamos escapando, milagrosamente, e glorificando, ao Senhor, que é Fiel e nunca nos deixa só. Amém ? Maranata! Pastor e Professor José Pereira Sotéro.
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