terça-feira, 13 de setembro de 2011

Amar é preciso

Sei que amar é inevitável! É algo tão significante - que nos faz bem, mesmo quando amamos a quem não merece. É bem verdade que a ingratidão é parte integrante da própria vida - e que ela surge, as vezes, de quem menos esperamos. Mas... ela está no lado sombrio da vida. Do seu lado luminoso está o amor, a fé, a família, a esperança... e também o início da " trilha da eternidade" - cujo nome é Jesus, o Autor da vida. Nele, vale a pena viver e... também, fechar os olhos e partir! Glória pois a Ele!

Na verdade - assim como o planeta Terra tem sempre uma de suas metades mergulhada em escuridão; e sua outra metade plenamente iluminada pela luz do Sol - também a vida caminha entre luz e sombras. E cada um destes lados funciona como se fosse um mundo diferente. Não existe a menor chance de estarem juntos em um mesmo espaço temporal - seja o luminoso ou o sombrio.

E, no tocante à vida, jamais devemos permitir que o seu lado sombrio se sobreponha. Como eu afirmei acima; a ingratidão está no lado sombrio da vida, assim como a falsidade, a incredulidade, a traição e a crueldade. Estes sentimentos - e outros semelhantes - somente conseguem se movimentar no lado sombrio da vida; de onde podem agir nos bastidores, desferindo golpes dolorosos e, muitas vezes, arrasadores. Este lado é tão pérfido, que Satanás vive sempre ali - á procura de suas ferramentas de trabalho.

Já no lado luminoso da vida, o amor exerce uma influência predominante. Ele funciona como uma espécie de cicerone de outros sentimentos igualmente nobres; tais como a gratidão, a fé, a benignidade, a esperança, a generosidade, a paz... E outros sentimentos afins. Este lado da vida é cheio de graça e unção - pois, Deus sente-se bem em mover-se no mesmo. E quando o Senhor deseja utilizar algo ou alguém, procura sempre deste lado da vida. E este lado jamais anoitece! Pois a claridade gerada pela presença de Deus, mantém-no sempre iluminado.

Neste lado da vida - no qual o amor perdura - o relacionamento entre um marido e sua esposa se torna maduro e venturoso. E isso porque, nele, o amor tem a sua expressão plena; movendo-se e sobrepondo-se às crises conjugais. Afinal de contas, o amor é a única força capaz de dar suporte a um casamento entre seres tão distintos, como o homem e a mulher. O amor, em sua expressão conjugal, possui a faculdade de gerar um sentimento afetivo único - o qual sempre aponta para o infinito. E, por ele movido: "Devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo" (Efésios 5 : 28).

Enquanto que - no lado sombrio da vida - prevalece o medo e a insegurança. Em seu lado luminoso, somos invadidos por uma fonte inesgotável de prazer e satisfação; que jorra do amor nela existente. Em nossa vida, o amor age como argamassa; e nos mantém ligados a Deus. E esta ligação entre nós e Deus se manterá tão firme quanto o amor que a Ele nos une. Portanto; se eu conseguir ama-lo, como ele deve ser amado - posso afirmar com as Escrituras que "Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda." (II Timóteo 4 : 8).

Todavia; assim como o amor é capaz de nos unir à Deus e à família; de igual modo, ele é a única força capaz de nos ligar ao nosso próximo. E então; lá vamos nós... Edificando e sendo edificados, nos movendo entre as pessoas. E se este amor se enfraquecer - nossos sonhos e ideais se enfraquecerão com ele. E, quando isso acontece, já não conseguimos fazer frente às tempestades da vida. E se, em nossa vida, o amor se esfria; vemos se apagar em nosso interior a chama da vida e da eternidade. Todavia, se conseguirmos alimentar a chama do amor com as brasas do altar de Deus; então, seremos capazes de amar de verdade ao nosso próximo. E quando amamos ao nosso próximo, demonstramos que amamos a Deus e o conhecemos; "porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus" (I João 4 : 7).

Sei também que o amor é imprescindível. A prática do amor é o mais importante mandamento das Sagradas Escrituras. As sementes produzidas pelo verdadeiro amor, são tão fortes e férteis - que podem germinar em qualquer solo que para elas estejam abertos. E o ciclo da vida foi e sempre será movido pelo amor, ao qual deve estar sempre ligado. Logo, se o amor deixar de existir, a vida deixará de ter sentido e perto estará de se extinguir. Portanto... Amar é mesmo preciso!

"Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados." (I Pedro 4 : 8)

Cordialmente;
Bispo Calegari

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