Tenho pensado com frequência no conceito de liderança; e sempre me vejo rodeado dos questionamentos correspondentes à este tipo de pensamento. Por exemplo: Até onde vai a liberdade individual de um líder, sem comprometer o exercício de sua liderança? Ou; até onde um líder pode estender os limites de sua privacidade, sem restringir a aproximação de um liderado desejoso de um exemplo ou em busca de um parâmetro a ser seguido? E, até que ponto o cônjuge de um líder pode se impor em um tipo de liberdade ou autonomia para "fazer o que tiver vontade", sem colocar em risco o papel de líder de seu cônjuge? Enfim... São questões relevantes nos dias de hoje, em que vemos bons líderes sofrerem os efeitos de atitudes e de práticas incompatíveis com o nível de liderança que exercem; e o pior é que alguns são tão insensíveis ao fato, que nem se apercebem disso.
Enquanto eu pensava neste assunto; recorri às Escrituras. E percebi que a família de um líder - quer ele admita, quer não - está atrelada à sua liderança. Na Bíblia, vemos o fracasso anunciado de alguns líderes que não conseguiram governar bem a sua própria família. Dentre eles, um dos casos mais tristes (e de triste fim) é o do sacerdote Eli, que não tinha sua família sob sua autoridade (1 Samuel 2.22-24); e que, devido a isto, morreu no mesmo dia em que seus filhos, como consequência da rebeldia dos mesmos; que profanavam os elementos sagrados, sem que fossem contidos por seu pai (1 Samuel 4.10-18). Já tenho ouvido bons líderes dizerem algo assim: "O pastor sou eu, não minha esposa". Também já ouvi esposas de pastores dizerem: "Deus chamou o meu marido, não a mim". No entanto - quer aceite, quer não - o lar de um líder é uma referência para os seus liderados.
Entre outros textos; este texto pode ser fundamento para minha reflexão: "Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?)" (1 Timóteo 3:1-5). Todos nós, que fomos levantados por Deus para liderar; precisamos saber governar a família segundo as Escrituras!
Este é outro texto a embasar o que reflito: "Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; Guardando o mistério da fé numa consciência pura. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis. Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo. Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas. Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus." (1 Timóteo 3:8-13). Assim, a Palavra de Deus deve ser o aferidor da família de um líder!
Cordialmente;
Bispo Calegari
Bispo Calegari
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