Alguns dias atrás, ao comentar uma nota do Pastor Ariocélio Moreti, deparei-me uma vez mais com algo que venho observando com atenção e preocupação, ao longo dos meus 44 anos de ministério: O fato de que muitos leigos, em funções presbiteriais ou mesmo diaconais, poderiam prestar grande ajuda aos seus pastores, se estes fossem sensíveis à importância desta ajuda. Se eles compreendessem - a luz da Bíblia e do Estatuto - o importante papel dos presbíteros e diáconos na administração da uma igreja local.
O Pastor Moreti, no exemplo utilizado, fez alusão aos grandes navios que - mesmo sendo capitaneados por comandantes experientes - necessitam da orientação do "prático" no momento em que atracam ou levantam âncora. É que o "prático", embora sendo um piloto de menor patente, conhece muito bem o seu porto; e pode, com sua experiência, atracar ou retirar o navio do porto sem oferecer risco.
Ao refletir sobre o assunto, pensei na igreja e no ministério, e... Pensei no risco que os pastores correm, quando tentam conduzir a igreja sob seus cuidados, sem ouvirem os "práticos" (presbíteros e oficiais locais com larga experiência naquela igreja). Talvez seja por isso que algumas igrejas entram em crise, perdendo motivação e alegria. Não será pelo simples fato de seus pastores se isolarem de seus "práticos"?
Minha conclusão é que existem pastores que gostam de "mandar" sozinhos. Já tenho visto pastores que não admitem ser questionados por seus auxiliares. Agem como se tivessem razão em tudo o que fazem - não respeitando nem mesmo aqueles que Deus colocou sobre suas vidas. Resumindo: Eles não ouvem os seus subordinados; não ouvem os seus líderes; e... Nem mesmo a Deus eles ouvem; pois, se ouvissem, o seu ministério teria melhores resultados e o seu trabalho estaria muito melhor. Ou isso não existe?
Mas... Tenho visto pastores bem sucedidos; cujas igrejas vivem motivadas e felizes, como a Igreja Primitiva: "Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo" (Atos 9.31). Vejo que seu sucesso se deve - em grande parte - ao fato de trabalharem em plena harmonia com seus oficiais locais.
Cordialmente;
Bispo Calegari
Muito bem colocado caro Bispo.
ResponderExcluirOro para que que o Mestre e Senhor Jesus Cristo continue lhe inspirando.