Hoje, me lembrei do tempo em que viajávamos longos percursos, pelas estradas do Estado de Rondônia. Ainda guardo na memória a cena, das enormes castanheiras que o fogo não conseguiu destruir; cujos troncos permaneciam - anos à fio - fincados na terra, como se estivessem mortos (alguns, de fato, morreram). Então, numa bela manhã de sol, podiam ser vistos pequenos rebentos nascendo, onde antes houvera frondosa copa. E assim, o velho e imponente arvoredo que o fogo não conseguiu destruir, renasce para um novo ciclo da vida; ao cheiro das águas trazidas pelas chuvas, a temporã e a serôdia.
Embalado pelo força desta lembrança, pensei nos muitos filhos de Deus, espalhados por este mundo afora; muitos deles - à semelhança da outrora frondosa castanheira - agora com o seu tronco ressequido e sua copa reduzida a um pequeno rebento. Todavia, a vida lá está, pronta para seguir o ciclo de propagar suas folhas viçosas e flores perfumadas que, com o seu néctar, atraem pássaros e insetos; e os seus frutos inchados de sementes, que resultarão em novas plantas no jardim de Deus. É o milagre da criação da vida se reproduzindo, pela força da Palavra divina, liberada tal e qual percurso do relâmpago sobre a terra.
Este texto me faz estremecer, da cabeça aos pés: "Quem do imundo tirará o puro? Ninguém. Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; e tu lhe puseste limites, e não passará além deles. Desvia-te dele, para que tenha repouso, até que, como o jornaleiro, tenha contentamento no seu dia. Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta." (Jó 14:4-9). Louvado seja o Senhor pelo dom da Vida!
Que canção tão linda! Como sou edificado por ela!
https://youtu.be/9tBBe60IwQY
Cordialmente;
Bispo Calegari
Nenhum comentário:
Postar um comentário