Nesta manhã que precede um tempo de loucura, que os homens chamam de carnaval, fiquei a pensar neste texto bíblico e como ele se contextualiza como aquilo que vemos por aí: "Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniquidade." (Eclesiastes 3:16). Os seus termos - "no lugar do juízo, impiedade e "no da justiça, iniquidade" - são aplicados à conduta humana, em todos os seus níveis de relacionamento e de procedimento. Vivemos um tempo de devastação invisível; pois - diferente da devastação das matas e florestas - o seu impacto ambiental é camuflado por formação acadêmica e refinada cultura. E os fatos não me desmentem.
As vezes, me pergunto: Por que, em nossos dias, não se consegue prender tão facilmente os facínoras? Então, uma voz interior me responde: Porque os criminosos de hoje, diferente dos criminosos de outrora, não têm cara de bandido. Eles são bem formados, sorridentes, engravatados... Contudo, são mais hediondos e perversos do que os visivelmente degradados. E assim, vemos como este outro texto bíblico é assustadoramente contextual: "E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará." (Mateus 24:12). E não é isto que vemos, todos os dias? Que o Senhor nos ajude a pregar a paz, em tempo de guerra; o amor, em tempo de ódio; e, que a bendita esperança não morra!
Devemos meditar nesta advertência: "E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu vô-lo tenho predito." (Mateus 24:20-25). Como ela soa bem; tão profética quanto oportuna!
Este hino, entoado por Ozeias de Paula, é muito bom para ser ouvido agora:
https://youtu.be/SN6Jj7z93NY
Cordialmente;
Bispo Calegari
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