quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Provações amigas minhas


Hoje, ao buscar a presença do Senhor, senti um forte impulso para agradecer a Deus por ter me sustentado todo este tempo (estou me referindo a cinquenta anos de vida cristã bem vivida). Foram muitas as provações; tantas quantas foram as realizações. Porém, corri muito mais perigo com os resultados do meu trabalho, do que com as perigos enfrentados no entrevero. Me recordei dos dias em que minha vida de oração diminuiu o ritmo, devido à "folga" que me dei a mim mesmo, após grandes lutas. É... Nessas ocasiões, só não sucumbi devido ao cuidado do Senhor para comigo - menino ainda ingênuo (talvez seja ingênuo ate hoje) - sem noção do fragor da tempestade que vem após a calmaria. Pois é... Importa saber que lidar com a provação pode ser menos perigoso que lidar com a consagração.
 
Lagrimas correram dos meus olhos, ao me dar conta de que minhas provações sempre foram "amigas"... Pois, sempre me "empurraram" para o lugar de oração, refúgio garantido contra o mal recorrente. No entanto, antes de continuar, preciso afirmar que não estou generalizando. Entretanto, nas provações da vida, existe a tendência quase natural de nos refugiarmos no altar; ao passo que, após uma grande vitória, ou missão bem sucedida, é mais provável "festejarmos" em uma pizzaria ou algo do gênero. Talvez seja por isso, que demorei a perceber que minhas provações não são minhas maiores adversárias (alguns homens de Deus caíram enquanto descansavam). Obrigado, meu amado Pai, por teres me guardado em meio aos festejos da vitória; tanto quanto me guardaste, quando sob intenso fogo de cruel perseguição.
 
As exortações da Palavra sempre visam um fim proveitoso. Esta tem o dom de colocar nossos sentimentos em seu devido lugar: "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um." (Romanos 12:1-3). Se observarmos bem, veremos que ela aponta para o fato de que jamais devemos nos opor às correções do Senhor.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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