Dias atrás, estive orando em favor de nossa Nação. Sempre que me prostro em oração pelo Brasil, percebo que a intercessão é dificultada; como se houvesse uma enorme barreira bloqueando o caminho do intercessor mais esforçado. Na verdade, nosso País segue à deriva, envolto nas brumas dos antigos e novos escândalos. O inevitável e contínuo desvio de recursos tornou-se algo tão banal - sem medidas punitivas proporcionais à grandeza dos valores desviados - que já não incomoda à grande maioria. Assim, na esteira da impunidade garantida por alianças espúrias, os maus governantes e legisladores se tornam imensuravelmente ricos à custa do tesouro nacional.
Enquanto eu intercedia pelo próximo pleito eleitoral; me preocupou a ideia da notória promiscuidade existente entre segmentos evangélicos e políticos, em desfavor da Igreja. Assim, em consequência de escolhas ruins e alianças promíscuas, o mal cresce a olhos vistos. Sabemos que o sistema é vicioso, movido por campanhas sem verdade e conteúdo; e, que muitos líderes evangélicos se aliançam com candidatos de conduta enganosa e reprovada. Todavia, precisamos avaliar o histórico e conduta dos candidatos ao poder de gerir e legislar para o Brasil. Pois, o Brasil - ferido por improbidade e por graves acusações contra os mandatários atuais - precisa de melhores governantes!
Os dirigentes da Igreja Primitiva alertaram ao povo quanto à necessidade de escolher homens íntegros e de reconhecida idoneidade para trabalhar na administração da Igreja:
"ORA, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra. E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;"
(Atos 6.1-5)
E se na Igreja deve ser assim; na administração pública de uma nação deve ser diferente? Infelizmente, as armadilhas e tentações do poder são sedutoras e tremendamente destrutivas.
Cordialmente;
Bispo Calegari
Bispo Calegari