segunda-feira, 2 de julho de 2012

A honra e o deserto

“E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviam”
(Marcos 1.12-13)
 
Ontem ministrei no Retiro de Pastores da IV Região. Discorri sobre o deserto e a honra no ministério. Posso garantir que não é tão simples lidar com estes dois opostos. Ao longo dos meus 44 anos de ministério, tenho lidado - tanto com a honra como com o deserto - e tirado lições importantes para minha vida. Nas diversas missões que recebi do Senhor; sempre encontrei tipos variados de deserto pela frente!

Tenho que admitir que fui alvo de honras terrenas no ministério. Eu me refiro às honras concedidas por pessoas. E qualquer um que me perguntasse se fui honrado como servo de Deus, ouviria minha voz a declarar que eu fui; e muito! E não estou me referindo a algum tipo específico de honra. Na verdade, as honras que os homens nos prestam sempre ultrapassam e vão além dos méritos que porventura tenhamos!

Desde a muito, aprendi que administrar o deserto e a honra no ministério é algo extremamente complexo. São provas que precisam ser entendidas; para, só então, serem enfrentadas de modo correto. Desde muito cedo, em meu ministério, tenho aprendido que é muito mais fácil lidar com a honra, do que com o deserto causticante. No entanto, posso garantir, as conseqüências produzidas pelo modo equivocado de lidar com a honra são muito mais perigosas do que as feridas adquiridas no deserto mais assustador.

Tenho plena convicção de que as melhores e mais profundas experiências em minha vida, foram obtidas em meio às areias do deserto; e não em meio às honras.  É verdade! Eu aprendi a reconhecer e valorizar a importância do deserto em minha vida. Sempre amadureci ao percorrer toda a sua extensão; pois, é no deserto que somos trabalhados e aprimorados por Deus. Nestes 45 anos da IMW, fui o obreiro mais vezes transferido em suas fileiras; para os mais diversos lugares. E a maioria dessas nomeações, foi um deserto que precisei percorrer – com dor e lágrimas – até que o mesmo viesse a florescer e frutificar!

"E num dia designado, vestindo Herodes as vestes reais, estava assentado no tribunal e lhes fez uma prática. E o povo exclamava: Voz de Deus, e não de homem. E no mesmo instante feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus e, comido de bichos, expirou" 
(Atos 12.21-23)

Cordialmente;
Bispo Calegari

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