Na postagem anterior, ao discorrer sobre o Plano Diretor Regional, editamos a relação de Ministros que serão os Diretores e Agentes de Primeiro Escalão do PDR. Já agora, nesta postagem, estaremos focando os Princípios, Métodos, Alvos e Objetivos deste Plano.
Introdução
"Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo" (Mateus 4.1).
Todos nós, que fomos chamados para liderar, nos lembramos dos diversos momentos em que nosso perfil de líder e nosso trabalho de liderança passou por angustias e provações. Eu mesmo me lembro de momentos em meu ministério, em que cheguei a pensar em desistir. São aquelas ocasiões em que Satanás desfere ataques, tentando influenciar o nosso emocional, para levar-nos a tomar decisões precipitadas. Ele tentou o próprio Jesus no Monte da Tentação (Mateus 4.1-11).
"Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16.33).
Em ocasiões assim, algo que muito me ajudou foi o senso de responsabilidade que sempre me direcionou na obra de Deus. Outra coisa muito importante que sempre fiz, foi buscar a Deus e Sua direção para a minha vida e para o meu trabalho, fosse ele de pequeno ou grande porte - aquela oração que chamo de
"oração transpirante" e
"oração molhada". Além disso, sempre procurei, em meio as dificuldades, manter bom ânimo e motivação.
"Depois subiu ao monte, e chamou a si os que ele mesmo queria; e vieram a ele" (Marcos 3.13).
E também, carrego sempre comigo duas
"certezas essenciais": 1) A certeza que sempre tive, de que eu não poderia construir nada concreto e duradouro, sem ter um bom
"Plano de Ação", que me mantivesse centrado em alvos e objetivos claramente definidos. 2) A certeza que sempre tive, de que eu precisava estar sempre rodeado de bons assessores; que me mantivessem a par da situação real de cada setor da Obra sob minha responsabilidade direta. Assessores que não se envolvessem em interesses mesquinhos; e que cuidassem com amor dos mais fracos e indefesos. Jesus também escolheu homens que estivessem ao seu lado.
Se esta introdução foi capaz de "mexer" com o nosso homem interior, levando-nos a refletir sobre a importância deste assunto, podemos passar então ao PDR - seus princípios e métodos:
Algumas medidas primárias para o seu pleno êxito
1) Os sub-diretores e Agentes dos diversos setores do PDR, deverão se primeiramente
preparados e depois aprovados, para poderem cumprir integralmente os objetivos propostos no plano;
2) Embora qualquer membro da igreja possa trabalhar nos projetos; todavia, somente aqueles que demonstrarem
qualificações indispensáveis para determinados cargos do PDR, é que deverão ser nomeados para os mesmos;
3) Projeto algum, ligado ao PDR, poderá ser executado, sem que seja primeiramente
discutido e avaliado pelas coordenações setoriais. E mesmo assim, precisará ser liberado pela Coordenação Geral para execução;
4) Projeto algum do PDR - uma vez iniciada a sua execução -
não poderá ser interrompido antes de alcançar os objetivos para os quais foi criado, salvo raras exceções;
5) A Coordenação Geral do PDR manterá periódica avaliação: Tanto do trabalho dos Diretores e sub-diretores, como do trabalho dos agentes. O objetivo da
avaliação periódica é chegar a um trabalho de resultados concretos;
6) Qualquer decisão que venha a afetar, direta ou indiretamente, algum executivo do PDR, somente poderá ser tomada após aquiescência da Coordenadoria Geral.
Avivamento Espiritual - essência do PDR
Não podemos, em hipótese alguma, pensar que apoio popular, carisma pessoal, métodos e recursos financeiros sejam capazes de substituir o avivamento espiritual no trabalho que fazemos. É loucura um obreiro pensar que seus talentos e habilidades possam fazer algo grandioso para Deus, sem que o mover do Seu Espírito esteja na base e na cobertura do seu trabalho. O Obra precisa se movimentar
"no óleo", para alcançar os resultados pretendidos.
Perfil de ministério
Muitos obreiros ainda não se deram conta que o perfil de ministério é determinante no resultado do seu trabalho. As vezes me parece, que os únicos ministérios em que se examina e valoriza o perfil do participante são: Ministério de louvor; Ministério de Coreografia; e Ministério de Artes Cênicas.
Planos e Metas Para o biênio 2011/2012
O PDR deverá elaborar seus projetos para o biênio em curso, levando em conta os planos e metas definidos no Relatório Episcopal:
1. Distrito FederalEstamos já encarando o nosso maior desafio:
O Distrito Federal. O Distrito de Brasília tem um novo SD (Pastor Hilmar). Mas devido a magnitude do Distrito Federal, resolvemos, dentro do novo conceito de coordenadorias, criar uma Coordenadoria para o DF. E já temos o Coordenador Regional para o DF:
O Pastor Calegari Filho. Desde que assumimos a II Região, temos olhado o Distrito Federal como nossa principal prioridade. Estaremos trabalhando com afinco, para chegarmos ao próximo Concílio Geral, se Deus permitir, com uma nova história no DF.
2. Alvos RegionaisAlvos de crescimento numérico: Não devemos trabalhar com alvos de crescimento, cujo índice se situe abaixo dos 20%. Este deve ser o percentual básico para todos os setores abrangidos pelo alvo de crescimento regional (EBD; departamentos; congregações; igrejas; etc.).
Abertura de novas congregações: O crescimento da II Região depende basicamente da abertura de novas congregações. Temos percebido que novas congregações e frentes missionárias, geralmente, são o embrião de uma nova igreja e de um novo distrito. Nossa proposta é a abertura de uma nova congregação por cada duas igrejas do distrito, a cada ano.
Organização de novas igrejas: Nosso objetivo deve ser: Uma IMW em cada município do Estado. E no município em que já houver uma IMW, deverá ser plantada uma segunda IMW. E assim sucessivamente. O projeto de plantação de igrejas, deve procurar plantar uma IMW em cada ponto cardeal de um determinado município. O quadro de uma IMW solitária em um determinado município - sem projeto de expansão; deve ser combatido com medidas pedagógicas apropriadas.
Criação de novos distritos: Queremos desenvolver um projeto denominado PSI -
"Programa de Saturação de Igrejas". O objetivo do mesmo será plantar igrejas em áreas estratégicas, visando a formação de novos distritos, para cobertura de algumas cidades estratégicas distantes das
"redes wesleyanas". Se estabelecermos um mínimo de três igrejas (casos especiais); poderemos chegar à criação de um novo distrito em lugares de difícil cobertura.
Criação de uma nova região: O projeto de criação de uma nova Região já foi elaborado pelo CMR, que mapeou a área de execução do mesmo (Espírito Santo, Bahia e Tocantins). Entretanto, os obreiros e igrejas nesses Estados, precisarão fazer um pouco mais do que já estão fazendo. E no meu entendimento,
"fazer mais" significa capacitar e formar lideranças locais. Além disso, precisa ser incentivada a autonomia financeira das igrejas, especialmente as do Estado de Tocantins. Se fizermos um bom trabalho, poderemos dar este passo no próximo Concílio Geral.
3. Secretarias e Órgãos RegionaisCada Secretaria Regional precisará, dentro de sua área, desenvolver projetos em consonância com o PDR. Seguem-se algumas sugestões do Relatório Episcopal:
SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL - SRAS
1. Auxílio aos ObreirosMelhor aplicação dos recursos do FUNSAF: Incentivo aos pastores, a participarem do plano com um pequeno custo mensal. É muito importante que cada obreiro procure garantir esta cobertura financeira mínima, em caso de falecimento de um dos cônjuges; em momento tão doloroso na vida de uma família.
Fundo de Jubilação: Este fundo foi criado no IX Concílio Geral, para complementar a renda do pastor jubilado que receba até três salários de aposentadoria. Esta Secretaria precisa motivar os pastores ao cumprimento deste dever por parte de suas igrejas. Esta cobertura aos jubilados depende da pontualidade das igrejas locais, no envio de 0,5% de sua arrecadação mensal.
A SRAS precisa fiscalizar, por meio dos SD: Além do recolhimento para o FUNSAF (por parte dos pastores); e do Fundo de Jubilação (por parte das igrejas. E também precisa verificar se os pastores de tempo integral estão em dia com o recolhimento junto ao INSS e com o repasse da contribuição para o CAW.
2. Ação Social ComunitáriaNa esfera local, as igrejas devem promover
ações globais de atendimento à comunidade sob sua influência. Além disso, as igrejas devem manter um monitoramento da comunidade, para se fazer presente em caso de funeral e nascimento de crianças na vizinhança. O trabalho social feito pela igreja, atendendo a famílias carentes da igreja local e da comunidade, pode salvar muitas vidas.
Outro projeto que deve ser desenvolvido com cuidado e responsabilidade é a
criação das AWAS. Este projeto deve possuir objetivos definidos. Não deve visar fins políticos nem angariação de recursos. E sim, procurar desenvolver planos de ação, tais como: Cursos de capacitação com vista a emprego e renda; creches e escolas de ensino fundamental em parceria com órgãos públicos; e também um serviço de atendimento a membros carentes.
SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO - SRA
Esta Secretaria precisa atentar para os seguintes setores:Inventário Patrimonial Regional: A atualização de dados no Wesleyanahost: Tanto as igrejas como os órgãos e departamentos da II Região, precisam manter rigorosamente em dia as informações estatísticas, financeiras e patrimoniais no Site da IMW.
Contratação de funcionários e prestadores de serviços: Esta Secretaria precisa fiscalizar rotineiramente este setor. Já temos sofrido sérios problemas devido a falta de fiscalização. Deve ser elaborado um
"Manual de Orientação" com instruções básicas aos pastores; e pelo menos um seminário anual sobre o assunto. Os SD deverão ser mobilizados para uma fiscalização efetiva.
Não podemos admitir amadorismo neste setor! Reformas e construções feitas de modo irregular: Obras em situação irregular, são aquelas que não possuem licença do CREA e da Prefeitura; que não possuem um projeto formal; e aquelas que não possuem autorização da SRA. Como alguns dos nossos templos foram construídos em regime de mutirão, precisarão ter sua situação regularizada.
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ - SREC
Ensino Fundamental: Esta Secretaria precisa elaborar um projeto voltado para a educação fundamental. Estamos propondo a criação de
escolas wesleyanas de ensino fundamental nos seguintes centros wesleyanos: Grande BH; Grande Vitória; Brasília; Governador Valadares; Muriaé; e Uberlândia.
Formação teológica: O CEFORTE é o instrumento oficial de preparo e formação de obreiros nesta área. Mas não podemos permitir que o ministério seja tratado como mera profissão. Devemos melhorar a eficiência no preparo dos nossos obreiros; e, ao mesmo tempo, cuidar para que os nossos seminaristas saibam que o fato de alguém possuir formação teológica não faz desse alguém um pastor de almas. Portanto, caberá ao CEFORTE orientar quanto a diferença entre
"formação teológica" e
"chamado para o ministério".
Escola Bíblica Dominical: Caberá a SREC criar uma
"forjaria de obreiros da EBD", através de seminários e cursos de capacitação para obreiros e professores da EBD. Esta Secretaria precisará, a nivel de distrito, promover um verdadeiro
"mutirão de incentivo"; e acompanhar e orientar aquelas igrejas que ainda apresentam deficiência neste tão importante departamento da igreja local.
Departamentos: A SREC precisa utilizar esta
"força de trabalho" que a IMW tem: Que São os Departamentos Regionais (de Adultos; de Jovens; de Adolescentes; de pré-Adolescentes; e de Crianças). Eles poderão dar uma valiosíssima contribuição para o crescimento da II Região.
SECRETARIA REGIONAL DE FINANÇAS - SRF
A Secretaria Regional de Finanças precisa manter um
plano de incentivo ao levantamento de recursos na igreja local. E não me refiro aos dízimos e ofertas tão somente! Torna-se necessário orientar quanto ao levantamento das grande ofertas regionais e gerais.
Vida financeira: Um dos indicadores de saúde de uma igreja é suas finanças (salvo raríssimas exceções). Um dos indícios de crise no ministério pastoral é quando as finanças de uma igreja começam a decair. Dízimos e ofertas sempre fizeram parte do culto a Deus, um meio pelo qual Seu povo demonstra gratidão e obediência; uma oportunidade de ser abençoado com a promessa de Malaquias 3:8-10. Todavia, ovelhas mal atendidas, maltratadas e assustadas acabam por
"emagrecer" e, enfraquecidas, começam a sonegar sua contribuição.
Ofertas Regionais e Gerais: Os pastores precisam sem empenhar melhor no tocante às ofertas especiais. Elas se resumem em quatro grandes ofertas anuais: A
Oferta de Ação Social - em abril; a
Oferta de Missões Estrangeiras - em junho; a
Oferta de Missões Regionais - em setembro; e a
Oferta de Gratidão - em dezembro. Os pastores devem usar de criatividade para alcançar os alvos financeiros, trabalhando com bastante antecedência no levantamento dos mesmos.
SECRETARIA REGIONAL DE MISSÕES - SEM
Nós bem sabemos que, âmbito de missões estrangeiras, o assunto é da competência da Secretaria Geral de Missões. Nossa missão é contribuir com a oferta anual; e também com algum programa de adoção elaborado pela SGM.
Já no âmbito de missões regionais, a SRM precisa
melhorar seus métodos de divulgação. Precisa também propor meios de angariação de recursos (cofrinhos para crianças da igreja; eventos sociais, tais como almoços e jantares, para melhorar o alvo da igreja, etc.).
Precisamos também de um
plano de ação conjunta, entre a Secretaria Regional de Missões juntamente com os distritos e igrejas, para o apoio efetivo aos obreiros e igrejas do Campo Missionário.
Nossos Campos MissionáriosJá definimos a demarcação do nosso Campo Missionário Regional, criando quatro
Campos Missionários setoriais, que são:
1. O Estado do Tocantins: O primeiro a ser demarcado. Temos neste Estado, cinco trabalhos: Araguaína; Colinas do Tocantins; Palmas; Gurupí e Peixe. Todavia, precisamos olhar o Estado como um todo, e não reduzido ao
"quintal" de uma igreja local. É preciso mapear as cidades que estão ao longo da rodovia
"Belém/Brasília", desenvolvendo projetos para o alcance das mesmas.
2. O Estado de Goiás: Este é um dos Estados de maior presença evangélica do Brasil. No entanto, temos apenas seis trabalhos em Goiás: S. Antonio Descoberto; Parque Mingone; Águas Lindas; Planaltina; Caldas Novas; e a Frente Missionária de Goiânia. Precisamos alcançar também as cidades de: Anápolis; Jataí; e muitas outras.
3. O Estado do Pará também está conosco: A IMW está presente nas cidades de Belém, Marabá, Parauapebas e Curionópolis. Todavia, precisamos chegar a Santarém e Açailândia, para ampliar a nossa base de operações nesta terra promissora.
4. Criamos o Campo Missionário de Salvador: E tomamos esta medida, levando em conta a magnitude desta área baiana. Já temos três igrejas neste campo; mas precisamos alcançar as cidades de Feira de Santana e Juazeiro, que estão inseridas na área demarcada.
Para darmos conta da missão de melhorar e ampliar a presença da IMW nestes quatro campos missionários,
precisamos reformular o conceito de liderança e de ministério que tem prevalecido nas áreas demarcadas. Este é um passo fundamental para expandirmos o trabalho wesleyano nos mesmos.
A SRM precisa melhorar o seu modo de influenciar e auxiliar os trabalhos existentes.
É hora de mudança! E não podemos continuar tentando colocar
"vinho novo" em
"odres velhos". A Coordenação Geral precisará aplicar os conceitos do PDR em nosso Campo Missionário Regional.
CONCLUSÃO
Para que consigamos alcançar alvos pré-estabelecidos, todos os Coordenadores, Diretores e Agentes do PDR, deverão contribuir com projetos e metas de crescimento para a II Região. Os SD; os Diretores e Conselheiros Regionais de Departamentos; os Superintendentes das EBD; os Diretores de Departamentos e Ministérios locais; todos estes podem ser importantes parceiros no crescimento da II Região. Todavia,
o pastor é a figura chave para a edificação, mobilização e motivação de sua igreja na expansão do Reino de Deus. Se ele orar verdadeiramente, os resultados vão aparecer em seu ministério, para a glória de Deus.
Cordialmente;
Bispo Calegari