Ontem o CP me enviou o projeto da capa do meu novo livro, a ser lançado dentro de algumas semanas. Enquanto eu avaliava este trabalho, fiquei a pensar no conteúdo do livro; todo ele voltado para o trabalho de um pastor ou líder, com propostas para um ministério pastoral bem sucedido. Então, me pus a pensar... O trabalho de um pastor - salvaguardadas suas peculiaridades - tem algumas semelhanças com o trabalho de um técnico de futebol. Alguns exemplos do futebol: A glória de uma vitória pertence ao clube; o mérito pertence ao time; já a responsabilidade é toda do técnico. Quando a vitória acontece, torcedores aclamam o nome do clube; o time joga o técnico pra cima; o técnico dá as devidas entrevistas. Em caso de derrota; o técnico passa a ser visto como o responsável maior. O dever do técnico não é jogar no time; mas, ensinar à sua equipe como deve jogar em campo.
Na carreira cristã, algo semelhante acontece: A glória pertence a Deus; o mérito pertence à igreja; e a responsabilidade é do pastor. Portanto, um pastor (assim como um técnico de futebol) não deve se impor no trabalho de sua equipe, ou viver a competir com ela em suas atribuições; cabendo-lhe a missão de incentiva-la e mentoreá-la no exercício de seus dons e ministérios. O reino de Deus perde muito e uma igreja se empobrece quando seu pastor tenta "fazer tudo", querendo ser ao mesmo tempo: O pregador, o músico, o cantor... Algumas vezes, até mesmo o diácono e o porteiro da igreja. É algo como se ele tentasse mostrar à igreja quem é que "faz bem" tudo! Digo que esta atitude, além de inibir o surgimento de outros ministérios; acaba por imobilizar e entristecer alguns crentes que poderiam dar uma grande contribuição para a edificação e crescimento da igreja.
Precisamos entender, que a unidade do corpo não anula a diversidade de ministérios:
"Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo."
(1 Coríntios 12:12-20)
E que cabe ao Pastor orientar e equipar suas ovelhas, para o correto exercício de seus dons.
Cordialmente;
Bispo Calegari
Bispo Calegari
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