quarta-feira, 25 de junho de 2014

Duas colunas de proteção

 

Estou pensando nos dias que vivemos; dias de contradições e opressões jamais vistas em tamanha intensidade. Entendo perfeitamente o sentimento daqueles que pensam diferente de mim. Afinal, como não entender, se a essência do mal é tão camuflada; que, algumas vezes, escapam até mesmo à observação dos mais dedicados profetas de Deus. Todavia, isso não é novidade; pois, no passado, o "profeta novo" foi miseravelmente enganado pelo "profeta velho"; tendo pago com sua própria vida o engano sofrido (I Reis 13). Sei muito bem que não é tão fácil perceber aquilo que está ocorrendo fora do alcance dos nossos olhos carnais; daí a facilidade com que muitos crentes - mesmo entre os melhores - são tão maldosamente enganados pelo disfarce da mentira.
 
A bem da verdade, se examinarmos com atenção a história do povo de Deus ao longo do tempo; veremos que dias de festa e celebração foram sempre mais suscetíveis de engano e desvio, do que dias de sofrimento e cruel perseguição. E para nossa preocupação; vemos muitas igrejas vivendo dias de celebração e regozijo que chega às raias do frenesi. Nos dias de Moisés, o envolvimento de todos com a sagrada celebração por ocasião da inauguração do tabernáculo não permitiu ver, nos bastidores, o estado de embriagues dos sacerdotes; que culminou com a morte dos dois maiores expoentes da linhagem sacerdotal; que, de tão embriagados que estavam, nem se deram conta do terrível engano sofrido, ao ousarem trazer fogo estranho perante o Senhor, no Santo dos Santos.
 
Tenho fortes razões para advertir (embora não possa entrar em detalhes) que os crentes - especialmente os que se declaram obreiros do Senhor - precisam andar neste mundo entre duas colunas: A oração do "Pai nosso" à sua direita e o Salmo 23 à sua esquerda, mantendo os olhos fitos em ambas. Digo isso, vivemos como se percorrêssemos o vale da sombra da morte; portanto, precisamos andar de mãos dadas com o Sumo Pastor; procurando estar sempre em Sua presença. E, de igual modo, precisamos pedir ao Pai que está no céu que nos perdoe e que nos ajude a perdoar; não nos deixando cair em tentação; pois o mundo vive um tempo de progressão do mal como jamais se viu. Portanto, precisamos pedir ao Pai, com todo ardor e fé, que nos livre do mal que está por vir.
 
Não é necessário ser um atento observador, para saber vivemos dias de engano e de sedução:
 
"E para isso vos escrevi também, para por esta prova saber se sois obedientes em tudo. E a quem perdoardes alguma coisa, também eu; porque, o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás; Porque não ignoramos os seus ardis. Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo, e abrindo-se-me uma porta no SENHOR, Não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia. E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é idôneo? Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus."
(II Coríntios 2.9-17)
 
E este texto é excelente ponto de apoio para compreendermos e enfrentarmos os dias que vivemos.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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