Desde que me entendo por crente, tenho procurado pensar em minha vida espiritual. Tenho aprendido na Palavra de Deus, que ter vida espiritual não é simplesmente ter uma posição religiosa ou ideológica. Também não é adquirir uma experiência espiritual qualquer. Tampouco a conscientização doutrinária adquirida por meio de um discipulado ou de uma catequese. Todavia, tenho pensado bastante na importância de se ter vida espiritual.
Não é necessário sermos grandes observadores, para percebermos que o mundo em que vivemos é um mundo declaradamente contra Deus e Sua Palavra. E esta atitude de rebelião contra Deus não é um fenômeno existente apenas em alguns Países ou em um determinado Continente. Não mesmo! É, na verdade, uma tendência universal e crescente. E não me refiro a conflitos religiosos simplesmente. Sei que existe intolerância assustadora em algumas religiões.
Todavia, a rebelião contra Deus a que me refiro, não tem motivação religiosa; e, se tem, é algo que não se percebe. Na verdade, assim como cresce o percentual de cristãos nominais e de crentes desviados; o percentual de não religiosos também vem crescendo. Muitos, para não declararem abertamente a sua condição de ateus, declaram-se "sem religião". E isso acontece no mundo inteiro - com maior incidência no mundo ocidental - especialmente no continente europeu.
Sei também que existe em cada um de nós, uma forte tendência de buscar, por todos os meios possíveis, satisfazer alguns desejos egoístas nossos; mesmo que, para isso, tenhamos que violar os direitos de outras pessoas. Percebo que, em nossa condição de cristãos, quando desejamos demais alguma coisa - nossa primeira atitude é nos auto-convencer de que aquilo que desejamos é da vontade de Deus; mesmo que o objeto do nosso desejo seja algo contrário à Palavra de Deus.
Posso dar alguns exemplos: Se desejamos muito um carro, tentamos nos convencer de que é Deus que nos inspira tal desejo. Se desejamos muito um relacionamento com alguém, mesmo em aventura extra-conjugal, procuramos justificar tamanha loucura - vendo-a como algo da vontade de Deus. Enfim... Temos uma forte tendência de tentar fazer de Deus o nosso cúmplice em algo que nossa vontade ambiciona - atribuindo a Ele a autoria do nosso desejo!
Posso dar alguns exemplos: Se desejamos muito um carro, tentamos nos convencer de que é Deus que nos inspira tal desejo. Se desejamos muito um relacionamento com alguém, mesmo em aventura extra-conjugal, procuramos justificar tamanha loucura - vendo-a como algo da vontade de Deus. Enfim... Temos uma forte tendência de tentar fazer de Deus o nosso cúmplice em algo que nossa vontade ambiciona - atribuindo a Ele a autoria do nosso desejo!
Tenho mesmo pensado em minha vida com Deus! E, ciente da pressão exercida por minha natureza rebelde, chego a conclusão de que o único modo de escapar às armadilhas do sentimento e da vontade; é submeter aquilo que sinto e que desejo aos ensinos da Palavra de Deus. Se ela abonar o meu sentimento, tudo bem. Em caso contrário, devo abrir mão do meu próprio desejo e da minha própria vontade - sujeitando-me inteiramente a Deus e à Sua Palavra. Isto sim é ter vida espiritual!
Cordialmente;
Bispo Calegari
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