Uma das coisas boas que carregamos conosco, é a capacidade de reter na memória fatos marcantes ocorridos ao longo de nossa vida. E o fato que aqui vou narrar, rebuscando nos bastidores da memória, marcou definitivamente a minha vida. A esta experiência, darei o seguinte título:
Uma mulher desesperada
A experiência que aqui vou contar, ocorreu em julho de 1972, por ocasião do II Concílio Geral da IMW, realizado no templo da Primeira Igreja de Nilópolis. A IMW, ainda em seus primeiros anos, não tinha tantos delegados a um Concílio Geral. Todavia, o seu número era suficiente para que o templo da igreja ficasse repleto. As reuniões plenárias eram presididas pelo Bispo Gessé Teixeira de Carvalho, de saudosa memória.
Era o domingo do encerramento do Concílio Geral. O culto já havia se iniciado. O fervor e entusiasmo dos presentes era contagiante. No púlpito estavam os membros do Conselho Geral de então. O culto estava sendo dirigido pelo saudoso Pastor Francisco Teodoro Batista, com a graça e a unção que lhe eram peculiar. A maioria dos pastores estava postada tal e qual um coral bem disciplinado, pois estava assentada na parte lateral direita do púlpito, em um local onde os corais costumam estar. O culto se encaminhava para o momento da mensagem; e o Pastor Teodoro estava prestes a passar a palavra ao Presidente - Bispo Gessé, que seria o pregador; e a quem caberia também a responsabilidade de declarar encerrado o Concílio.
Em meio a tão elevado clima de alegria e adoração, um fato inusitado chamou a atenção de todos: Eis que uma mulher adentra o templo aos gritos, desesperada e chorando muito. Ela trazia um bebê ao colo e seus gritos soavam assim: "Me ajudem pelo amor de Deus; meu filho morreu"! Para os mais atentos observadores, era patente que aquele corpinho estava sem vida. A mulher aproximou-se do balaustre do púlpito e, sem vacilar, entregou o corpo do seu filho nas mãos do Pastor Teodoro, que demonstrava perplexidade. Sem saber o que fazer, o mesmo transferiu o corpinho ao Bispo Gessé, igualmente perplexo.
Meus irmãos; lembro-me como se fosse hoje: Senti como se mãos invisíveis me pegassem pelas pernas, tentando levantar-me. Fui resistindo, sem entender aquilo, até que fui literalmente jogado prá cima. De imediato, me encaminhei para o balaustre do púlpito, tomando a criança das mãos do Bispo Gessé. Era um corpinho mole e muito frio, que levantei o mais alto que pude. O grito que dei naquele instante, ainda soa em meus ouvidos: "espírito, em nome de Jesus, te ordeno que volte a este corpo"! O bebezinho estremeceu e deu um grito assustador, ficando com o corpo quente e muito corado. Logo em seguida, entreguei-o a sua mãe, que glorificava a Deus em alta voz, gritando com viva emoção.
Sabemos que nossa Igreja não tem por costume ficar divulgando milagres que ocorrem em suas reuniões. Em assim sendo, este episódio, e outros igualmente marcantes, poderia ter se perdido no tempo, caso não estivesse bem vivo nos bastidores da minha memória.
Cordialmente;
Bispo Calegari
Meu querido Bispo,é assim que baseia nossa fé.
ResponderExcluirSabemos que homens de Deus como o Sr. estão próximos a nós,para nos abençoar...
Deus seja Louvado!
Que Deus possa continuar abençoando a sua vida Bispo Calegari..