"Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas dissoluções, e por causa deles será blasfemado o caminho da verdade; também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita" (2 Pedro 2.1-3).
Para minha surpresa, fui informado sobre uma notícia que circula nas redes sociais - sobre uma uma pregadora bastante conhecida no meio pentecostal; que, além de retornar à prática homossexual, acaba de abrir uma nova igreja para homossexuais - juntamente com a sua parceira homoafetiva. Ouvi dizer que esta pregadora da Teologia da Prosperidade, em entrevista a uma emissora de TV, afirmou que a sua homossexualidade não pode ser transformada pelo evangelho - pelo fato de ser uma questão de orientação sexual e não uma opção pecaminosa.
Quanto a mim - embora ainda esteja vivendo por aqui - sou do tempo em que a notoriedade de um pregador tinha tudo a ver com a relevância do seu discurso e a profundidade bíblica de seus escritos. Era algo impactante ouvir de seus lábios o clássico "assim diz o Senhor" - seguido do trovejar da palavra profética - e sentir o coração bater mais forte; estimulado pelo agir sobrenatural de Deus. Não era necessário usar aqueles conhecidos "chavões"; nem camuflar o discurso! Isso porque o próprio Deus se encarregava de velar por Sua Palavra saída da boca do Seu profeta.
Me preocupa bastante a pregação do "evangelho da prosperidade". E não me refiro a algumas verdades pontuais inseridas no mesmo; mas sim ao "pacote" de coisas boas e ruins de que é constituído; o qual tentam nos "empurrar" garganta abaixo, em nome de um questionável retorno econômico e financeiro. Tenho percebido que muita coisa mudou no "reino dos homens de Deus", com a progressão deste "outro evangelho". O "evangelho da prosperidade" - ainda que propagado com a melhor das intenções, tem contribuído para destacar novos focos em detrimento do essencial (o de "saúde física" em detrimento de saúde espiritual; o de "riqueza material" em detrimento de riqueza espiritual). Até que ponto tudo isso irá chegar?
Não sou extremista ou preconceituoso, a ponto de condenar aqueles pregadores que oram por um copo com água ou por uma peça de roupa de um enfermo; ou mesmo pela chave do carro de alguém. Penso que se oramos por alimentos que ingerimos ou se ungimos um enfermo com óleo - por que não estender um pouco mais este serviço, dentro de limites razoáveis? Mas daí, a fazer propaganda do "óleo ungido", da "agua orada", ou do lencinho milagroso" vai uma grande distância! Afinal de contas, o cerne da pregação que salva, cura e liberta é Jesus! Somente Jesus!
De igual modo, não me oponho ao direito de alguns segmentos ou minorias; de procurarem criar uma igreja para si mesmos. Todavia, me julgo no direito de reprovar tal atitude. E isso porque tenho aprendido na Palavra de Deus, que a Igreja do Senhor Jesus Cristo não é uma instituição criada por vontade do homem; nem para acolher gostos e tendências contrárias aos padrões bíblicos.
A Igreja de Cristo será sempre a comunidade dos fiéis; daqueles que foram lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro, independente da idade ou de posição social, cor ou cultura. No seio da verdadeira igreja; povos, raças e tribos - à despeito das diferenças sociais, culturais e etárias - comungam e interagem como cristãos verdadeiros, em perfeita harmonia. E quando surgem diferenças que separam ou descentralizam igrejas, elas estão geralmente relacionadas com posicionamentos doutrinários, administrativos, litúrgicos ou ideológicos - nunca com hábitos, vícios, ou desvio de caráter.
A história e as gerações passadas são testemunhas das transformações sociais, morais e culturais promovidas pela igreja de Cristo. O evangelho nela pregado, é capaz de transformar o ser humano - por pior que tenha sido o seu caráter e conduta. O evangelho transformador tem o poder de chegar até ao ponto da divisão da alma e do espírito, operando ali o milagre do novo-nascimento - trazendo à luz a nova criatura. Em suma: Este é o evangelho de Cristo - que nada tem a ver com o "outro evangelho" que tem sido largamente difundido por aí. Ele é também chamado de evangelho da graça; pois é capaz de trazer todos os homens à Deus. Chamado também de evangelho da cruz - o Evangelho de Cristo conclama o homem a renunciar às suas práticas mundanas e a se reconciliar com Deus por meio de Jesus. Ele foi pregado pelos apóstolos e pela Igreja de Jerusalém; sendo a igreja evangélica de confissão apostólica a sucessora desta gloriosa herança. Posso aqui afirmar que no evangelho do Reino pregado por Jesus está a cura e a libertação para o mal que domina esta pregadora e tantas outras pessoas que vivem em situação semelhante.
Aproveito para focar neste "post", o sagrado direito de expressão garantido na constituição brasileira; a qual também inclui o direito à crença. E no exercício desse direito, o discurso apologético é um dos recursos mais utilizados - tanto nos debates políticos como nos debates religiosos e outros. E este direito que a sociedade brasileira consagrou em sua carta magna, me garante a liberdade de defender os princípios que minha consciência religiosa adotou - contanto que os mesmos não interfiram no direito daqueles que pensam diferente. E esta liberdade de expressão permite denunciar práticas que agridem a moral e os bons costumes; transmitidos ao longo dos séculos pela sociedade humana evoluída e amadurecida; a qual - não é de hoje - vem entendendo que alguns atos e tendências são inconciliáveis com as mais elevadas tradições da família e da sociedade organizada; sendo também inaceitáveis à luz das Sagradas Escrituras.
Tenho notado que, na maioria dos casos notórios de decadência moral; o que se percebe em muitos, é a falta de vontade em abrir mão de vícios e pecados condenados na Palavra de Deus. E, supostamente devido a isso, alguns "profetas enlouquecidos" tentam camuflar ou renomear o pecado que os domina; procurando encontrar uma justificativa ou razão para permanecerem no tipo de vida desregrada na qual procuram sentir prazer e satisfação.
Vivemos uma espécie de reedição de tendências já condenadas pelos apóstolos no período da Igreja Primitiva. Naquele tempo havia a "igreja dos judaizantes" (esta continua existindo em nossos dias); a "igreja dos nicolaítas", etc. Hoje é possível encontrar a "igreja dos atletas"; a "igreja dos artistas"; a "igreja dos gays"; a "igreja das lésbicas"; e até mesmo a "igreja dos satanistas". No rumo em que as coisas vão, é provável que tenhamos, futuramente, a "igreja dos políticos"; a "igreja dos..." (não sei mais o que dizer).
Jamais serei obstrutor do direito de opinião e de opção dos homossexuais, dos satanistas, dos machistas, das feministas, ou de quem quer que seja - mesmo em se tratando de criarem uma igreja para si mesmos. Geralmente, me coloco à margem deste tipo de discussão, pelo simples fato de que estou bem seguro em minha convicção de que Deus sabe perfeitamente "quem é quem" no "reino dos homens". E Seu inevitável veredicto será dado naquele dia em que os Seus forem arrebatados deste mundo de horror e de contradições. Até lá, fiéis!
Cordialmente;
Bispo Calegari
Quanto a mim - embora ainda esteja vivendo por aqui - sou do tempo em que a notoriedade de um pregador tinha tudo a ver com a relevância do seu discurso e a profundidade bíblica de seus escritos. Era algo impactante ouvir de seus lábios o clássico "assim diz o Senhor" - seguido do trovejar da palavra profética - e sentir o coração bater mais forte; estimulado pelo agir sobrenatural de Deus. Não era necessário usar aqueles conhecidos "chavões"; nem camuflar o discurso! Isso porque o próprio Deus se encarregava de velar por Sua Palavra saída da boca do Seu profeta.
Me preocupa bastante a pregação do "evangelho da prosperidade". E não me refiro a algumas verdades pontuais inseridas no mesmo; mas sim ao "pacote" de coisas boas e ruins de que é constituído; o qual tentam nos "empurrar" garganta abaixo, em nome de um questionável retorno econômico e financeiro. Tenho percebido que muita coisa mudou no "reino dos homens de Deus", com a progressão deste "outro evangelho". O "evangelho da prosperidade" - ainda que propagado com a melhor das intenções, tem contribuído para destacar novos focos em detrimento do essencial (o de "saúde física" em detrimento de saúde espiritual; o de "riqueza material" em detrimento de riqueza espiritual). Até que ponto tudo isso irá chegar?
Não sou extremista ou preconceituoso, a ponto de condenar aqueles pregadores que oram por um copo com água ou por uma peça de roupa de um enfermo; ou mesmo pela chave do carro de alguém. Penso que se oramos por alimentos que ingerimos ou se ungimos um enfermo com óleo - por que não estender um pouco mais este serviço, dentro de limites razoáveis? Mas daí, a fazer propaganda do "óleo ungido", da "agua orada", ou do lencinho milagroso" vai uma grande distância! Afinal de contas, o cerne da pregação que salva, cura e liberta é Jesus! Somente Jesus!
De igual modo, não me oponho ao direito de alguns segmentos ou minorias; de procurarem criar uma igreja para si mesmos. Todavia, me julgo no direito de reprovar tal atitude. E isso porque tenho aprendido na Palavra de Deus, que a Igreja do Senhor Jesus Cristo não é uma instituição criada por vontade do homem; nem para acolher gostos e tendências contrárias aos padrões bíblicos.
A Igreja de Cristo será sempre a comunidade dos fiéis; daqueles que foram lavados e remidos pelo sangue do Cordeiro, independente da idade ou de posição social, cor ou cultura. No seio da verdadeira igreja; povos, raças e tribos - à despeito das diferenças sociais, culturais e etárias - comungam e interagem como cristãos verdadeiros, em perfeita harmonia. E quando surgem diferenças que separam ou descentralizam igrejas, elas estão geralmente relacionadas com posicionamentos doutrinários, administrativos, litúrgicos ou ideológicos - nunca com hábitos, vícios, ou desvio de caráter.
A história e as gerações passadas são testemunhas das transformações sociais, morais e culturais promovidas pela igreja de Cristo. O evangelho nela pregado, é capaz de transformar o ser humano - por pior que tenha sido o seu caráter e conduta. O evangelho transformador tem o poder de chegar até ao ponto da divisão da alma e do espírito, operando ali o milagre do novo-nascimento - trazendo à luz a nova criatura. Em suma: Este é o evangelho de Cristo - que nada tem a ver com o "outro evangelho" que tem sido largamente difundido por aí. Ele é também chamado de evangelho da graça; pois é capaz de trazer todos os homens à Deus. Chamado também de evangelho da cruz - o Evangelho de Cristo conclama o homem a renunciar às suas práticas mundanas e a se reconciliar com Deus por meio de Jesus. Ele foi pregado pelos apóstolos e pela Igreja de Jerusalém; sendo a igreja evangélica de confissão apostólica a sucessora desta gloriosa herança. Posso aqui afirmar que no evangelho do Reino pregado por Jesus está a cura e a libertação para o mal que domina esta pregadora e tantas outras pessoas que vivem em situação semelhante.
Aproveito para focar neste "post", o sagrado direito de expressão garantido na constituição brasileira; a qual também inclui o direito à crença. E no exercício desse direito, o discurso apologético é um dos recursos mais utilizados - tanto nos debates políticos como nos debates religiosos e outros. E este direito que a sociedade brasileira consagrou em sua carta magna, me garante a liberdade de defender os princípios que minha consciência religiosa adotou - contanto que os mesmos não interfiram no direito daqueles que pensam diferente. E esta liberdade de expressão permite denunciar práticas que agridem a moral e os bons costumes; transmitidos ao longo dos séculos pela sociedade humana evoluída e amadurecida; a qual - não é de hoje - vem entendendo que alguns atos e tendências são inconciliáveis com as mais elevadas tradições da família e da sociedade organizada; sendo também inaceitáveis à luz das Sagradas Escrituras.
Tenho notado que, na maioria dos casos notórios de decadência moral; o que se percebe em muitos, é a falta de vontade em abrir mão de vícios e pecados condenados na Palavra de Deus. E, supostamente devido a isso, alguns "profetas enlouquecidos" tentam camuflar ou renomear o pecado que os domina; procurando encontrar uma justificativa ou razão para permanecerem no tipo de vida desregrada na qual procuram sentir prazer e satisfação.
Vivemos uma espécie de reedição de tendências já condenadas pelos apóstolos no período da Igreja Primitiva. Naquele tempo havia a "igreja dos judaizantes" (esta continua existindo em nossos dias); a "igreja dos nicolaítas", etc. Hoje é possível encontrar a "igreja dos atletas"; a "igreja dos artistas"; a "igreja dos gays"; a "igreja das lésbicas"; e até mesmo a "igreja dos satanistas". No rumo em que as coisas vão, é provável que tenhamos, futuramente, a "igreja dos políticos"; a "igreja dos..." (não sei mais o que dizer).
Jamais serei obstrutor do direito de opinião e de opção dos homossexuais, dos satanistas, dos machistas, das feministas, ou de quem quer que seja - mesmo em se tratando de criarem uma igreja para si mesmos. Geralmente, me coloco à margem deste tipo de discussão, pelo simples fato de que estou bem seguro em minha convicção de que Deus sabe perfeitamente "quem é quem" no "reino dos homens". E Seu inevitável veredicto será dado naquele dia em que os Seus forem arrebatados deste mundo de horror e de contradições. Até lá, fiéis!
"Também sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar para o dia do juízo os injustos, que já estão sendo castigados; especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas concupiscências, e desprezam toda autoridade. Atrevidos, arrogantes, não receiam blasfemar das dignidades, enquanto que os anjos, embora maiores em força e poder, não pronunciam contra eles juízo blasfemo diante do Senhor. Mas estes, como criaturas irracionais, por natureza feitas para serem presas e mortas, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo a paga da sua injustiça; pois que tais homens têm prazer em deleites à luz do dia; nódoas são eles e mácula, deleitando-se em suas dissimulações, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecar; engodando as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos de maldição; Os quais, deixando o caminho direito, desviaram-se, tendo seguido o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça,mas que foi repreendido pela sua própria transgressão: um mudo jumento, falando com voz humana, impediu a loucura do profeta" (2 Pedro 2.9-16).
Cordialmente;
Bispo Calegari
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