quinta-feira, 28 de julho de 2011

Perdoar é preciso

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas" (Mateus 6.14-15).

O perdão é como analgésico para a alma angustiada pela dor da traição. Portanto, é muito melhor beber o cálice medicinal do perdão; do que sorver a peçonha mortal do rancor. Falando em rancor - raramente encontramos alguém rancoroso que reconheça o seu estado de amargura provocado por este sentimento. O rancor é como o fel - que torna amargo tudo aquilo em que toca. Ser traído é inevitável; perdoar é preciso!

O perdão é como um elo intermitente em uma espécie de cadeia, formada por pessoas perdoadoras e pessoas perdoadas. Francisco de Assis declara em uma de suas mais belas orações, transformada em poesia: "É perdoando que somos perdoados". O princípio que rege o perdão, determina: Perdoar primeiro - ser perdoado depois. E não há como quebrar este princípio - nem como invertê-lo. A fórmula é simples: Para que sejamos perdoados, precisamos perdoar - nunca o contrário!

Na oração do "Pai nosso", Jesus assim nos ensina: "E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores" (Mateus 6.12). Portanto, aí está a formulação do princípio que inspirou Francisco de Assis, em sua famosa prece. Perdoar não é apenas um ato de generosidade - é também um ato de bom senso.

Existem, nas relações humanas, alguns riscos previsíveis. Desentendimentos, desafetos e traições estão entre eles. em assim sendo, todo aquele que se dispõe a estabelecer laços com o seu próximo, precisa estar preparado para lidar com os possíveis riscos inseridos nos relacionamentos - sejam eles de que tipo forem (amizade, negócios, e outros tipos). Posso garantir que o perdão precisa ser um dos itens da nossa "caixa de primeiros socorros"; para podermos tratar devidamente algum "acidente de percurso", provocado pelos atritos interpessoais.

Tenho constatado que algumas pessoas, mesmo experientes obreiros, deixam de ser as pessoas dóceis que eram outrora; após um tipo de amizade, companheirismo ou aliança - afetados por desentendimentos, discordância ou aliança quebrada. Geralmente, aquele que se julga prejudicado em um relacionamento rompido, pode tornar-se em potencial vítima do rancor e até mesmo do ódio. Algumas pessoas não conseguem lembrar-se de alguém, sem formular as mais severas críticas encharcadas de ressentimento e amargura. Que pena!

Quando emergimos de um desavença, após nos desarmarmos, devemos estar prontos para perdoar aqueles com quem mantivemos algum tipo de animosidade ou conflito; mesmo que tenhamos sido a parte injustiçada. O ato de perdoar, liberta tanto o justo quanto o injusto. Quando perdoamos um desafeto, nos libertamos - tanto do nosso oponente como do nosso rancor. E não existe melhor bálsamo para aliviar a dor da traição, do que o ato do perdão. então... Perdoemos e sigamos em frente - a carreira que nos está proposta - olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12.1-2)!

Cordialmente;
Bispo Calegari

Um comentário:

  1. Estou de férias aqui na Finlandia e gostei desse ótimo post, que chegou no momento certo.Oro para que mais internautas possam ser abençoados por esse ministério que é o seu blog.

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