Enquanto eu orava e agradecia a Deus por minha esposa; chorei por Israel. Não sou judeu, nem filho de judeu; a não ser pelo fato de ser filho espiritual de Abraão, pai dos crentes. No entanto, sei que sou filho da Promessa; assim como o famoso Patriarca. Tenho convicção de que não preciso adotar costumes ou ritos judaicos, para alcançar uma cota maior do amor de Deus; até porque, sei, das pedras Deus pode fazer filhos de Abraão. Respeito os que se esforçam para ser judeus (como se isto lhes conferisse graça maior); todavia, não vejo tal atitude como algo necessário. Sempre respeitei o judaísmo e os limites que me separam dele. Então, não preciso pular esta cerca divisória temporária; pois não me sinto menos servo nem menos filho de Deus por ser quem sou: Um gentio salvo pela graça. No entanto, o que me fez chorar por Israel; é pelo fato deste povo ser odiado por seus próprios parentes; e sem motivos justificáveis. E não estou pensando em ressentimento ligado aos conflitos históricos entre dois povos milenares, que vem atravessando os séculos; eu me refiro à intolerância e ódio extremado; algo como, desejo obstinado de riscar a nação de Israel do "Mapa Mundi".
Pelo que percebo, os adversários de Israel - ao perderem uma guerra - terão sempre a oportunidade de se recompor e buscar uma nova guerra, se assim desejarem. Israel, no entanto, sabe que se perder uma guerra, esta será provavelmente a última; pois, por aquilo que se vê, serão destruídos pelo poder de fogo de um inimigo implacável. Lamentavelmente, as Escrituras predizem um futuro doloroso e sombrio para esta sofrida nação bíblica; justamente por ter rejeitado o Príncipe da Paz que tanto desejam (Jesus). Portanto, como alcançarão a paz, da qual Jesus é o Autor, se não o reconhecem como Senhor? E Jerusalém - tão cantada em verso e prosa - a histórica cidade da paz que não encontra descanso... Posto que, sempre tão cobiçada, foi e continuará sendo uma pedra pesada, rolando, definindo o futuro do mundo; sem que a maioria se aperceba disso. Imagino que as filhas de Jerusalém chorarão muito ainda; até que o Salvador de Israel ponha fim ao seu sofrimento. E quando isso finalmente acontecer; ela não será mais a Jerusalém terrena, cansada de tanta guerra; mas... Será vista em toda a sua beleza e esplendor, vinda do céu de luz: A Nova Jerusalém!
Mas para nós, cristãos, Filadélfia é vera referência: "E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre: Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." (Apocalipse 3.7-13). Pois é o perfil da igreja desejada!
Cordialmente
Bispo Calegari
Bispo Calegari
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