Hoje, após me curvar perante o Deus eterno; fui levado a pensar na herança eterna. De imediato, comecei a refletir em nossa vida neste mundo, tão marcada e influenciada por coisas que vemos e que possuímos. Então, fui levado comparar os valores que temos ao alcance da mão, com os valores que temos por promessa de Deus. E constatei que, na verdade, os bens que temos diante dos olhos podem enfraquecer a nossa visão dos bens que temos na vida futura. Mas... Como assim? Perguntaria alguém. Então, respondo: É que aquilo que está ao alcance dos sentidos (visão, tato, gosto, cheiro) geralmente, se torna objeto de desejo, por dar a sensação de segurança e de posse. Talvez seja esta a razão pela qual a grande maioria das pessoas se apega tanto à vida material; deixando as coisas espirituais em segundo plano. E o pior é que vemos bons cristãos buscando em primeiro lugar os bens materiais; quando a Palavra nos orienta a buscar o reino de Deus e sua justiça em primeiro lugar.
Enquanto eu refletia sobre isso, não pude deixar de pensar na temporariedade dos bens terrenos. Eles envelhecem e se desgastam tão rapidamente quanto a nossa própria condição física. Assim, uma casa nova - que tanto prazer provocou no passado - acaba por se tornar uma peça de museu (isso, quando não é demolida para dar lugar a um novo prédio). E o carro novo? Seu destino é virar sucata ou peça de colecionador. E quanto a nós, seres mortais? As vezes envelhecemos muito mais rápido do que alguns bens que possuímos. Tenho notado, também, que alguns bens que hoje nos inebriam; algum tempo depois nos angustiam. É... Aqui a vida é assim. Mas, falando da herança futura: Ela não se desgastará com o tempo. Até porque, no lugar em que ela se encontra, o tempo não conta. Portanto, procurarei desfrutar com equilíbrio, os bens lícitos e permitidos; mas não me deixarei prender por eles. São tão passageiros como a minha vida física. Prefiro mil vezes o que vem depois!
Este texto indica que as riquezas futuras são bem melhores do que aquilo que temos neste mundo: "A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam." (1 Coríntios 2.4-9). Portanto, é sábio e prudente aquele que põe o seu coração nos bens celestes e não nos bens terrestres.
Cordialmente;
Bispo Calegari
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