No mundo do futebol, conhecemos a história de vários craques, exímios jogadores, quase singulares em sua categoria, que não resistiram ao problemas colaterais causados pela fama e riqueza, produzidas por seu talento. Na verdade, sua capacidade posta à prova, em meio ao brilho de suas conquistas, não resistiu, levando-os à ruina. Tal e qual um fino bibelô que se quebra ao cair, estes talentosos atletas não conseguiram se sustentar, devido a incapacidade de conviver com a fama, com o sucesso. Nessa modalidade, são famosos os casos de condicionamento perseverante de alguns jogadores, modelos de equilibrio, levando-os a uma vida longa e próspera. São também rumorosos, (para não dizermos escandalosos), casos de atletas envolvidos com mulheres e drogas, destruindo assim seu lar e fortuna.
Se observarmos o foco de muitas pregações em nossos dias, vamos encontrar uma ênfase repetitiva em torno do "direito" que temos, para obter "qualquer coisa" em nome do Senhor. Afirma-se aqui e ali, em diapasão crescente e destoante com a bíblia, que podemos "reinar"; podemos ser os "mais prósperos" do lugar em que moramos; os "mais ricos", etc. Alguns pregadores estão procurando reduzir a grandeza do evangelho a um "balcão de promoções".
É fato comprovado nas Escrituras, que a prioridade em seu reino não é o nosso enriquecimento ou a nossa saúde, e sim a nossa entrega, nossa disponibilidade e serventia para a Sua obra. E que seus talentos não são negociáveis com base na fé; e sim distribuidos segundo a capacidade de cada um, capacidade esta que inclui também a fé entre seus componentes. A Palavra afirma que, mesmo possuindo uma fé capaz de proezas em Seu nome, se não tivermos amor, seremos como o sino que soa... barulho sem conteúdo (1 Coríntios 13.2). O que se verifica hoje é que, para muitos, o conceito de vida cristã autêntica tem muito mais a ver com o "ter" do que com o "ser". E isso é preocupante. Pretendemos continuar com este assunto em outra ocasião, focando especificamente o obreiro do Senhor.
Cordialmente;
Bispo Calegari
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