Com este título, estamos inaugurando um novo tipo de blog. Nele, estaremos relatando experiências obtidas ao longo do nosso ministério. Procuraremos contar fatos interessantes que ocorreram, ao longo dos quarenta e dois anos de trabalho ininterrupto que realizamos para o Senhor. E começaremos este projeto, narrando uma experiência que colocamos o título de:
Entre a água e o fogo
Esta experiencia ocorreu em Valadares, quando fui pastor naquela cidade entre os anos de 1973 e 1978. Já era de praxe, em todos os meses, ministrarmos a Ceia do Senhor no primeiro sábado do mes. Esta ceia sempre era precedida de uma semana de jejum e oração no monte. Que benção era subirmos ao monte, todas as noites da semana, nos preparando para a "festa de sábado". E após a Santa Ceia, havia sempre o "sopão da bênção" gratuito para todos os participantes! Era preparado carinhosamente por um grupo de irmãs; daquelas que existem em todas as igrejas (são irmãs que se sentem chamadas por Deus para este tipo de ministério).
Mas naquela semana em especial, haveria algo diferente! Mal começamos a subir o monte do Bairro S. Pedro, na antiga pedreira (hoje é caminho para um condomínio de luxo), começou a chover. Dos cerca de vinte irmãos que subiam o monte comigo, alguns achavam que era melhor voltarmos. Respondi-lhes que estavamos indo ao encontro de Deus; que Ele sabia disso; que a chuva não era para desistirmos, e sim, para perseverarmos na fé.
E lá fomos nós, cheios de confiança! Ao chegarmos no lagedo que circundava a cratera produzida pela exploração de pedra, começamos a orar, em meio a uma forte chuva. Mas sentimos uma grande unção sobre aquele lugar! Em meio aos participantes, havia uma irmã (a irmã Tereza, de saudosa memória, mãe dos Pastores Nivaldo, Gervaldo e Gessivaldo). Ela estava proibida pelos médicos de molhar a cabeça. Vejam só o que aconteceu: Ao final da vigília, ela estava com o corpo todo molhado e a cabeça completamente enxuta! Glória a Deus! Num lampejo de fé, declarei aos irmãos: "Não podemos faltar amanhã, pois, se hoje Deus mandou água; amanhã Ele vai mandar fogo"!
E no dia seguinte, ao anoitecer, lá fomos nós novamente ao monte, em um número maior de participantes. Mal chegamos, começamos a cantar. Eu, com o meu acordeon, acompanhando os corinhos de fogo. Que maravilha! Quando foi chegando a hora de finalizarmos, fizemos um grande círculo de mãos dadas. Começamos, então, a orar para o encerramento. Na verdade, não era encerramento, pois foi aí que começou a melhor parte: De repente, desceu sobre nós uma bola iluminada, do tamanho de uma bola de futebol, e parou a mais ou menos uns 15 metros sobre nossas cabeças, bem no centro do círculo. Ela explodiu em seguida; e cerca de 15 irmãos foram batizados com o Espírito Santo. Nem eu nem os que estavam ali, jamais conseguimos esquecer tão glorioso episódio.
Cordialmente;
Bispo Calegari
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