terça-feira, 30 de março de 2010

Servir é preciso; viver não é preciso (paráfrase)

Texto: Mateus 25.31-46


Existe um ditado popular, muito conhecido e utilizado, que afirma: "Se alguém não vive para servir, então não serve para viver". É uma máxima bem forte; que expressa em seu conteúdo o verdadeiro sentido da existência humana. Viver é servir: Servir a Deus; servir ao próximo.

Se examinarmos os ensinos da Plavra de Deus sobre a importância de uma vida de serviço a Deus e ao próximo, chegaremos a uma conclusão semelhante. A missão de servir é tão relevante, tanto no Antigo como no Novo testamento, que os que optam por este mister, passam a ser conhecidos como "servos" - servos de Deus; servos dos homens.


O proprio Jesus declara que "não veio para ser servido; mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos" (Mateus 20.28 e Marcos 10.45). E quando observamos o seu mover-se entre os homens, constatamos que nunca se negava a servir. Qualquer pessoa, pequena ou grande; pobre ou rica; enferma ou saudável, era atendida e servida.


O Apóstolo Pedro exorta os membros da igreja a viverem em amor, "servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus" (I Pedro 4.10). E dirigindo-se aos líderes da igreja, admoesta-os a se dedicarem ao rebanho sob seus cuidados pastorais: "Não como dominadores sobre os que vos foram confiados; mas servindo de exemplo ao rebanho" (I Pedro 5.3).


No texto em epígrafe, vemos o Senhor Jesus separando aqueles que se apresentam diante dele, em dois grupos: os bodes e as ovelhas. E fica patente que a separação entre ambos os grupos se dá em decorrência do modo como procederam em relação ao atendimento aos que deles dependeram - o serviço que prestaram ou deixaram de prestar. É interessante notar que ambos os grupos se manifestam surpresos com o inesperado julgamento, indagando: "Quando... te servimos?" ou "quando... não te servimos?". Então, aos colocados à sua direita (as ovelhas), Jesus declara: "Em verdade vos digo que sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo os mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mateus 25.40). Quanto aos que foram colocados a sua esquerda (os bodes), sentencia: "Na verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim" (Mateus 25.46). Todos os presentes ouvem então o inevitável veredito: Vida eterna para os que serviram; castigo eterno para os que não serviram (Mateus 25.46).

Resumindo tudo isso, meus irmãos: Vida verdadeira é vida de serviços prestados - a Deus e ao próximo. E quem não demonstra amor e serviço ao seu irmão, a quem vê; como será capaz de amar e servir a Deus, a Quem não vê? (I João 4.20).

Cordialmente;
Bispo Calegari

segunda-feira, 29 de março de 2010

Giro Episcopal pela II Região



Aqui estamos mais uma vez, como acontece às segundas-feiras, para relatar nossas visitas a pastores e igrejas da II Região. Foi gratificante visitar o Distrito de Governador Valadares (não todo ele, pois é bem extenso e volumoso). Como sempre acontece, quando visitamos esta querida cidade, Célia e eu tivemos o prazer de sermos hospedados pelo querido casal - Rubens e Lila (são da família). Sempre tão atenciosos, assim como suas filhas Emily e Giovana, que sempre nos chamam de "vovô" e "vovó". São uma simpatia, sempre tão generosos conosco.



Fomos recebidos calorosamente no Distrito, por seu SD - Pastor Valdívio, recém saído de uma cirurgia de catarata. O Pastor Valdívio esteve sempre ao nosso lado, do começo ao fim da visita. E a querida irmã Isaura, sempre interessada em saber se estávamos bem, se necessitávamos de algo, etc. Um casal muito dedicado.



Iniciamos nossa atividade na terça-feira, visitando a querida IMW do Conjunto SIR. Fomos recebidos pelo Pastor Eurico, juntamente com sua esposa Cleuza e sua sogra - a tão conhecida irmã Serafina, cuja vida tem sido instrumento de Deus para abençoar a muitos em Valadares. Havia muita gente no culto. Um abençoado quarteto entoou hinos tocantes; coral, senhoras e jovens também tiveram participação muito abençoada. O Pastor Valdívio nos apresentou e orou em nosso favor. A Palavra pregada foi marcada por unção e o povo respondeu, buscando renovação no altar do Senhor.


Na quarta-feira, rumamos para a IMW do Bairro Santos Dumont; encontramos lá um ensaio de jovens em andamento. Fomos muito bem recebidos pela esposa do Pastor Valdir, não estava informada quanto a um culto agendado ali nessa noite. Celia e eu entendemos que Deus nos dava a oportunidade de visitar o Pastor Valdívio em sua casa, onde passamos algumas horas, em animada conversa, desfrutando da agradavel companhia, tanto dele como da irmã Isaura.


Quinta-feira pela manhã, fomos conhecer o salão em que se congrega a Congregação do Bairro Grã Duquesa, (o Pastor Isaías, dirigente da congregação, nos aguardava). E a noite, participamos de abençoado culto na IMW do Bairro Universitário, onde tivemos a alegria de abraçar o Pastor Antonio Carlos e sua esposa, a irmã Luciene. Conversamos também com o Presbítero Teodoro, um entusiasta em planejamento e coordenação de atividades.


Sexta-feira almoçamos com o Pastor Alvino e irmã Alcione (mas, que delicioso frango com quiabo, incluindo um suculento angú entremeado com molho de carne moida. Gostosíssimo!). Tivemos a companhia do Pastor Valdívio e irmã Isaura, e também do Arildo e Alcidéia, respectivamente genro e filha do casal anfitrião. Foi um momento de grande comunhão e prazer.


A tarde, fomos visitar um dos homens que me apoiaram muito em meu ministério em Valadares - o querido Presbítero Teodomiro. Ele e sua esposa, irmã Ana, nos receberam com emoção (fiz-me acompanhar do Pastor Valdívio, para que o mesmo conhecesse aquele valoroso lutador). conversamos, rimos e choramos juntos. Impressiona a vitalidade do irmão Teodomiro, com seus oitenta anos, parecendo um homem de sessenta. A noite estivemos na igreja do Bairro S. Pedro, sendo recebidos pelo Pastor Antonio e a irmã Adriana, sua esposa. Foi um culto de grande unção.


No sábado, tivemos uma reunião administrativa com os pastores Valdívio e Menegueli, respectivamente SD e Diretor do CEFORTE. Enquanto isso, Célia e Isaura visitavam o mercado municipal de Valadares. Após o almoço, o Pastor Valdívio e eu rumamos para Mantena. Demos uma paradinha na casa do Pastor Alcir, em Divino das Palmeiras. Em Mantena, nos reunimos com o Pastor José Sérgio e sua esposa, irmã Arelli, para conversarmos sobre a congregação de Vila Nova - motivo de nossa ida a Mantena. Dali, fomos para uma reunião com a liderança da Congregação de Vila Nova e, sob a presidida pelo Pastor Valdívio, ouvimos as reinvindicações daqueles irmãos. Ao final, tomamos a decisão inevitavel: transferimos a liderança da congregação para o Pastor Valdívio, que a presidirá, embora sua liderança local continue com o Presbítero Neraci. Em seguida, jantamos em casa do Presbítero Neraci (que janta abençoada!). Chegamos em Valadares por volta de uma da manhã.


Mas seria injusto não fazer referencia ao trabalho do "Desperta Débora", realizado neste sábado, a convite do Pastor Gilson e sua esposa - a irmã Cláudia, sob a liderança da irmã Maria Célia, realizado na IMW do Carapina. Muitas mulheres de diversas igrejas wesleyanas de Valadares se reuniram neste grande encontro no Carapina (a IMW do Bairro S. Raimundo, inclusive, fretou um ônibus!). Foram momentos de grande edificação.


No domingo de manhã fomos visitar a IMW do Bairro S. Helena, sob a direção do Pastor Silair que, com a irmã Sélia (com "esse" mesmo!) sua esposa, nos deu calorosa recepção. Foi um maravilhoso momento na presença do Senhor. Após a Escola Bíblica, Célia e eu fomos almoçar em casa de uma grande amiga de longa data - a irmã Ana; tivemos o prazer de conhecer seu marido - o Antonio. Ambos se desdobraram em atenções a nós, servindo-nos um suculento almoço (eta! franguinho com quiabo abençoado, acompanhado de angú com fubá grosso e um molho de pimenta "dedo de moça" como nunca havia visto). Conversamos muito e construimos uma grande amizade com o Antonio.


A noite de domingo chegou! Culto comemorativo dos 42 anos de existência da IMW Central de Governador valadares. Pregar nesse culto foi uma missão dificílima para mim. Célia também estava muito emocionada. Lembramos fatos importantes ocorridos ao longo da história daquela "igreja mater". Muitos pastores e igrejas foram gerados nela. Recordamos publicamente de lideranças importantes que fazem parte da história da querida "igreja central". Com direito a bolo, parabens, e tudo o mais! Realmente, foi muita emoção para uma semana só. Glória a Deus!


Cordialmente;
Bispo Calegari


sábado, 27 de março de 2010

Tão perto da bênção - tão longe de Deus (Parte II)


"Achava-se ali um homem que, havia 38 anos, estava enfermo. E Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são? Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que, ao ser agitada a água, me ponha no tanque; assim, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Disse Jesus: levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente o homem ficou são; e, tomando o seu leito, começou a andar. E aquele dia era sábado." (João 5.5-9).


Como os amados irmãos devem ter notado, procuramos apresentar alguns destaques na primeira parte da reflexão: Por exemplo, o palco dos milagres (o tanque de betesda); a causa dos milagres (a presença de um anjo); o sinal da presença (o movimento das águas); os possíveis equívocos (uma pedra jogada, casualmente ou intencionalmente, nas águas); a multidão ávida por milagres (todos na esperança de chegarem primeiro).


No entanto, o ponto fundamental desta reflexão é o aparente estado daquele homem enfermo. Observando o seu estado, percebemos três detalhes interessantes:
1. Ele estava bem perto da benção, a ponto de poder alcançá-la se não fosse impedido por grave deficiência física;
2. Ele tinha como foco o movimento das águas; e buscava em homens o apoio para alcançar seu objetivo;
3. Ele estava tão longe de Deus, a ponto de não perceber quando Jesus se aproximou dele. Resumindo: Deus estava perto dele; mas ele estava longe de Deus.


Se considerarmos atentamente o estado de muitos em nossos dias, mesmo dentre os que se dizem "cristãos de carteirinha", vamos perceber que a situação não é muito diferente. Alguns chegam até mesmo a ter uma postura exatamente igual. Vejamos alguns casos semelhantes:


Existem aqueles que estão sempre olhando a água; esperando o seu movimento; passivos, como que hipnotizados, em sua contemplação do espelho d'água. Vivem sempre mergulhando, mas frustrados para não serem contemplados com o pretendido milagre. Correm constantemente o risco de serem traídos por uma ilusão de ótica (como as vezes ocorre conosco, quando nos olhamos no espelho e o mesmo parece mover-se), ou mesmo por um movimento causado pelos mais diversos motivos.


Existem também aqueles que estão sempre atribuindo suas perdas e impossibilidades a outras pessoas. Sempre dizendo que: "ninguém me ajuda"; "não há alguém que se preocupe comigo e me carregue"; "estou ficando prá trás"; "outros têm mais sorte", etc. etc. etc. O que ocorre é que, na maioria das vezes, as nossas dores e frustrações parecem doer menos quando procuramos um culpado do lado de fora (quando, na verdade, o culpado está dentro de nós mesmos). Se, ao invés de procurarmos entre as pessoas o culpado pelo nosso infortúnio, procurássemos olhar o espelho da nossa própria consciência, veríamos então o rosto do verdadeiro culpado refletido ali.


Existem igualmente aqueles que, absortos em sua contemplação do espelho d'água, não se dão conta de que Jesus está no meio deles; passando entre eles, pronto para socorrer, para mudar sua sorte. Tão proximos da bênção! Prontos para correr atrás dela, ao primeiro sinal do sobrenatural; e no entanto, sempre ultrapassados em sua tentativa. Não percebem que, em sua obstinada busca pela bênção, o Abençoador está bem mais perto do que imaginam.


Concluo, citando a primeira estrofe do hino composto e cantado pelo Pastor Jorge Camargo - nosso SD do Distrito de Cachoeiro do Itapemirim:



"Não vou correr atrás da minha bênção;

mas vou na frente, confiante no Senhor.

Quem corre atrás; corre, cansa e não alcança;

pois quer a bênção, não o Abençoador".



Cordialmente;
Bispo Calegari

sexta-feira, 26 de março de 2010

Tão perto da bênção - tão longe de Deus (parte I)


"Achava-se ali um homem que havia trinta e oito anos estava enfermo" (João 5.5)


É muito interessante o quadro. O texto revela a presença de uma multidão em volta do poço, esperando o momento de ser abençoada. Muita espectativa, face à provavel chegada de um anjo que tocava a água do poço. E aí, a temporada do milagre estava aberta! E o primeiro a mergulhar levaria o prêmio - um dentre tantos carentes, levando consigo a sua cura.
Não havia a menor dúvida quanto ao fato de que um anjo realmente descia ali (o próprio texto afirma isso - uma presença sobrenatural, porem invisivel aos olhos humanos). O sinal era o movimento das águas - o passaporte para a correria generalizada.
Ocorre que, pelo fato do anjo não ser visto, qualquer movimento nas águas provocava a "corrida do milagre", mesmo que tivesse sido apenas o barulho de uma pedrinha na água. E tenho em mim uma sensação de que, muitas vezes, este equívoco produzido pela "pedrinha na água" levava uma multidão a mergulahr no famoso poço. E como a benção da cura era garantida apenas ao primeiro que mergulhasse; em ocasiões assim, a frustração não era de 99,999% e sim de 100% dos equivocados.
E estava ali um homem... tão perto da bênção; tão longe de Deus.
Não tenho condições de continuar com a reflexão. Pretendo continuar amanhã, se Deus me permitir.


Cordialmente;
Bispo Calegari

(Ah, a Radio "A Palavra" estará no "ar" ainda hoje, pela graça de Deus)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Julgando e sendo Julgados
"Nenhum poder terias contra mim, se do Céu não te fosse dado" (João 19.11)
Muitas vezes, nos deparamos com textos que desafiam a nossa imaginação; o nosso discernimento. E podemos considerar o texto em epígrafe, um desses textos. Aliás, uma análise cuidadosa do assunto, à luz das Escrituras, irá constatar o principio da hierarquia e da autoridade impregnando as páginas das Escrituras, como sendo algo de Deus. E sua aplicação, por parte dos que recebem este poder, pode contribuir tanto para o nosso bem como para o nosso mal.
"Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus" (Romanos 13.1)
Durante o julgamento de Jesus, ali estava ele perante o homem que se apresentava como o seu juiz. Sim, Pilatos detinha o poder de entregá-lo aos seus inimigos, ávidos por seu linchamento, sedentos por uma "justiça" que tinha tudo à ver com seus interesses pessoais e egoístas. Ele podia também absolvê-lo de tudo aquilo, se o quisesse. A multidão clamava pela crucificação de Jesus; açodada pela voz que vinha lá detrás, dos verdadeiros arquitetos de tudo aquilo, ocultos no meio da multidão manipulada. E Jesus declara válida a autoridade de Pilatos, condedida pelo próprio Deus, ainda que discordando do seu critério, pelo qual responderia um dia diante do Supremo Juiz.
O Sinédrio sabia que a única possibilidade de sentenciar Jesus aos olhos de Roma, seria mediante um ato "legal"; por decisão condenatória de quem detinha o poder legitimanente garantido pelo Império. Jesus era o réu, segundo o juízo do Sinédrio. Pilatos era o instrumento capaz de tornar legal a aplicação da pena. A multidão era apenas um joguete em toda aquela cena. E o próprio Jesus não contradiz a autoridade do julgador.
Nós também, ao longo de nossa existencia, nos tornamos alvo do julgamento de pessoas que detem o poder para decidir sobre nossas vidas. E, de modo geral, ou nos sentimos aliviados ao sermos absolvidos; ou recalcitramos quando a decisão nos desfavorece, ou quando nos sentimos injustiçados por aquele que nos julga. Todavia, o fato de existirem "dois pesos e duas medidas" no julgamento que nos penaliza; ou mesmo um ato de injustiça que porventura soframos quando somos julgados; tais harbitrariedades não desqualificam a autoridade de quem foi levantado por Deus para nos julgar. Precisamos saber que o Principio da Autoridade tem sua origem em Deus, que a outorga a quem lhe compraz, muitas vezes utilizando os instrumentos reguladores da escolha de quem deva exercê-la; ou em nome de Deus; ou em nome de uma Instituição; ou em seu próprio nome.
No entanto, seja qual for o marco regulatório que determina a autoridade de alguém sobre outrem, de uma coisa podemos ter certeza: Deus há de cobrar de todos os que detem o poder, o modo como o utilizam, como o exercem. O julgamento de Deus sobre os julgadores, seguirá o seguinte critério: Será sem misericórdia, para os que julgam sem misericórdia; será sem piedade, para os que julgam impiedosamente; será inflexivel, para os que são inflexiveis em seu modo de julgar; será piedoso para com os piedosos no modo de julgar; será misericordioso para com os que usaram de misericórdia.
Em suma: Se proventura nós - julgadores de plantão - formos justos ou injustos no modo como julgamos aqueles que foram entregues sob nossa autoridade, ou daqueles que cairam em desgraça e ficaram à mercê do nosso julgamento; precisamos saber que jamais escaparemos do julgamento de Deus sobre nosso modo de julgar. E podemos ter a certeza de que Seu julgamento será justo, infalivel; pois Ele é aquele que julga segundo a reta justiça.
Portanto, muita atenção devem ter os julgadores de plantão!
Bispo Calegari

segunda-feira, 22 de março de 2010

Giro Episcopal pela II Região

Pois é, amados irmãos, estamos retornando de mais um giro pela querida II Região, sob nossa responsabilidade espíritual e administrativa. Posso antecipar que excedeu as espectativas. Foi sobrenatural! O ponto de partida foi a grande reunião de obreiros dos Distritos "BBC" (Belo Horizonte, Betim e Contagem, rsrsrs). Na sexta-feira pela manhã, em um clima de edificação e comunhão, nos reunimos com os SSDD dos tres distritos - Pastores José Damião Rodrigues de Souza (BH), Bartolomeu Rodrigues de Souza (Betim) e Benildo Torralba Maldonado (Contagem), que foi nosso anfitrião, oferecendo as instalações da IMW I do Industrial, servindo-nos um suculento café. O nivel de aproveitamento foi excelente! Mas, precisávamos dar sequência ao trabalho de visita a algumas igrejas; e nosso compromisso era com o Distrito de Betim, conforme previamente agendado.
Na noite de sexta-feira, estivemos na igreja em organização do Bairro Universal, sob o comando do Pastor Luiz Carlos, onde fomos recebidos pelo mesmo e por sua esposa - a irmã Inês, juntamente com seus filhos, todos levitas no templo. Fiquei impressionado com a frequência, por não ser dia normal de culto. O salão estava repleto. Sinto que Deus me deu uma palavra profética para a igreja, num clima de genuino avivamento. O Pastor José Damião me acompanhou na visita e ficou deveras impressionado com o nivel de desenvolvimento daquela igreja, que passou a fase de emancipação no concílio de dezembro passado.

No sábado, tive o prazer de almoçar com o Pastor Gilberto, da querida IMW do Palmeiras, Distrito de BH. Com a presença de Juliana, que além de sua esposa, é sua colega de profissão (também advogada) e companheira dedicada na obra do Senhor, nos dirigimos a um almoço inesquecível, no hotel fazenda "Solar do Engenho" (na BR 040). Foram momentos de conversa informal e descontração, muito agradáveis. Prometi levar Maria Célia na próxima (ela foi impedida de me acompanhar por problema temporário de saúde).

Nesse mesmo dia, à tarde, fui conduzido pelo Aspirante Marcelo até a querida IMW de Sitio Poções, onde este amado obreiro vem fazendo um ministério de grande impacto. Vidas estão sendo conduzidas a Deus, mediante um trabalho dedicado, criativo e de grande espiritualidade. Sua esposa, a irmã Verônica, nos ofereceu um delicioso lanche, demonstrando muita alegria e dedicação, ombreando com seu esposo nesse grande desafio que é trabalhar na edificação da comunidade. No culto da noite, supreendeu-me o grupo de irmãos, a maioria alcançada pelo ministério do Aspirante Marcelo. Senti particular alegria ao reencontrar, depois de tantos anos, o Presbítero José Florentino, que conheci quando pastoreei a IMW em Governador Valadares na década de 70. Posso afirmar, sem a menor sombra de dúvida, que Deus agiu e edificou Seu povo, em um culto marcado por Seu glorioso mover. E o caldo de feijão, servido pela querida irmã Marlene, selou a alegria e comunhão de todos nós que ali estivemos.

No domingo pela manhã, tive o grande prazer de visitar a também igreja em organização do Bairro Jardim Alterosa, sob o eficiente comando do Pastor Willer, em sua primeira missão como pastor titular. Tanto ele como sua esposa Soraia, nos receberam à porta do templo, com maravilhosa frequencia. Fiquei comovido com tudo o que vi: uma membresia amorosa, interativa; uma escola dominical enriquecida por participação atenta de todos. O Pastor José Damião acompanhou-me também a esta visita e compartilhou comigo do seu prazer com tudo o que viu ali. Encontrei uma querida irmã, que tive o prazer de pastorear a vários anos, em Governador Valadares. Como foi emocionante o reencontro, especialmente ao vê-la participando ativamente da obra, inclusive conduzindo os presentes no entoar de dois belos hinos do "Cânticos de Adoração".

Percebi, quase ao findar da EBD, a chegada do Pastor Francisco Quesado, pastor da nossa igreja no Bairro Novo Amazonas. Ele foi buscar-me, para almoçarmos juntos em sua casa. Enquanto a sua esposa, a irmã Georgina, preparava o almoço, fomos visitar duas congregações da igreja, ambas com templo próprio. Na altura, sonhamos juntos com o desenvolvimento do campo e o nascimento de novas IMW naquela área sob seu comando. Foi um almoço de grande prazer e comunhão, marcado por visivel alegria e companheirismo. Seus filhos e seu genro se uniram a nós, em um clima descontraído e de grande prazer. A noite foi marcada por um culto inesquecivel, pois dava-se a reinauguração do templo da IMW do Novo Amazonas. Mesmo com chuva, o templo ficou superlotado. Uma grande unção foi derramada pelo Senhor; o altar ficou repleto de vidas que se chegaram, atendendo ao nosso convite. Foi glorioso!

Dali, dirigi-me à casa do Pastor José Damião, onde estive hospedado durante os dias em que fiquei em BH, pois teria que viajar logo após o jantar (que salmão assado delicioso!). Não tenho como agradecer a sua esposa, a querida irmã Gleci, por todo o carinho demonstrado; pelos cafés da manhã, sempre fartos, no nivel de bons hoteis, e as gostosíssimas sopas, que ela faz com apurado gosto, que sempre tomamos juntos antes de dormir, conversando em volta da mesa da cozinha, contando estórias e experiências, sempre com sorriso aberto. Também não posso deixar de agradecer aos queridos amigos: o Pastor Luiz Carlos e Inês; Aspirante Marcelo e Verônica; Pastor Willer e Soraia; e Pastor Quesado e Georgina.

A única nota a lamentar em tudo, foi a ausencia inevitável de minha querida esposa e companheira de ministério, a irmã Maria Célia. Todos sentiram sua ausência, pois tem sempre uma palavra inspirativa e de incentivo, que consegue motivar as irmãs, sempre destacando a importância do ministério "Desperta Débora" (se Deus permitir, ela estará atuante no II ESPA - dias 23 a 25 de abril).

Mas, é apenas um curto intervalo, pois já estamos de malas prontas, nos preparando para mais um giro, que se inicia amanhã, e desta vez o contemplado é o Distrito de governador Valadares, sob o comando do querido companheiro - o Pastor Valdívio. Sobre isso, darei notícias na próxima segunda-feira, se Deus permitir.

O amigo e irmão de sempre;

Bispo Calegari

terça-feira, 16 de março de 2010

Morrer é Preciso

Ao longo dos últimos dias, tenho procurado entender melhor esta relação entre a morte e a vida. E para termos uma noção mais clara do tema, precisamos estar atentos ao que a Palavra de Deus nos ensina sobre a vida e a morte. Jesus disse que "Se o grão de trigo, caindo em terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto" (João 12.24).

Um exame mais atento da natureza, há de revelar que a frutificação pode ser vista como a razão de ser de toda a semente. As vezes nos deparamos com sementes harmoniosamente reunidas, constituindo uma bela peça decorativa, na forma de um colar, um belo ornamento. Vivemos o momento da "biojoia" - adereço que representa uma forte tendencia nos dias atuais, considerado ecologicamente correto. Entretanto, uma semente não foi vocacionada a ser uma peça de decoração. Ela tem uma missão mais nobre, que implica em morrer. Parece trágico, mas é o ciclo da vida. A vida explode através da sementeira.

Quando Jesus afirma que "o semeador saiu a semear", pelo menos um de seus objetivos é focar duas importantíssimas premissas:
A primeira delas, é que a "semente" precisa chegar ao seu destino - o solo. Em seu túmulo sob a terra, o milagre da vida se inicia - distante dos olhos e da curiosidade. Confinada em um recipiente, a semente fica impedida de cumprir esta que é a sua maior missão.
A segunda, é que os diversos tipos de solo podem provocar resultados também diversos (isto seria assunto para um outro comentário). Em suma: por mais saudável e fértil que uma semente seja, a qualidade do solo pode comprometer o sucesso de sua missão.

A dias atrás, declarei que morrer é preciso, referindo-me a partida de dois dos mais ilustres "filhos" da IMW - os Bispos Nilson de Paula Carneiro e Onaldo Rodrigues Pereira, ambos de saudosa memória. Suas vidas, tal e qual uma semente, morreram para frutificar e gerar novas vidas. E no mundo espiritual, tanto como no mundo natural, pelas mais diversas razões, morrer é preciso! Por que?
1. Morrer é preciso; porque a renovação do próprio ser exige este processo. Na verdade, esta é a causa primária da essencia da renovação. Se observarmos atentamente, veremos que a proliferação da vida tem o seu canteiro gerado e adubado na própria morte.
2. Morrer é preciso; porque este é um princípio bíblico. Na visão profética de Francisco de Assis, "é morrendo que nascemos para a vida eterna". Parece um paradoxo! Todavia, para nós, a eternidade ligada a sua inevitável plataforma de lançamento - a própria morte.
3. Morrer é preciso; porque a morte, ao se manifestar, nos liberta da solidão. Jesus declarou que o grão de trigo fica solitário se não morrer. Quantas vezes nos sentimos tão solitários, mesmo estando cercados por uma multidão. O próprio Jesus, em sua solidão, tornou-se semelhante a nós, para poder morrer. E mediante sua morte, nos tornamos semelhantes a ele - uma grande e incontavel multidão.

Quero concluir, afirmando que não ignoro a existencia de diversos tipos de "morte". Inclusive, valorizo em muito algumas metáforas interessantes dela decorrentes. E mesmo me detendo em apenas um deles, isso não significa que outros tipos sejam por mim descartados, ou que esta reflexão esgote o tema. O que ocorre é que não tenho aqui espaço para refletir sobre eles.

Bispo Calegari

domingo, 14 de março de 2010

Giro episcopal pela II Região




Pois é, Célia e eu saimos ontem, para cumprimento da agenda episcopal de visita às igrejas da II Região. Chegamos a Itabira por volta das 15 horas, e nos dirigimos para a casa do Pastor Eduardo - pastor da IMW em Itabira. Após tomarmos café em sua casa, preparados pela irmã Ana Paula, fomos em seu carro a procura de nossa igreja da cidade de Morro do Pilar, a mais de cem quilometros de distancia, em estrada de terra em mau estado; uma viagem cheia de sobressaltos.

Chegamos a pequena cidade de Morro de Pilar, com cerca de cinco mil habitantes e encontramos o pequeno templo wesleyano, ja com alguns irmãos reunidos para a adoração ao Senhor (eles nem imaginavam que o Bispo da II Região ali chegava). Perguntamos pelo endereço do Pastor Divino e fomos ao seu encontro. O encontramos vindo em direção a igreja, o qual demonstrou grande supresa e algum espanto ao nos ver. Ficou como que fora de si. Fomos a sua casa, ainda inacabada, e fomos muito bem recebidos pela irma Érica, sua esposa; ambos demonstrando a maior das alegrias por nos receber em sua casa. Serviram-nos um café com um queijo do lugar, delicioso.

Fomos em seguida para o templo, bem próximo da casa, com uma ótima frequência; os irmãos vendo pela primeira vez um bispo wesleyano. Ministrei uma palavra de edificação e incentivo. A unção de Deus veio sobre nós de modo maravilhoso, produzindo grande quebrantamento em todos os presentes. Viajamos em seguida, pois tinhamos que dormir em Itabira, para sair hoje de manhã para Sta. Maria de Itabira, onde tivemos um culto maravilhoso pela manhã. Célia falou sobre o Desperta Débora e discorri sobre efésios 1.3. Veio grande unção e edificação sobre os irmãos. Em seguida fomos para a casa do Presbítero Gerley Lopes e sua esposa, que nos receberam com um delicioso almoço.

Finalizando a agenda, fomos para o culto na IMW de Itabira. Tudo transcorreu num clima de grande unção e poder. O louvor, as orações... e até os anúncios foram ungidos pelo Senhor. Célia foi inspiradíssima ao divulgar o Congresso Geral de Missões e Ação Social, que será realizado em Serra Negra, SP; divulgou também o II ESPA, que será realizado no Acampamento do MPC, dirigido pelo nosso irmão e amigo - Pastor Marcelo Gualberto, nos dia 23 a 25 de abril próximo. Todavia, quando começou a falar no Ministério Desperta Débora, seus olhos brilhavam e sua voz embargou, pois está profundamente comprometida com esta visão. E aproveitou para orar pelos filhos (biológicos, adotivos, espírituais).
Ministrei sobre João 6. Proclamei a ênfase dada pelo Senhor Jesus a vontade do Pai. Mostrei como Jesus sintetizou a vontade do Pai expressa como prioridade absoluta na vida dos que pretendem seguir os Seus passos. Pautei a necessidade de nos nutrirmos de Jesus para termos vida em nós mesmos, para permanecermos nEle e Ele em nós, e para sermos ressuscitados por Ele. Concluí declarando que, se nos alimentarmos dEle, viveremos por Ele; para sempre com Ele. O Pastor Eduardo presidiu a Ceia do Senhor, num clima de muita espíritualidade e quebrantamento, e todos fomos grandemente edificados pelo Senhor.

Missão cumprida! Até a próxima!

Bispo Calegari

sexta-feira, 12 de março de 2010

Para se viver eternamente, morrer é preciso!

Nos últimos dias, a Igreja Metodista Wesleyana foi dolorosamente golpeada pela morte de dois dos seus mais nobres representantes - os Revmos Bispos Nilson de Paula Carneiro e Onaldo Rodrigues Pereira:



Bispo Nilson e sua amada esposa

1. Em 02/03/2010, faleceu o Bispo Nilson de Paula Carneiro [1], depois de sofrer e carregar em seu corpo as marcas de prolongada enfermidade. Deixa viúva a irmã Helina, sua esposa e companheira de todos os momentos; filhos, genros e netos; todos tendo que conviver com a dor da saudade que, geralmente, faz sofrer aqueles que por tanto tempo desfrutaram de sua tão agradável companhia.


Bispo Onaldo



2. Em 09/03/2010, faleceu o Bispo Onaldo Rodrigues Pereira [2], vitimado que foi por não menos cruel enfermidade, que se manifestou e ceifou sua inesquecivel vida em tão curto tempo, dando a todos nós a impressão de que sua perda foi apenas um sonho mau. Deixa viúva a irmã Elenir, esposa e companheira sempre presente, bem como suas filhas genros e netos; todos eles, certamente, feridos por tamanho infortúnio; privados da presença do esposo, pai, sogro e avo.



É fato reconhecidamente notório, que ambos deixam um legado da valor incalculável, tanto de fé como de testemunho cristão - a maior herança que um santo pode deixar. E este legado, marcado por "santidade como estilo de vida", tem servido de referência para todos os que pretendem seguir seus passos no Ministério da Palavra. Estou certo de que tamanho legado jamais será esquecido por aqueles que com eles trabalharam e conviveram.

Aproveito o ensejo, para dedicar a ambos o seguinte texto bíblico: "bem aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor, sim diz o Espírito; para que descansem dos seus trabalhos e suas obras os sigam" (Apoc. 14.13). E estou certo de que esta dedicatória contribui em muito para enaltecer a memória daqueles que a isso fizeram juz.

Sabemos que não é tarefa simples explicar, ou mesmo fazer entender, a relevância da morte aos que por ela são diretamente afetados. O drama provocado por morte na família, costuma lançar em uma espécie de limbo de sofrimento, solidão e angústia aqueles que por ela são vitimados, feridos, enlutados. Não resta a menor dúvida que se pudéssemos analisar o rastro da morte, haveríamos de vê-lo marcado pelas lágrimas dos que foram temporariamente separados, de maneira tão trágica, de seu ente querido. E se pudéssemos ver um pouco mais, poderíamos ter este sofrimento amenizado, ou mesmo anulado, mediante a contemplação da etapa final, até onde esse rastro leva. Todavia, esta visão do "começo" nos está temporáriamente vedada (que pena). É crer para ver!

Sabemos que a Palavra de Deus no afirma que "preciosa é à vista do Senhor a morte de Seus santos" (Salmo 116.15). Todavia, um texto como este, em toda a sua grandeza, só poderá ser perfeitamente compreendido por nós, quando pudermos constatar "in loco" a glória e beleza do Reino que nos está reservado por "Aquele que nos ama e pelo Seu sangue nos libertou dos nossos pecados" (Apoc. 1.5). E até que esse dia chegue, precisamos andar "por fé e não por vista". Precisamos ter a convicção de que, no mundos dos mortais: morrer é preciso; apesar de sempre parecer nunca termos vivido o suficiente.

Com votos de pesar, neste momento quero manifestar que compartilho da dor e do sofrimento das famílias e irmãos queridos, que, como eu, sempre os guardarão na memória.


Bispo Calegari


Fontes:

[1] "Falece em Belo Horizonte o Bispo Nilson de Paula Carneiro" (
http://www.imwvitoria.com.br/, 07/03/2010)

[2] "Aos 70 anos, morreu o Bispo Onaldo Rodrigues Pereira" (
http://www.imwvitoria.com.br/, 10/03/2010)

segunda-feira, 8 de março de 2010

Cumprindo a missão!




Prezados irmãos em Cristo e amigos,

Este é o início de mais uma ferramenta de comunicação e divulgação de palavras e sentimentos que Deus tem ministrado ao meu coração durante a árdua tarefa, porém prazerosa e honrosa missão que Deus me incumbiu ao liderar a 2ª Região Eclesiástica da IMW.

Neste espaço pretendo divulgar as visitas que tenho realizado às igrejas da Região, assim como compartilhar experiências e desafios que tenho vivenciado durante os trabalhos desenvolvidos no campo missionário, em conjunto com a minha amada esposa, a Missionária Maria Célia.

Estejam à vontade para comentar os conteúdos com liberdade no amor de Cristo e que Deus possa usar este meio para abençoar as vossas vidas e as de todos aqueles que são alcançados pelos vossos ministérios.

No amor de Cristo!

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