Na sexta-feira passada, Célia e eu pernoitamos na fazenda do Presbítero Nadelson. Por volta das quatro horas da manhã, Célia e eu nos levantamos para orarmos a Deus. Ela sentia necessidade de orar pelo "ESPA do Coração Abrasado" - de 18 a 22 de julho, no Acampamento Salém - com esposas de pastores e obreiros da II Região; eu trazia comigo um sentimento de angústia que me obrigava a orar intensamente. Mesmo sem ter combinado esta oração, despertamos juntos para orar; tão distantes de tudo (só aqueles que conhecem S. Francisco do Guaporé, podem entender o sentido da expressão "distantes de tudo").
Enquanto ela e eu orávamos pelas esposas de pastores e obreiros da II Região, senti profunda necessidade de definir algumas coisas sobre a oração. E posso garantir que isso não é algo tão simples como parece! Chorei um pouco, por não ter a força de vontade necessária para priorizar a oração acima de qualquer outra coisa. Fiquei ali algum tempo - em silêncio e ajoelhado diante do Pai - procurando entender melhor e aprender a superar as barreiras que tentam me impedir de orar. Enquanto eu orava, me questionei e defini em meu íntimo que não devo negar ao meu espírito a oportunidade e o dever de orar. Prostrado diante do Senhor, entendi que a diferença entre orar e deixar de orar é a mesma diferença entre comer e deixar de comer; de respirar e deixar de respirar... E clamei pela ajuda de Deus.
Desde a muito, sei que não existe razão alguma que seja mais importante do que orar e estar na presença de Deus. Tenho a impressão de que quando deixo de orar, deixo de ter direito a vida. O interessante é que enquanto eu me debatia, crescia em mim o sentimento de que - do mesmo modo em que a oração que faço me dá a condição de estar de pé - a oração que deixo de fazer encurta os meus dias; tanto quanto me fragiliza e me anula como servo de Deus que sou. Enfim... Não devo deixar de orar, seja por que motivo for, sob pena de perder o melhor de Deus para minha vida, em todos os sentidos.
Ao dar uma olhada no relógio, percebi que já era quase cinco da manhã - em um quarto de uma casa de fazenda, no meio da imensidão do Vale do Guaporé, a caminho de Costa Marques, na divisa do Brasil com a Bolívia - e me dei conta de que ainda não consegui orar como devia. Mas, breve verei surgir um novo dia; e, com toda a certeza eu digo, Deus me dará meios para servir e aprender; e, com o alvorecer, terei tempo para aproveitar as novas oportunidades que Ele me dará... E um resto de vida para viver e orar; ou, para orar e viver... Até que não haja mais dia nem noite na nova vida que virá depois.
Cordialmente;
Bispo Calegari
Enquanto ela e eu orávamos pelas esposas de pastores e obreiros da II Região, senti profunda necessidade de definir algumas coisas sobre a oração. E posso garantir que isso não é algo tão simples como parece! Chorei um pouco, por não ter a força de vontade necessária para priorizar a oração acima de qualquer outra coisa. Fiquei ali algum tempo - em silêncio e ajoelhado diante do Pai - procurando entender melhor e aprender a superar as barreiras que tentam me impedir de orar. Enquanto eu orava, me questionei e defini em meu íntimo que não devo negar ao meu espírito a oportunidade e o dever de orar. Prostrado diante do Senhor, entendi que a diferença entre orar e deixar de orar é a mesma diferença entre comer e deixar de comer; de respirar e deixar de respirar... E clamei pela ajuda de Deus.
Desde a muito, sei que não existe razão alguma que seja mais importante do que orar e estar na presença de Deus. Tenho a impressão de que quando deixo de orar, deixo de ter direito a vida. O interessante é que enquanto eu me debatia, crescia em mim o sentimento de que - do mesmo modo em que a oração que faço me dá a condição de estar de pé - a oração que deixo de fazer encurta os meus dias; tanto quanto me fragiliza e me anula como servo de Deus que sou. Enfim... Não devo deixar de orar, seja por que motivo for, sob pena de perder o melhor de Deus para minha vida, em todos os sentidos.
Ao dar uma olhada no relógio, percebi que já era quase cinco da manhã - em um quarto de uma casa de fazenda, no meio da imensidão do Vale do Guaporé, a caminho de Costa Marques, na divisa do Brasil com a Bolívia - e me dei conta de que ainda não consegui orar como devia. Mas, breve verei surgir um novo dia; e, com toda a certeza eu digo, Deus me dará meios para servir e aprender; e, com o alvorecer, terei tempo para aproveitar as novas oportunidades que Ele me dará... E um resto de vida para viver e orar; ou, para orar e viver... Até que não haja mais dia nem noite na nova vida que virá depois.
Cordialmente;
Bispo Calegari