sábado, 22 de novembro de 2014

Na presença do Senhor


Um das lições que aprendo, sempre que vou ao lugar de oração; é a perceber a diferença entre religiosidade e vida com Deus. Tenho notado que mesmo o conhecimento da Bíblia - ou seu estudo sistemático - não é suficiente para produzir vida com Deus (se fosse, não haveria tantas heresias nascidas de um conceito errado sobre aquilo que a Escritura diz). Aos pés do Senhor, aprendi que a religião se sente bem sob com qualquer manto (budismo, islamismo, animismo...Até mesmo o do cristianismo); e que a religiosidade - seja qual for o seu disfarce - induz aos mesmos erros de auto avaliação (de que somos "bons"; de que estamos "com Deus"; de que temos a "verdade"). Daí, o perigo da religiosidade pura e simples, qualquer que seja o seu disfarce; pois ela nos dá a falsa sensação de que estamos no caminho certo e de que podemos servir a Deus do nosso jeito.
 
Outra lição que tenho aprendido; é que no lugar de oração - caso haja um nível aceitável de verdade em nossa prostração - os disfarces não se sustentam. Na presença de Deus - em verdadeira contrição - reencontramos o caminho de volta à família e o caminho de volta aos valores de uma vida nascida de novo. Precisamos estar atentos; pois o pecado procura impor sua legitimidade, buscando base nos pressupostos da religiosidade (de que Deus precisa de nós, de que nos aceita de qualquer jeito, de que todo caminho leva a Deus... E por aí vai); mas quando nos rendemos na presença do Senhor; o pecado não tem como se ocultar e revela sua verdadeira face. É diante de Deus que um adultero ou criminoso consegue ver a maldade dos seus atos; tanto quanto um pastor equivocado pode reencontrar o real sentido de sua missão: O compromisso de cuidar das ovelhas de Jesus.
 
Este capítulo revela a essência da vida com Deus:
 
"Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor. Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós. Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão; Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; Para ver se de alguma maneira posso chegar à ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Por isso todos quantos já somos perfeitos, sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa de outra maneira, também Deus vo-lo revelará. Mas, naquilo a que já chegamos, andemos segundo a mesma regra, e sintamos o mesmo. Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, Cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas. Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas."
(Filipenses 3:1-21)
 
Portanto, recomendo profunda meditação sobre o mesmo.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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