terça-feira, 30 de julho de 2013

Complacência e cumplicidade


Nesta manhã, o meu espírito se sentiu incomodado por duas palavras de fonética relativamente parecida, embora diametralmente opostas entre si quando ao seu significado. Eu me refiro às palavras complacência e cumplicidade. Sabemos o quanto Deus é complacente para conosco; embora, em momento algum aceite os nossos atos pecaminosos. Portanto, Deus sempre manteve, mantém e manterá distância entre estas duas atitudes. Assim, nenhum de nós deve esperar de Deus cumplicidade em nossos atos insanos e pecaminosos; ingenuamente baseados na premissa de que Ele nos ama.
 
No entanto, quanto aos cristãos; percebo que, em alguns relacionamentos, a distância entre a complacência e a cumplicidade é tão próxima, que chega a se tornar perigosa. São muitos cristãos que, em nome do amor devido aos homens, se aproximam tanto de cristãos de conduta reprovada; que sua complacência deixa de se restringir ao amor à pessoa; passando também a achar normal e aceitável sua vida pecaminosa. Alguns, inclusive, chegando às raias da cumplicidade, ao justificar e defender os atos pecaminosos daqueles por quem nutrem amizade e estima. Isto é muito perigoso!
 
Sei que, quando somos amigos de alguém, torna-se difícil manter a distância entre uma coisa e outra. Todavia, precisamos nutrir amor pelas pessoas, sem "absolver" os seus pecados cometidos por escolha. Alguns crentes, no afã de defender amigos que vivem no erro; chegam ao absurdo de tomar o seu partido, mesmo contra alguém prejudicado por atitudes dos mesmos. Todos precisamos saber que complacência não faz coro com cumplicidade. Assim, vejo a conduta ideal de um cristão deste modo: Ao pecador, nosso amor e complacência; aos seus pecados, nosso repúdio e advertência.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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