segunda-feira, 20 de maio de 2013

Coisas que ouço e vejo


Nesta manhã eu estou refletindo sobre algumas coisas que ouço e vejo - aqui e ali - sobre a atitude que a Igreja deve tomar nestes últimos dias em que vivemos sobre este corpo celeste chamado de globo terrestre. Os argumentos destoantes, sobre ações concretas da Igreja, variam de acordo com a tendência das lideranças vigentes. Alguns declaram que os cristãos devem ir às ruas, tornar pública sua insatisfação com o sistema dominante. Outros insistem na politização dos crentes; e na necessidade de "entulhar" o Legislativo de políticos evangélicos; e, existem também os que insistem na necessidade de uma vida de oração; vida piedosa, voltada para Deus e dedicada à evangelização das pessoas e dos povos; entre os quais eu optei por me incluir.
 
Nesta minha reflexão; longe de querer julgar esta ou aquela tendência; ou de condenar algumas atitudes de alguns segmentos evangélicos - a meu ver, inoportunas e contra-producentes - ouso afirmar que este mundo jaz no maligno. Isso mesmo! Seus sistemas e organizações, são histórica e profundamente, influenciados por Satã. Resumindo: Este mundo em que vivemos é promotor de um sistema cuja natureza é má continuamente. Sei muito bem que existe uma grande maioria que sonha com dias melhores e com uma sociedade mais justa e humana. Também sonho com isso; mas... Não me iludo com este mundo! E digo isso porque, a cada dia que vivo neste mundo mau, o que eu vejo é uma sociedade cada vez mais injusta e cada vez menos humana.
 
Aproveito para lembrar aos meus divergentes que a Igreja Primitiva não teve como meta se inserir nos núcleos políticos do Império Romano; mesmo caindo na graça do povo, a ponto de crescer e se expandir de modo admirável. Lembro também que a ousadia daquela Igreja, despojada de ambições temporais e mundanas, pagou um alto preço por sua fé; não no "governo dos justos", mas no único governo justo que o mundo há de conhecer um dia: O governo dAquele que não se opôs quanto a soldadesca o prendeu e a populaça gritava: "Crucifica-o, crucifica-o". As vezes, pensamos que as multidões cristãs são melhores que as outras multidões; mas... Não consigo imaginar quais seriam os seus gritos naquele dia; se, ainda hoje, ela não sabe o que gritar.
 
Cordialmente;
Bispo Calegari

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