quinta-feira, 5 de abril de 2012

Maravilhoso perdão


Como eu declarei no artigo anterior, a segunda palavra que veio ao meu espirito foi "Perdão". É verdade! Enquanto eu orava cresceu dentro em mim o significado real e o valor do perdão de Deus. O seguinte texto fluiu em meu espírito: "Se tu, SENHOR, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido" (salmo 130.3-4). É interessante notarmos que o salmista reconhece que as iniqüidades são uma barreira intransponível entre Deus e os homens - somente superada pelo perdão. Sinto que o salmista estava em sérios apuros quando fez esta oração.

E não foi esta a primeira vez que vemos um salmista em apuros, buscando ardentemente o perdão de Deus. E o seu grito de angústia foi tão elevado, que ainda podemos ouvi-lo bradar: "Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias" (Dalmo 51.1). E o nosso Deus, que é grandioso em perdoar, o ilibou de suas culpas! O Próprio Profeta Daniel, em um período de grandes provações, proclama que "Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia, e o perdão; pois nos rebelamos contra ele" (Daniel 9:9).

Vemos também que o Senhor Jesus, ao concluir a "Oração do Pai nosso", advertiu a todos nós, quanto ao nosso dever de perdoar a quem nos ofende: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6.14-15). E em toda a bíblia, aprendemos que perdoar não é uma questão de sentimento ou desejo; e sim, um imperativo divino e um dever de amor. Portanto, se queremos que Deus nos perdoe, precisamos perdoar a quem nos magoa!

Enquanto eu orava e refletia... Não pude controlar as muitas lágrimas que correram dos meus olhos (aliás, nunca consigo contê-las, mesmo quando tento me controlar). Num relance, veio à minha lembrança a figura ímpar do fundador do Exército de Salvação - William Booth - que, ao procurar sintetizar o significado do perdão, compôs a canção que se tornou uma espécie de hino do exército que ele fundou; cujo estribilho é: "Ó grande mar da graça! Minh'alma refrigera; a minha vida transforma; aleluia, glória a Deus!". Neste cântico, em sua primeira estrofe, ele chama o perdão de "oceano de amor".

E ele tinha inteira razão ao formular esta definição! O perdão divino é o principal recurso - sempre de mãos dadas com o amor e com a graça - indispensável para aquele que comete pecado e que vive distante de Deus. Este perdão é maior do que toda a miséria em que alguém esteja vivendo; e, do que todo o pecado que alguém consiga cometer. E como é confortante saber que uma atitude singela de arrependimento sincero, é capaz de trazer o perdão divino - e de nos transportar para lugares que olhos jamais viram! Grande é o perdão - em essência e em resultados - somente menor que o Deus perdoador!

Cordialmente;
Bispo Calegari

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