sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Guerra Espiritual

Como sempre faço, quase que diariamente, postei ontem - em minha página no facebook - uma nota cuja finalidade foi alertar para a realidade da guerra espiritual. Entretanto, diante dos comentários feitos em torno da mesma; resolvi estender este importante assunto ao meu blog - ampliando um pouco mais o conteúdo da reflexão ali postada. É é exatamente isto que passo a fazer agora - definindo algumas questões essenciais:

Definindo as armas apropriadas para esta guerra

Ao longo dos anos de batalha, tenho me convencido de que no arsenal dos homens, não existe arma capaz de combater Satanás. Em primeiro lugar, porque ele conhece cada uma das armas que ali se encontram; lançando contraofensivas apropriadas para cada uma delas. Em segundo lugar, porque ele tem sido o mentor da indústria da guerra no mundo dos homens - condicionando tanto os que fabricam, como os que comercializam estas armas. E deste modo, não há como vence-lo com este tipo de armamento. Se queremos mesmo vencer esta batalha, precisamos recorrer ao arsenal de Deus.

É que, somente no arsenal de Deus podemos encontrar as armas apropriadas para esta luta. Equipando-nos com as armas sobrenaturais nela disponíveis (Ef. 6.13-17). Na verdade, esta armadura especial é constituída por seis peças. 1. Verdade: "Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade" (Ef. 6.14); ; 2. Justiça: "e vestida a couraça da justiça" (Ef. 6.14); 3. Evangelho da paz: "E calçados os pés na preparação do evangelho da paz" (Ef. 6.15); 4. Escudo da fé: "Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno" (Ef. 6.16); 5. Capacete da salvação: "Tomai também o capacete da salvação" (Ef. 6.17); 6. Espada do Espírito: "e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus" (Ef. 6.17).

Todavia, todo este armamento de guerra espiritual não dispensa um ato bíblico e cristão fundamental, para vivermos uma vida vitoriosa: "Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica" (Ef. 6.18").

Definindo o inimigo nesta guerra

A Palavra de Deus declara que "não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Efesios 6.12). É por causa da natureza do adversário a quem combatemos, que não podemos usar outras armas que não sejam as armas espirituais.

E ao observarmos este texto, a primeira coisa que aprendemos é "contra quem não lutamos". Isso mesmo! Não lutamos contra o ser humano - seja ele amigo, irmão ou desafeto. Antes, pelo contrário: Se temos inimigos humanos, a Palavra de Deus demonstra que devemos ajudá-lo sempre que precisar: "Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça" (Romanos 12:20).

Entristeço-me, quando vejo irmão perseguindo e atacando irmão - seja difamando-o com outras pessoas, movido por vingança ou por inveja, procurando destruir a sua reputação; seja tratando-o com desonestidade e hipocrisia, agindo com ele de modo dúbio. Na medida em que entendemos que nossa luta não é contra o nosso irmão; ou mesmo nosso desafeto - devemos então apontar nossas armas para o alvo certo: O inimigo das nossas almas.

A segunda coisa que o texto nos ensina; é que lutamos contra: Principados; potestades; príncipes das travas; e hostes espirituais da maldade. A guerra espiritual está presente em nossa vida - desde o nosso nascimento até a nossa morte. E ela não admite neutralidade! Nela; ou, somos guerreiros combatentes; ou, somos soldados feridos; ou, somos prisioneiros. E quando chegar a hora da nossa partida, haverá recompensa e castigo - dependendo do modo como nos conduzimos nesta luta. O estado ideal, é combatermos sempre; chegando ao fim da jornada, com as palavras do grande Apóstolo em nossos lábios: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé." (II Timóteo 4:7).

Concluindo

Finalizo esta reflexão insistindo no ponto em que - se queremos combater e vencer Satanás - só teremos possibilidade de sucesso; se nos revestirmos de toda a armadura de Deus (Efésios 6.11). E, ainda assim, esta vitória só será garantida e completa; se nos fortalecermos no Senhor (Ef. 6.10), orando em todo o tempo e vigiando nisto com toda a perseverança (Ef. 6.18).

Cordialmente;
Bispo Calegari

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