quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Testemunho de um pai

Hoje pela manhã, estando a orar, meu coração se moveu em favor de meus filhos. Comecei a louvar a Deus por eles. No momento em que assim me posicionei, não consegui ver claramente os pontos em que são frágeis; ou, as áreas em que não procedem com perfeição. Naquele instante, apenas contemplei quatro vidas que trazem em seu código genético a impressão do meu DNA. Vidas que tem personalidade e identidade: Sebastião, Elizeu, Ezequiel e Daniela - os filhos que Deus me deu!

Entendi ali - enquanto orava - que, as vezes, somos tentados a querer ver uma outra pessoa, na pessoa de um filho. E isso não é bom. Um filho é como é! E o ponto máximo a que devemos chegar - no propósito de auxiliá-lo e influenciá-lo - é um ponto imaginário entre a oração gemida em seu favor e o aconselhamento sistemático e desprovido de imposição.

Entendi também ali - no altar da oração - que, as vezes, pelo fato de nossos filhos não serem como nós os idealizamos; começamos a lamentar a sua existência; ou, na pior das hipóteses, nos pomos a amaldiçoá-los - utilizando palavras impróprias e sentenciadoras sobre sua vida e seu futuro. E, deste modo, acentuamos ainda mais a sua já visível imperfeição e infelicidade.

Entendi ainda - naquele lugar em que os fortes choram - que, as vezes, não conseguimos aceitar os nossos filhos como eles são; pelo simples fato de não sermos capazes de abrir mão daquele "filho" que queremos que ele seja. E na medida em que este sentimento cresce, o "pai que sonhamos ser" acaba por anular o "pai que precisamos ser". E quando recrudescemos nesta obstinação - por não termos o filho que idealizamos - acabamos por perder o filho que temos.

Contemplei tudo isso, em um relance de tempo - algo muito ligeiro mesmo. Ri e chorei enquanto orava - convencido por Deus, de que os meus filhos não são apenas um processo biológico que adquiriu forma e vida. Não mesmo! Que o mundo saiba que, acima de tudo o que é temporal, relacional e mediático - os meus filhos são Herança do Senhor! Aleluia!

Cordialmente;
Bispo Calegari

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